2004/02/29

 
A imagem do PS na primeira página do "Público" de hoje,
é chocante e de mau gosto. Mas é objectiva. Mostra a deficiência auditiva
de Sousa Franco e a inestética figura de Ferro Rodrigues. O PS esquece que,
a política, hoje, tambem é espectáculo. Ora, com aqueles dois actores, o PS
arrisca-se a não ganhar nenhum "Oscar".

Primavera em Nova Delhi, India. Criança observa uma
borboleta pousada sobre uma flor nos jardins da cidade.


Já aqui disse, a propósito do problema das escutas, abordado a semana
passada por António Barreto, o que penso sobre o assunto. Que José Manuel
Fernandes, director do "Público" e acérrimo defensor de George Bush, venha
"banalizar" as escutas feitas aos membros do Conselho de Segurança e a
Kofi Annan, é por demais vergonhoso. "Shame on you, mr. José M Fernandes".

Dunas perto de Ghadames, Líbia, junto à fronteira com Argélia.

No meio de toda a algazarra feita pelos pupilos "neo-cons", ainda se ouve
a voz pragmática de José Cutileiro: "O fiasco das armas de destruição maciça
tiram grande parte da argumentação da guerra".
Nesta vida efémera, com algum, mais que um ou nenhum Deus, há uma ordem
na qual o Bem e a Verdade acabam sempre por vir ao de cima. Todas as
mentiras, todas as tramoias, todos os falsários serão vencidos, derrotados.
Todos vão morrer com os seus egoísmos, os seus ódios, a suas avarezas.
Mas a vida vai continuar, e haverá lugar e tempo para os pacíficos e para a
verdade tomar o lugar da mentira.

Mesquita de Baallek, perto de Tirana, inundada pelas chuvadas
caídas nos últimos dias. O tempo continua instável na Europa.

2004/02/28

 
O segundo "se" que José Manuel Fernandes (JMF) colocou no seu
"Regresso às razões do caminho para Bagdade", ontem iniciado no jornal
"Público" não passa de uma especulação para reafirmar, mais uma vez, o seu
apoio à política de George Bush, que levou os EUA à invasão do Iraque. Pouco
mais trouxe para análise. JMF ainda diz "que não era possivel manter indefeni-
damente as sanções", [porque manter então as sanções a Cuba, desde há
40 anos?], "que não era possivel manter sem prazo as áreas de exclusão
aéra"... Em resumo: para JMF, George Bush fez muito bem em invadir e ocupar
o Iraque. Com isto, JMF mostra como é vã a sua "honestidade intelectual" na
discussão sobre este assunto. Chega a dizer mais do que Bush e Rumsfeld.

Não se trata do quadro desenhado por Rafael Bordalo Pinheiro,
sobre a ideia da "Política". É tão sómente uma imagem captada na
Feira de Agricultura em França. É hora da mamada para os bácaros...


O frio polar que tem atingido a Europa Central, onde continua a nevar, está
patente nesta imagem captada em Rennes, França. As formas e as imagens
criadas pelos jardineiros, estáo hirtas, completamente cobertas de neve.


2004/02/27

 
"O Iraque está melhor e tem condições para ficar melhor -- ao menos
reconheça-se isso
" -- proclama, com impaciência, José Manuel Fernandes
(JMF) no seu "Regresso às razões do caminho para Bagdade", publicado
na página treze do jornal "Público", onde é director.

"É perturbante não terem encontrado no Iraque armas de destruição
maciça
", diz JMF, que sempre assumiu o papel de "cruzado" nesta guerra
pensada pelos "neo-cons" americanos e com os quais JMF se identifica
ideológicamente. "Perturbante, porque não existe ainda uma boa explicação
para não se terem encontrado os arsenais que todos -- repito: todos --
julgavam existir
", prossegue JMF. "Perturbante, por mostrar a debilidade dos
serviços secretos ocidentais, [incluindo] os alemães, os franceses e italianos
por onde passavam muitas das informações que não vieram a confirmar-se,
antes de serem tratadas pelos serviços americanos e ingleses
", adianta JMF
que prometeu analisar este caso "com honestidade intelectual". Mas acaba
por mostrar total desonestidade na sua análise.

Com efeito, JMF procura culpar a Alemanha, a França e a Itália por erros
possiveis, quando na verdade os EUA tinham a sua informação prestada pela
CIA, não precisando esperar pelas informações de países que eram contra a
guerra. Além de esquecer a posição da Rússia e da China, da África do Sul,
do Canadá e do Brasil, e da Índia, JMF esconde o episódio protagonizado por
Collin Powell na ONU, onde mostrou a "evidência das armas", exibindo uns
bonecos, como se se tratasse de um laboratório ambulante... JMF esqueceu
ainda as informações "seguras" da Mossad e dos exilados iraquianos,
designadamente o senhor Ahmed Chalabi, que agora faz parte do governo
provisório... JMF esquece tambem que George Bush queria vingar o seu pai
e o "lobby" petrolífero pressionava-o a derrubar Saddam, para não falar já
do momento em que, -- contrariando o parecer do Conselho de Segurança --
manda retirar os inspectores da ONU no Iraque, para avança com a guerra...

Numa altura em que novos escândalos vêm ensombrar o procedimento da
dupla Bush/Blair, os "cruzados" mais Donald Rumsfeld, vêm para a praça
pública dizer que tudo vai bem, que o mundo está mais seguro, que a guerra
foi útil para a paz... Isto, só lembraria ao Diabo -- aquele do "Eixo do Mal".
Vamos ver amanhã, como é o segundo "Se" de JMF, para justificar a guerra
do Iraque, que está a "oxidar" a economia mundial e pode ser o calcanhar
de Áquiles para a re-eleição de George Bush.
:-[
POBRES E MAL AGRADECIDOS
É o mínimo que se pode dizer com o que aconteceu às equipas de socorro
internacionais, que acudiram a Marrocos e regressaram sem nada terem feito,
por falta de coordenação e Rabat ter mandado acabar com as buscas.

Nem a torre da mesquita Sebaa Abouad, em Tazarim, escapou ao terramoto.

2004/02/26

 
No seu espaço semanal do "Público", José Pacheco Pereira (JPP), vem
hoje "pôr-se a jeito" para poder vir a ser considerado como o "grande teórico"
dos paparazzi, que servem de veículo promocional aos aspirantes a cargos
políticos. JPP foca, na sua análise, a revista "Focus", a propósito da exposição
mediática que Manuel Maria Carrilho (MMC) procura, para estar na ribalta da
política. A análise de JPP não vale muito. Já a imagem solitária de MMC, sentado
numa cadeira de verga nos jardins da Torre de Belem, e tendo como pano de
fundo, as instalações de uma multinacional situada na Trafaria, onde trabalhei
alguns anos, vale pela sua "pose de serviço público". Solitário e ausente,
parece navegar em jeito de vela latina, apesar de JPP afirmar que MMC
saber "pôr-se ao jeito".

DIA DE VISITAS À BLOGOSFERA

No palheiro do Jumento, onde muita burocracia ministerial pode vir incendiar-se,
continua a inovar-se. Está cada mais mais interessante. Vão lá, para conhecer
a vingança do Manchester, que perdeu com o Porto por 1-2... em Espanha!

Na Janela para o rio, o Nuno está cada vez mais a antecipar as notícias. Até
parece que está a querer fazer concorrência à agência Lusa. Está mais crítico,
e tem sempre a última novidade no que vai acontecendo pela Blogosfera.

O Rui Baptista, do Amor e Ócio, vem provar que, na Blogosfera, muita coisa
pode acontecer ainda. Ele está connosco, não faz como o "Abrupto" e os da
"Causa Nossa". Ele conta-nos aquilo que fica por contar, nas páginas do jornal.

No Bloguitica, o Paulo continua a sua análise sociológica dos factos, descodifica
o discurso dos políticos, dá-nos uma outra visão dos problemas. Esperamos
que o Paulo não desarme a tenda e se ausente da Blogosfera. Atenção.

No Blogame Mucho, onde discorre o Besugo e a Lolita, parece que iremos
ter a colaboração da tia desta. Os contraditórios entre os actuais residentes
já são vivos e mordazes. Com a colaboração da "tia", espera-se mais fulgôr.

O Intimista, postado pelo Pedro, a partir de Vizeu, opina sobre um tema da
actualidade, de forma regular, e sempre com muita serenidade. Ainda que o
assunto se relacione com a escola e o ensino, área em que trabalha.

O Mata Mouros, para além das antologias sobre o FCP, discorre sobre os
temas de maior actualidade, e percebe-se que, para além do grito "Por Santiago!"
conhece bem os meandros da Justiça e do Direito. Sabe bem, estar com a Lex.

A equipa do Blogo Social Português, liderada por Paulo Pereira, está cada vez
mais global e ecológica. É um blogue diferente, muito importante como serviço
público e dinamizador de ideias alternativas. Vai muito para além deste país.

O Memória Virtual continua a definir-se pela sua memorabília. Leonel Vicente é
incansável na sua linha editorial. Os acontecimentos contemporâneos são ali
registados. E traz bons nacos de prosa. Hoje, tem um cheirinho a Eça...

A nave Mar Salgado, continua a navegar com cinco tripulantes e o Neptuno.
Há dias em que a agitação marítima é evidente. Por vezes, os comentários são
tão vivos, que até parece haver peste a bordo ou piratas para abordagem.

2004/02/25

 
AS GLÂNDULAS SALIVARES de Vasco Graça Moura

Como eu, outros leitores haverá, que guardam alguma da obra poética
de Vasco Graça Moura (VGM), produzida no ínicio da década de 1970, quando
a poesia de VGM correspondia ao que dele conheciamos. Hoje, para mim, VGM
é um poeta travestido na figura política criada por Rafael Bordalo Pinheiro: uma
porca, na qual mamam diversos bacorinhos. VGM é um deles. Deixou-se enredar
na baixa e reles política traduzida pelo génio criador do Manguito.

"Como hienas, a esquerda só é capaz de farejar carniça apodrecida",-- escreve
hoje VGM na sua crónica das quarta-feiras no DN. "Imagina as delícias do festim
e fica logo com os circuitos bloqueados, o intelecto inerte, e as galândulas
salivares a pedirem meças ao espumante da Bairrada",
-- prossegue VGM.
"[Para a esquerda] o interesse nacional causa-lhe náuseas e diarreia"[...] "Só
quer habilidades no trapézio, malabarismos no discurso, cambalhotas e partes
gagas na arena, aplausos no circo. É por isso que tanto se atrapalha que falha,
tanto se repisa que descrebiliza, tanto se excita que vomita"
...

Perante o "político" que assim se pronuncia, fico na dúvida se VGM tem algum
valor como "poeta"; perante o discurso bilioso de VGM, temo que a sua "poesia"
esteja conspurcada de ódio e mal-dizer; perante este "poeta" travestido de
"tribuno reles", duvido que ele algum dia tenha sentido o que é a Poesia. Por
isso, desejo ardentemente "limpar" a minha estante de livros, de tudo quanto
feda a "glândulas salivares" de VGM -- porque não é possivel viver com a
lembrança de um réptil sáurio e ignominioso, semelhante a uma osga...
:-((
Nunca, na Blogosfera, encontrei registos tão aviltantes, tão rascas, tão
miseráveis, -- ainda que escritos sob anonimato -- como os do "poeta-político"
VGM. Porque, na Blogosfera, aceitamos as diferenças de opinião, com um
mínimo de dignidade pelos nossos adversários.


Fim de Carnaval, mas as mentiras vão continuar a ser propaladas.

2004/02/24

 
Apresento um caso para reflexão da Blogosfera, que mostra a importância
que esta tem na participação em causas de interesse público, desde que esteja
organizada numa Rede de Blogues, capazes de responderem a um alerta que
justifique a sua acção.
TODAY IS GREY TUESDAY, na Austrália, onde o projecto de activistas de música,
Downhill Battle, lidera um movimento de desobdiência civil contra a EMI, multina-
cional da música, por esta ter pressionado alguns blogues, por escrito, para que
desistissem do protesto e não efectuassem "downloads" do "remix" baseado no
WHITE ALBUM dos Beatles.
Tudo começou quando o DJ Danger Mouse, editou o GREY ALBUM, um "remix"
do BLACK ALBUM de Jay-Z e do WHITE ALBUM dos Beatles. O album em questão,
o GREY ALBUM, foi editado pela etiqueta de Jay-Z, Roc-A-Fella. Em poucas horas,
aderiram mais de 400 blogues, em protesto contra o cartel dos direitos da
indústria musical. E foi decidido disponibilizar, para "download", durante 24 horas,
o GREY ALBUM de Danger Mouse.
O acompanhamento do protesto, pode ser feito através do site Greytuesday.org
Vamos ver até onde vão estes "piratas" australianos, que efectuam "downloads"
da música que corre na Internet.

Este caso, tem a ver com a análise feita hoje pelo jornal "Público", sobre CDs e
DVDs e tambem sobre livros. É verdade que cada vez se ouve mais música, mas
as multinacionais dizem que o sector está em crise. Terão que escolher outras
formas de manter "a torneira dos "copyrights" porque, o sistema actual, está
caduco. Na Austrália, por causa dos termos do FTA-Free Trade Agreement, com
os EUA, as coisas são ainda menos aceitáveis. Através daquele acôrdo, as
multinacionais da música extenderam os direitos por 70 anos, após a morte do
autor. É uma vida, a cantar para a bolsa da EMI e suas congéneres.


Ritual eslovaco de segunda-feira de Entrudo, na cidade de Bodica, onde
estes festejos começam em Janeiro e vão até Quarta-feira de Cinzas.



2004/02/23

 
Depois de tudo o que foi dito sobre a entrevista-passarele dada por
Santana Lopes ao "Expresso", e, ao ver agora, o ex-maoista Durão Barroso,
todo sorridente, ao lado do janota PSL, no encontro de autarcas em Castro
Marim, sou levado a crer que tudo não não passou de uma estratégia partidária
para desviar a opinião pública dos fracassos deste Governo. Ou será, que se
trata de uma partida de Carnaval?

Brasil global... Nesta altura do ano o Brasil é muito badalado.

Aqui está o tipo de discurso enviesado dos nossos políticos: "o PSD tem uma
não-opinião sobre o aborto", disse Guilherme Silva, deputado e líder parlamentar
do PSD. Em vez de dizer que, o PSD não tem posição sobre o aborto, Guilherme
Silva contorceu-se todo para nos dar a sua opinião sobre um tema da actualidade
política. Até parece que, Guilherme Silva, estava a falar sobre o Kama Sutra.

Cada qual tem o seu Carnaval, como se vê em Mainz, Alemanha.

O mau tempo obrigou ao cancelamento dos corsos carnavalescos de Sines
e Loures. Nesta latitude, não podemos contar com o bom tempo para realizar
corsos festivos. Só podemos realizar festas de rua na época de verão. Para
quê, fazer concorrência aos países tropicais? Se os caríssimos Estádios do
Euro 2004 fôssem cobertos, ainda havia uma hipótese. Assim, aquelas arenas,
apenas têm utilidade para uma dúzia de chutos, a realizar em cada ano...

Até a martirizada Colômbia, tem o seu Carnaval. Em Barranquilha,
cidade costeira, realizam-se desde há cem anos os festejos, considerados
pela UNESCO, em 2003, património oral e intangível da Humnidade.

2004/02/22

 
O novo coleccionável do "Público", FUTEBOL MUNDIAL, representa bem
o desnorte que vai na sociedade portuguesa. Não basta os tres jornais
diários para falar de futebol, temos agora um jornal de referência a alinhar
com o esférico, para nos ensandecer a todos. Se nos apresentassem um bom
suplemento sobre economia, então sim, eram merecedores de elogios. Com
histórias de bola, sobre futebol, este país não sai da cêpa torta... Apenas
serve para meia dúzia de barões viverem. O resto da economia, ignora-se.

António Barreto acordou agora para "o país sob escuta". É preciso andar muito
distraido para não ver que, há muito, não só o país mas o mundo, vivem nas
margens do Big Brother profetizado por George Orwell. Já não é apenas a
"escuta", temos tambem a "câmara oculta", a impressão digital, a foto da íris
ocular; temos os satélites em órbita, e Echelon americano instalado em Inglaterra
para interceptar telefones, e-mails e coisas semelhantes. O Dr. Barreto acordou
tarde. Continua a viver lunáticamente, como o professor Girassol.

"Sei qual é o caminho", diz Santana Lopes que, indiferente às críticas que lhe
foram arremetidas, continua enamorado da sua figura. Chama-se a isso
narcisismo, mas em linguagem corrente diz-se daquele que gosta de se
pavonear, gabar-se a si próprio. Ele está convencido que é o herdeiro do
mestre. Vamos ver até onde vai chegar com o seu desplante. Agora, como
qualquer "pop-star", Santana Lopes anda escultado por seguranças da PSP.
Só num país que anda distraido, podem acontecer coisas como esta...


O engravatado PP/cds, acusa o PS de "arrogância" e "falta de humildade".
Até parece que Paulo Portas esqueceu as arremetidas contra Cavaco Silva,
quando este era primeiro-ministro e ele era o "enfant terrible" do jornal
"Independente". Ou será que Paulo Portas está convertido ao primado da
diplomacia, da cortesia e ao pragmatismo político?
O ministro das tropas, apareceu na Blogosfera, travestido de "top-model",
fazendo propaganda a uma marca de telemóveis, na companhia arredada
de uma "pin-up" fascinante, estilo Ursula Andrews. A imagem que se segue,
foi encontrada no palheiro do Jumento, um "must" da Blogosfera, que pode
e deve ser visitado por todos, pois ele até afirma que a retoma está a vir...

... De costas para a beleza! estes publicitários...

2004/02/21

 
O MELHOR DE JOSÉ MANUEL FERNANDES

CLAROS E ESCUROS, foi o titulo escolhido por JMF para o seu editorial
de hoje, no "Público". Pondo de lado a questão ideológica, não há dúvida
que JMF é um dos jornalistas mais inteligentes, mais analítico e perpicaz
que encontramos na imprensa diária. Na coluna onde costuma escrever a
sua opinião sobre determinado assunto, escreve hoje, usando o mesmo
espaço, sobre cinco temas. De forma sucinta, objectiva, contundente.
a)Arrasa o pinoca Santana Lopes, candidato auto-designado à presidência
da República, em meia dúzia de frases e mostra a inutilidade da figura para
o fim que persegue. b)Define o "sorriso doce" de Teresa Gouveia e mostra
a coragem da ministra ao visitar Bagdade, sem propaganda mediática.
c)Condena a humilhação feita a Vale e Azevedo pelos gestores da justiça,
sem pôr em causa o julgamento a que está sujeito o arguido. d) Elogia o
sorriso de Durão Barroso ao anunciar que o défice ficou nos 2,8 por cento,
mas JMF acha que ainda há muito caminho a percorrer para poder festejar.
e)Denuncia a opacidade do ministério de Celeste Cardona, por causa da
nomeação de dois jovens juristas com remunerações elevadas, afirmando
que "já não há paciência", para ouvir justificar o que não é justificável.
Tiro o chapeu a JMF, pela aula de jornalismo oferecida aos seus leitores.

É tempo de invernia, chuva, frio, aguaceiros, neve, gelos.

2004/02/20

 
Insisto, mais uma vez, na pretensão absurda, da Comunidade Judaica
Internacional, dirigida ao Parlamento Europeu e alguns chefes de Estado,
para que seja realizado um debate sobre "o anti-semitismo" na Europa.
Nenhuma razão o justifica. Apenas se pretende dar visibilidade aos judeus,
para esquecer a grande questão que afecta a todos nós: a resolução do
problema da Palestina. Essa, é a causa de todo o mal-estar e de todos os
terrorismos que são espalhados pelo mundo. Enquanto não fôr resolvida
a questão palestiniana, nenhum povo pode viver em paz e segurança.

A Comunidade Judaica Internacional, deve trabalhar no sentido de levar a
paz a Israel e Palestina, deve compreender que é preciso dar uma Pátria
aos palestinianos que foram escorraçados, para "estabelecer" o estado de
Israel em terras onde viviam famílias que agora só têm uma tenda para viver
em terra de ninguém. De facto, só a má consciência dos judeus pode estar
por detrás do desejo de falar sobre "o anti-semitismo". Nenhum outro povo,
nenhuma outra religião se assume -- perante o mundo -- como os eleitos de
Deus. Nem o budismo, nem o confucionismo, o hinduismo ou a maior parte
dos muçulmanos pretendem ser "os eleitos". Vive e deixa viver; pratica a tua
fé e respeita os outros -- é o lema da maior parte dos crentes. O problema
dos judeus, é esse, é não poderem conviver com os outros.


 
Grande agitação se apoderou das comunidades judaicas na Europa,
onde se verificam reuniões pedidas e agendadas com os parlamentares
em Estrasburgo, com o presidente da UE, Romano Prodi, com o presidente
de França, Jacques Chirac, com o Bundstag e Gerard Schroeder na Alemanha,
tudo isto -- dizem os judeus -- para que a Europa proceda a um debate sobre
"o anti-semitismo" nos países da UE. Parece rídiculo, pois não há motivos para
esta alarmante inqietação dos judeus. De resto, a Europa tem outros assuntos
mais graves em Agenda, e precisa de serenidade e tempo para a sua análise.

Caveiras humanas expostas no Museu de Tul Sleng, em Phnom
Penh, Camboja, antiga prisão do regime dos "Kmer Vermelhos" que,
entre 1975/1979 governaram o país segundo os ideais de Pol Pot,
e extermiram cerca de 6 milhões de pessoas, em total impunidade.


Para os judeus, os perigos para a sua sobrevivência, parecem estar aqui,
na Europa, quando na verdade eles estão em Israel/Palestina, onde Ariel Sharon
esmaga e humilha um povo sem Estado, sem Forças Armadas, sem nada que possa
defende-lo; falo do povo palestiniano. Será que os "lobbies" judaicos não vêm o
que fazem aos outros? Já esqueceram o passado? Ou continuam a sentir que
são o único povo eleito de Deus? Então e os outros povos, que tambem têm
sofrido genocídos? Não são povos de Deus? Esta questão do anti-semitismo não
passa de um ataque, indirecto, às posições palestinianas. Trata-se de sabotar
o diálogo entre as duas comunidades. Façam a paz, vivam em paz, não roubem
a terra aos outros, deixem-nos viver com dignidade e o sentimento anti-judeu
não aumentará, seja na Europa seja em qualquer outro continente.

2004/02/19

 
Nós por cá, temos o circo acrobático das presidênciais, liderado pelo edil
da capital, Pedro Santana Lopes, que está a ser apupado à direita pelos
companheiros do PSD e vaiado à esquerda pelo fraco desempenho em cena.
Mas os italianos, para sua desgraça, têm o "cavalieri" Silvio Berlusconi, que
já havia feito muitas cenas tristes durante a presidência italiana da UE. Agora,
depois de "moldar" as leis a favor do seu empório Fininvest, ditou mais uma
asneira política, indigna de qualquer político: quando achar que os impostos
estão acima dos 50 por cento, faz tudo para fugir ao seu pagamento... Mas
será que em Itália, não haverá políticos honestos para servirem a democracia?


Sarah Jane, australiana da Internet e modelo, consta no Guiness Book
como "The world's most dowloaded woman". Aceitou entrar num anúncio da
"PETA-People for the Ethical Treatment of Animls" e aqui está ela, mostrando
a sua nudez, a desafiar a multinacional americana KFC-Kentucky Fried Chicken
para que esta adopte padrões de vida com menos sofrimento aos galináceos,
dos quais faz empadas e exporta as côxas de perna para o resto do globo.



Ontem falei aqui sobre a comunidade goesa. Hoje apresento esta
imagem da linda praia da Aguada, a poucos quilómetros de Pangim,
capital de Goa, no sopé do Monte Aguada. Digam lá se não parece
um paraíso, esta praia tão limpa, de águas azuis e coqueiros!...



 
O GLADIADOR CANDIDATO

Já escrevi sobre o candidato a candidato às presidênciais que, apesar
de o ser, continua a ser remunerado pela edilidade de Lisboa. Refiro-me
a Pedro Santana Lopes, que merece hoje as atenções de José Pacheco
Pereira, num registo do "Público" intitulado "Já repararam?" (PSL dixit).
Pacheco Pereira faz uma análise demolidora sobre o perfil e o pensamento
de PSL. Chama-lhe sempre "o gladiador" porque, para JPP, a campanha de
PSL a favor da sua própria candidatura a candidato às presidênciais, não
passa de um espectáculo circense.

Pacheco Pereira diz que PSL é um gladiador de circo, a quem faltam ideias
e programas, e, por isso, quando fala, diz apenas trivialidades, misturando
o discurso político com futebol, argumentando de forma circular, caindo no
empastelamento dos raciocínios, não apresentando nenhum pensamento
político inteligente. Santana Lopes não passa, afinal, de um narcisista que
fala apenas para ouvir o eco das suas palavras. Quando assim não acontece,
PSL perde o verninz e irrita-se, deixa o discurso, e passa a mostrar apenas
citações, números, entrevistas, coisas de menor importância.

Eu sempre tive a percepção de que, Santana Lopes, não passa de um janota
aperaltado, sem verbo nem coerência nas suas ideias. Uma total vacuidade.
Mas subscrevo na totalidade a análise feita por JPP. Eles conhecem-se bem.
Estou em crer que, a partir de agora, PSL vai deixar de se apresentar como
gladiador, e passa a ser mais um galináceo incontinente nas arremetidas,
mostrando que, afinal, não é mais nem menos "bem educado" do que os outros.



2004/02/18

 
V I V A G O A !

Há muito tempo que eu procurava, na Blogosfera, estabelecer contacto
com as gentes das terras distantes de Goa, Damão e Diu. Por feliz acaso,
encontrei o elo de ligação aqui ao lado, em Lisboa, no portal Viva Goa.
Este, é um dos exemplos que demonstra bem a importância da Blogosfera,
para estabelecer constactos com diversas comunidades do mundo. E esta,
a comunidade goesa, merece e deve ser recebida no seio de uma Rede de
Blogues, pois é constituida por mais de 70 mil pessoas, que representam o
que de mais importante, profundo e antigo existe na nossa história, após
termos iniciado a saga marítima, no século XV, em busca de novos mundos.

Desenho do Forte de Chaporá no Cabo de Rama

A Comunidade Goesa, que foi abandonada por Portugal há mais de 40 anos,
após a anexação pela Índia dos territórios sob nossa administração, é formada
por pessoas ligadas à cultura e tradições portuguesas, que assumiu por si só
o ónus do retorno e nunca reclamou na praça pública aquilo que muitos dos
"africanistas" se acharam no direito de pedir ao Governo de Portugal. É gente
que, abandonou o solo pátrio onde nasceu, para ir em busca de um lugar onde
encontrasse os valores em que fora educada, os valores que Portugal deixara.
Uns ficaram por Moçambique, outros foram mais além, para mais longe. Grande
parte deles veio para Portugal. A vinda para a Europa, foi um drama terrível para
milhares de goeses; vinham para uma terra desconhecida, onde não tinham
familiares e onde até o clima e a paisagem eram diferentes.

Corpo de S. Francisco Xavier na Basílica do Bom Jesus, Velha Goa

Mas os goeses conseguiram ultrapassar as dificuldades, adaptaram-se, porque
se trata de uma comunidade de gente empreendedora, gente que trabalha. Não
é gente para viver de subsídios, mas sim do fruto produzido pelo seu trabalho.
Esta é a minha singela homenagem, prestada à comunidade goesa, trazendo-a
para a Blogosfera e levando-a mais além, para que seja amada e valorizada.

Vista parcial de Goa, com telhados tipicamente portugueses

Aconselho a visita ao portal http://welcome.to/vivagoa/ onde encontrará uma
diversidade de temas, desde actualidades, história, lugares, praias, e uma galeria
de fotos que dão uma ideia do trabalho e do carinho dispensados por esta gente
ao património arquitectónico, arqueológico, monumental e artístico que atesta o
passado dos portugueses naquelas distantes terras do Índico. Pelo portal ficamos
a saber que vai haver um curso de concani e um sondagem questionando se,
"a língua concani é elemento basilar da identidade goesa". Temos uma entrevista
exclusiva com o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário; ficamos a
saber que a "Índia estende dupla cidadania a Portugal"; que o novo arcebispo de
Goa e Damão é Felipe Néri Ferrão, e ainda que, a Associação de Futebol de Goa
suspendeu clubes, após uma "chuva de golos" num total de 118 petardos... Ora
aqui está um assunto que interessa aos nossos clubes, aqueles que não marcam
golos. Como terão conseguido marcar 118 golos, aqueles clubes de Goa?

Vista do Bairro das Fontainhas, em Pangim, capital de Goa, com
93.000 habitantes. Repare-se na arquitectura tipicamente portuguesa,
em estilo colonial e bem preservada, apesar de passados 43 anos.


NB-Todas as fotos foram gentilmente cedidas pelo portal Welcome.to/Vivagoa.

2004/02/17

 
A novela das presidênciais, protagonizada pelo actual autarca da capital,
Pedro Santana Lopes (PSL), está a ser o espelho dos reles políticos que
se movem junto do poder, e dele não prescindem para atingir os seus fins.
PSL tem sido o actor principal da novela e vai continuar a sua actuação,
até porque tem o "share" de audiências assegurado pelos "media" afectos
ao "lobby" PP/cds. Para muitos de nós, este espectáculo, tem sido deprimente.
Num país que rema ao sabor da corrente, com um primeiro-ministro quase
sempre ausente em países da Eurolândia, com um PSD enfraquecido, com
uma economia periclitante, com um Governo que não resolve os problemas
que mais afectam os portugueses, temos de assistir à novela presidencial
do edil PSL -- que luta por um lugar ao sol, lá para o ano de 2006!...

Um país assim, entretido com o circo mediático do edil PSD, não pode
estar virado para as questões fundamentais que preocupam cada um, nem
tão pouco dar ouvidos a relatórios alarmantes ou escutar os empresários
-- que produzem riqueza e geram receitas ao Estado -- sobre as questões
mais prioritárias para o país se desenvolver. Vivemos numa espécie de
romaria, onde o edil de Lisboa é o principal bombo da festa, arrufando,
ressoando, estremecendo a terra com os seus desejos olímpicos. Nesta
romaria, alinha a maior parte dos "media", que tambem não tem consciência
deste absurdo. Parece que o país está realizado, completo, satisfeito. Nada
há para fazer, para produzir, para planear, para desenvolver. E o autarca
PSL, faz campanha por si, nas horas em que devia estar a trabalhar na
Câmara de Lisboa, e faz campanha com os meios disponíveis pela edilidade.
Parece que estamos num país do terceiro mundo, de corruptos e vilões.
Já é tempo de se apelar ao bom senso e cortar o financiamento a esta novela.

Israel semeia o ódio e a vingança na Palestina, mas esta questão
ultrapassa as fronteiras judaicas. Em S. Petersburgo, na Rússia, até
um cemitério de judeus serve para expressar a antipatia por Israel.
Mais de 50 campas foram vandalizadas com a inscrição da suástica
nas pedras tumulares daqueles que, não tendo culpa dos erros de
outros, são pretexto para neles se vingarem os ódios de hoje.



2004/02/16

 
Ontem verifiquei que, o nome dos blogues listados na página web dos
"Frescos" do Blogo-no-Sapo, estavam sobrepostos, tendo mostrado a minha
surpresa pelo facto. Hoje, acedi à referida página, e fiquei esclarecido. Tinha
havido uma intromissão tipo "hacker", feita por algum menino super-dotado,
que assim quiz mostrar as suas habilidades. Só que, ao intrometer-se no
trabalho dos outros, prejudicou-nos a todos. Possivelmente o abelhudo, não
preza o trabalho feito por alguns -- gratuitamente -- para que outros, possam
navegar na Blogosfera com mais eficiência.
Na verdade, a Internet para alguns, outra coisa não é do que mais um "jogo
de computador". Para estes, a Internet, não é um "valor" inestimável, mas
tão só uma consola de jogos. Para eles, a Internet é um "luxo", para o qual
não estão preparados, não sabem apreciar. Daí a sua irresponsabilidade.
É pena não dispormos de meios para detectar os bárbaros...




 
Tudo indica que este seja o Século da Ásia. A China, em quinze anos,
deixou para trás tudo o que era de Mao, incluindo a farda. A sua economia
vai crescendo de forma sustentada, na ordem dos 8/9 por cento ao ano.
Outro gigante que começa a brilhar no mundo empresarial, é a milenária
Índia que, não largando as suas roupagens -- ao contrário da China --
começa a aliviar o peso estatal na economia, e a assumir-se como grande
potência económica, apesar de ser uma República unionista, com Etados,
raças, línguas e tradições muito diversificadas.

A capa da Time, representa o sucesso e o desemvolvimento
da Índia na área das novas tecnologias, onde predomina a Reliance
Industries, dirigida por jovens emgenheiros e empresários.

Um dos Estados mais que está na berra, é o de Kerala, a Sul. Porque é
ali que se desenvolve a investigação e desenvolvimento de "software"
utilizado pelas grandes empresas mundiais. A Índia tem um elevado número
de licenciados en engenharia de computação. Em Silicon Valley, Califórnia,
nos Estados Unidos, cerca de metade dos engenheiros de software eram
indianos. Com as restrições de visa na entrada, as empresas americanas
estão a mudar as suas sédes para Bangalore. IBM, Accenture, Ltd., Oracla
Corp., Yhaoo Inc., Fidelity Investiments, são algumas das sediadas em
Bangalore. Algumas das maiores empresas cotadas no Nadasq, são indianas.

Indiana é a Infosys, que emprega mais de 17.000 trabalhadores; Wipro, é
outro gigante, com mais de 21.000 trabalhadores. A Índia exportou em 2002
mais de 9.500 milhões de dolares em "software", e, em 2003, esperava que
este valor aumentasse mais 25 por cento. A "Índia.com" cria cerca de 130
mil empregos por ano, e no sector de novas tecnologias trabalham cerca de
650 mil pessoas; o número de engenheiros formados em NT anualmente,
é cerca de 200 mil, e ganham á volta de 545 dolares (15 por cento do que
ganham nos EUA), mas num país com 480 dolares de rendimento per capita,
aquele ordenado é considerável.












 
A estabilidade social no país-continente Austrália, está a ser abalada, em
parte por causa do governo conservador de John Howard, que tem levado
aquele país para o lado do mercantilismo, abandonando as políticas sociais
dos trabalhistas, na oposição há mais de seis anos.
Ontem, Sidney foi abalada por uma onda de violência, como nunca se vira
naquele país do outro lado do mundo. Um rapaz aborígene, Thomas Hickey,
de 17 anos, morreu empalado nas sebes instaladas no gueto de Redfer,
depois de perseguido pela polícia e quando tentava saltar sobre o obstáculo.
Ao fim do dia, centenas de aborígenes revoltados, incendiaram carros, partiram
montras e enfrentaram a polícia com "cocktails molotov". A polícia respondeu
com balas de borracha e bastonadas, tendo ficado feridos quarenta elementos
de segurança, alguns com ossos partidos.

Imagem dos confrontos de domingo à noite em Sidney.foto:cortesia de SMH

Sidney está em estado de choque, pela dimensão do distúrbio, pelos estragos
causados e pelo número de feridos. Nunca os residentes haviam assistido a
tão violento confronto entre os aborígenes e a polícia. Fala-se em discriminação
racial, e Aden Ridgway, o único aborígene eleito no parlamento, acusa o governo
de levar o país para a xenofobia. Os aborígenes representam 2 por cento da
populção, que é de 20 milhões. A sua integração na sociedade não é incentivada,
sendo a maioria deles prisioneiros, desempregados, dependentos do subsídio
de desemprego, vítimas de violência doméstica e do alcoolismo.

 
Um muro é um muro, é um obstáculo, uma barreira, uma divisão.
Claro que, o "Muro do Apartheid" na Palestina, não deixa de ser visto,
segundo as convicções ideológicas de cada um. E, nalguns casos, conforme
a opinião veículada pelos "media" afectos ao "lobby" judaico, mas tambem
ao poder americano, que depende do voto da comunidade judaica nos EUA.
Por isso, não admira que, na Blogosfera, haja diversas correntes de opinião
sobre a "fence" (barreira) construida por Israel. Por exemplo, o Mata-Mouros,
insurge-se contra a opinião daqueles que o comparam ao Muro de Berlim. E
com razão, não é comparável, ir por aí, é só para baralhar as ideias. Mas não
podemos negar que, um muro é sempre um muro. E no mundo de hoje, não
são aceitáveis entre os povos, as comunidades. Não deve haver muros, pois
eles separam as pessoas, criam odios e desconfiança. Os problemas políticos
devem ser resolvidos à mesa das conversações, com espírito de abertura,
com sinceridade, com cedências de parte a parte. Um muro, por mais que
não queiram admitir, acabará sempre por ser derrubado... Depois de muita dôr.


2004/02/15

 

Guerra fria... Nestes dias cinzentos, com queda de neve na Terra
Santa, onde é tão raro nevar, mulher palestiniana contorna as
dificuldades colocadas pelo "Muro do Apartheid", para ir à sua vida,
na cidade Abu Dis. (foto Reuters, por cortesia de SMH, Sidney).


 
O candidato a presidente da República, mais conveniente para o PP/cds,
seria o janota Pedro Santana Lopes que, segundo consta, vai casar com
a Duquesa da Brandoa, para, assim, ter um estatuto mais responsável.
Mas qualquer coisa de estranho se passa, contra o candidato a candidato
à PR. Num olhar rápido pela Blogosfera, designadamente pelos «Frescos»
do Blogo.no.Sapo, verifiquei que existe uma guerra subversiva contra PSL.
Tudo começou à hora 0, pelas 00:00 com o Apontador do Sapo a registar
o [fresco] "Santana anuncia casamento com a Duquesa da Brandoa", mas
listado no caminho do "Mata-Mouros"; entre as 10:00 e as 10:42 apareceu
"Santana is Evil", no caminho de "A natureza do Mal"; "Santana com Pedra"
na "route" do "Acuso"; "Fuck Santana" pela boca do "Lobo Mau"; "Santana
è Homem", na cara do "Viriato"; "Que merda é esta com o Santana" vem
colado a "Terras do Nunca"; "Santana pró Jardim Zoológico" chega-nos por
via do "Epicuras"; "Santana Escarepes", segue-se a um tal "Niloides"; e,
finalmente (but not the least) "Pedro Santana 4 Ever (in Hell)" a correr com
"Cidadão Livre". Por este andar, PSL ainda vai parar à Mitra. Mas ele não
é o único, a receber apupos da Blogosfera. "E o primo Isaltino", pergunta
alguém atrás da ondulação deixada pelo "Mar Salgado".
... Até parece que estamos nos States, onde todos remam contra Bush!


 
A semana passada, no dia 7, escrevi aqui que, o ano de 2004, poderá
vir a ser o "annus horribilis" do PP/cds de Paulo Portas. Se o prof. Cavaco
Silva se candidatar à presidência da República, travando, assim o candidato
janota Santana Lopes, vai ser "horribile" para Paulo Portas. Mas as coisas
parece estarem já a correr mal para ministro da Defesa, que mal conhece
as divisas militares e quase não sabe marchar... Talvez por isso é que, na
INCM, tropeçaram na composição do DR, mencionando Paula... onde devia
estar Paulo... Veja aqui, ou aqui.


2004/02/13

 
Desde que o ministro da presidência, Morais Sarmento, veio anunciar as
virtualidades da "banda larga" na Internet, não sei porque razão, tenho
encontrado dificuldades em aceder, eficaz e diligentente, à maioria dos
"sites" onde, até há bem pouco tempo, acedia com a rapidez própria da
banda larga. De quem é a culpa, do Servidor, da PT, ou "saímos" das
"auto-estradas" e passámos a andar nos Itinerários Complementares?


O Governo vai legislar sobre a proibição de fumar em locais de tratabalho
bem como noutras situações, onde possa estar em causa a saúde pública.
Ao mesmo tempo, vai aumentar o preço do tabaco. Não é com o aumento
do preço que o governo inibe os fumadores de deixarem de fumar. Esta
questão, é um problema de saúde, de dependência, psíquica e fisiológica.
É verdade que o Estado (o país), gasta muito com o tratamento de doentes
com problemas pulmonares e cardíacos -- provocados pelo tabaco -- e, por
isso, compreende-se que o estado queira subir os impostos sobre o tabaco.
Mas esta medida não leva a lado nenhum. Quem estiver dependente do
tabaco, acaba sempre por arranjar dinheiro para os cigarros... Vai faltar nas
coisas essenciais e benéficas para a saúde, mas não faltará para o cigarro.

O consumo do tabaco, cria uma terrível dependêmcia, e não é fácil a qualquer
um deixar de fumar. Precisa de acompanhamento, médico e psicológico.
Eu tambem fumei durante muitos anos, embora não engolisse o fumo. Mesmo
assim, às vezes sentia a atracção do cigarro de forma irressistível. Porque as
imagens, os slogans, os prazeres vendidos pela publicidade às marcas de
cigarros, haviam deixado no meu inconsciente, um certo estilo de vida, uma
maneira de estar perante os outros. "Fumando K. você tem mais personalidade",
acenava a publicidade. Felizmente que, este apelo ao consumo tóxico de um
produto como o tabaco, já passou à história. A restrição publicitária ao consumo
do tabaco, foi uma medida inteligente. Outras medidas devem ser tomadas.

O Governo, pressionado pela Organização Mundial de Saúde e talvez pela
União Europeia, vem agora tomar medidas, algumas das quais já foram
tomadas, pois hoje, na maior parte das grandes e médias empresas, já não
é aceitável que se fume em locais de trabalho, sobretudo em reuniões. Assim
foi decidido, pela pressão dos não-fumadores e com a compreensão dos que
fumam. É que, o vício de fumar, prejudica os outros... Não se trata de um vício
que só faz mal a quém dele depende, como é o caso do álcool. Além disso, o
fumo do tabaco é anti-higiénico, fixa-se nas paredes, nas roupas, nos cabelos
e, misturado com o álccol, provoca odores nauseabundos, vindos da pessoa
intoxicada para os demais assistentes. É uma situação delicada, mas para
quem não fuma, chega a ser degradante, viver em tais ambientes.

A vida é mais bela sem fumos, sem a poluição do tabaco. É o que eu costumo
dizer a quém fuma. Cada um é livre de se matar, de se intoxicar, de morrer
com enfisema pulmunar, de se auto-flagelar. Já me parece desonesto, se essas
pessoas não respeitarem o modo de viver e estar no mundo daqueles que
não fumam nem suportam o ambiente poluido. São interesses antagónicos,
e, qualquer das partes, deve aceitar e compreender o "modo de existir" da
outra parte. Ao Governo, e aos pais, compete criar condições para que os
cidadãos e os filhos, vivam num ambiente despoluido, e por forma a poderem
avaliar as sequelas do tabagismo a nível cardio-vascular e respiratório.

Aqui está um bom exemplo para se avaliar os malifícios do tabaco.
Um fumador que experimente fazer um "cross" na montanha, ou apenas
um passeio pelas terras altas, chegará a sentir dificuldades cardíacas e
respiratórias, sinal de que a máquina-coração não está em condições.







2004/02/12

 
"Voltemos ao princípio" diz o profeta José Pacheco Pereira, que hoje vem
no "Público" concluir a análise não concluida na semana passada, sobre as
"armas de destruição maciça". Depois de preencher uma coluna do jornal, a
tentar levar a água ao seu moínho, lembrou-se do que estava em análise, e
rectificou: "voltemos ao pricípio", pois é "mais que evidente que o desejo da
guerra vem de antes [da questão das ADM]". Aqui, JPP tem razão: Bush queria
fazer a guerra, e não olhou a meios para atingir os fins.
Quanto ao resto da prosa, ela só mostra a desonestidade intelectual de JPP que,
em vez de ficar pelos factos objectivos, tenta levar o leitor para o lado da sua
trincheira. Mais valia que JPP tivesse ficado mudo, como aliás era esse o seu
viver, desde que a guerra no Iraque começou a dar para o torto. Como fizeram
os outros "cruzados", v.g. o Luis Delgado.

JPP fala num epicentro do terrorismo, que deu origem ao 11 de Setembro, mas
recusa-se a dizer que, esse epicentro, era e continua a ser o conflito israelo-
-palestiniano. Para JPP, essa foi a razão do 11 de Setembro. Depois dessa data,
para JPP, existe apenas "terrorismo internacional", que deve ser combatido por
todos os países pois, diz o profeta JPP, há um "ovo de serpente que está a
chocar", que virá provocar um "grande atentado para começar tudo de novo
numa conjuntura mil vezes pior"...
"Falando agora por mim" - acrescenta JPP -- "lamento, e lamento muito, todos os
enganos à volta das ADM, em que quem defendeu a guerra participou", conclui
o profeta JPP. Mas ele tinha acabado de nos informar que, "o desejo da guerra
já vinha de antes [do 11 de Setembro]"... Porquê, lamentar-se e chorar?

Temos que ter cuidado com os profetas, sobretudo aqueles que nos querem
vender gato por lebre. Ao proceder assim, JPP defende as suas convicções
ideológicas, mas não está a ser honesto para quem lhe dá ouvidos, nos jornais,
na televisão, na rádio e na Blogosfera. Nesta, temos editores de blogues que
são mais honestos e mais objectivos do que muitos analistas políticos da nossa
praça. Além disso, as fontes de informação correm na NET, e qualquer pessoa
interessada pode ter acesso a essas fontes. Porquê então esta continuada
"doutrinação" política e ideológica levada a cabo por comentadores afins ou
correligionários de JPP?. Chega de doutrina, falem-nos antes de meteorologia.

A verdade é que "o inimigo número um" dos EUA, era e é, Bin Laden. Mas Bush
não o derrotou nem o apanhou. Substituiu-o por Saddam, um pobre diabo que,
não só não tinha "armas de destruição maciça", como não tinha Exército nem
Força Aérea, nem linha de comando nas suas tropas. George Bush, recusou-se
a aceitar as inspecções da ONU, que prosseguiam e nada revelavam. Porque,
como diz Pacheco Pereira, a vontade da guerra já vinha de antes. Quanto à
"cruzada" para converter os povos islâmicos à democracia "made in América"
serve apenas para humilhar os árabes e muçulmanos -- e ganhar terreno para
explorar o petróleo. Entretanto, "o ovo da serpente", de que falava JPP, não
foi encontrado nem derrotado na sua ideia de fazer frente à América que, em
partenariado com Israel, humilha não apenas os palestinianos, mas todos os
povos islâmicos. O desespero e a raiva dão lugar à violência, num cenário
"hollyoodesco", mas que mata civis inocentes, velhos e crianças, sem que o
director do estúdio tome medidas para acabar com a carnificina.
:-((
Eduardo Prado Coelho, no "Público" de hoje, depois de afirmar que não tem
procuração para defender "o registo irónico" de José Manuel de Mello quando
este disse que Portugal devia dissolver-se numa aliança com Espanha, vem
contar-nos a sua ida ao Corte Ingles, para comprar uns tinteiros para a
impressora. Mas foi de popó, só que, ao entrar no tunel de acesso ao parque
subterrâneo -- demasiado estreito para a condução de EPC -- este sentiu-se
entrar na "twilight zone", num imenso buraco negro, sem fim... e não se sabe
bem como é que EPC sobreviveu, regressando daquela 3a. Dimensão... Ele
não consegue explicar bem, como foi. Entrou em parafuso.... Má experiência,
e havia de ser logo num grande armazem espanhol.


Em Pendleton, Oregon, nos EUA, crianças índias de diversas tribos
preparam-se para rituais de dança, incluidas no cerimonial das
festas locais. A beleza e o colorido dos seus trajes, tem as côres
da natureza. Os estilistas ocidentais, ao usarem as côres negras,
parecem estar a fazer propaganda ao islamismo dos "mullas".




2004/02/11

 
Os sentimentos das pessoas propagam-se no espaço, como ondas
hertzianas. Certamente por isso, é que as sondagens sobre a confiança
dos consumidores é tão relevante nos inquéritos sobre previsões económicas.
No seguimento do registo "Compasso de espera" que ontem editei, vem hoje
o Eurobarómetro -- instituto de opinião pública da UE -- informar que os
portugueses são os europeus que demonstram estar mais péssimistas. Logo
a seguir, vem a Grécia, que geralmente anda "colada" aos nossos inquéritos.

Exercício olímpico... Bombeiros equipados com máscaras de protecção contra
armas químicas, durante um ensaio em Atenas, incluido na "Blue Odyssey",
que decorreu durante tres dias, a fim de avaliar o desempenho em caso
de hipotético ataque terrorista, durante os Jogos Olímpicos a realizar em
Atenas este ano.
E por cá, já se fez alguma coisa parecida?...

Não nos deixou surpreendidos, o resultado do Eurobarómetro. O péssimismo
sente-se, respira-se em quase todo o lado, onde se contacte com as pessoas
que, no seu dia a dia, enfrentam dificuldades e não vêem o fim das restrições.
O aumento do desemprego, dois anos sem aumentos da Função Pública, com
aumentos no custo de vida -- inflação, transportes mais caros, água, luz e gaz
a encarecerem e os impostos mais alargados -- tudo isto contribui para que
não haja confiança no futuro. Alem disso, o arrastamento do processo Casa
Pia, a ineficácia na luta contra a fuga e evasão fiscal, a indefinição de casos
como o de Felgueiras e de Isaltino Morais -- a par de tantos outros -- deixa
os portugueses indignados, por sentirem que a nossa justiça não funciona.

Terminou a conferência da plataforma "Compromisso Portugal.com" sem que,
das suas conclusões, se possa escolher uma proposta inovadora, uma ideia
original capaz de gerar uma "nova vaga" no tecido empresarial português.
Desde o sistema fiscal, à despesa pública, ao investimento público, legislação
laboral e à educação, não se encontram propostas que levem a uma vaga
de fundo. Até a eliminação do sigilo bancário é por demais apontada, porque
o Estado já pode recorrer a esse meio. Novidade mesmo, é ser pedido o
aumento das custas judiciais, para acabar com os sucessivos recursos aos
tribunais da Relação e ao Supremo. Pelo menos no processo Casa Pia, era
de seguir essa norma, já que o atraso processual se deve ao abuso de recursos.

"Diablada", é a dança índia que este boliviano executa em trajes
festivos, durante as comemorações do 223. aniversário da fundação
da cidade de Oruro, na Bolívia. Perduram as tradições e os costumes.


A reunião do Beato, não foi de todo inutil; é preciso dar-lhe continuidade, pois
estes encontros fortalecem os laços empresariais e podem ser relevantes em
determinadas situações políticas e económicas. Façam deste encontro uma
aposta para enfrentar as dificuldades que aí vêm, com o alargamento a leste.
Os gestores, os decisores e os empresários, precisam de encontrar-se nestes
foruns para se conhecerem, para trocarem ideias e estabelecer consensos.
Já passaram os tempos em que se dizia que "o segredo é a alma do negócio".
Hoje a informação deve circular, livre e democráticamente. Mesmo nos negócios.

As mentiras que serviram de pretexto à guerra no Iraque -- como mentira
foi o perú de plástico apresentado por Bush e o caso da soldado Jessica Lynch --
estão a inflamar a Blogosfera e a maioria dos analistas da nossa praça. Como
referia há dias um dos blogues que me acompanha, "agora até o Eduardo Prado
Coelho, vem falar de armas de destruição maciça". Na verdade, tambem estou
espantado. Eu imaginava o EPC a criticar a vida cultural do país, e, de um dia
para o outro, vejo o EPC a esgrimir não apenas contra a mentira das MDW no
Iraque, mas tambem contra aqueles que o acusaram de ser um "sinistro homem
de esquerda, um antiamericano e amigo dissimulado dos terroristas". EPC tem
toda a razão para estar indignado. Um intelectual, é um cidadão como qualquer
outro, e Eduardo Prado Coelho só está a mostrar que é contra a mentira, contra
a hipocrisia política, contra a falta de ética, incapaz de se vender ao Diabo.

Aberta que foi a caixa de Pandora, temos agora os demónios
e as pragas a devastarem as terras da Babilónia... A menos de
48 horas, segundo atentado, morrendo 47 mancebos às portas
do Regimento de incorporação e mobilização militar, em Bagdade.




2004/02/10

 
COMPASSO DE ESPERA...

Há momentos na vida que, por mais vontade que se tenha, por maior esforço
que se faça, as coisas não andam e tudo parece estar em contraciclo. Quando
assim acontece, a melhor atitude a tomar, é não forçar os acontecimentos,
esperar que a maré encha... Entretanto, a vida continua, aqui, ali e além, mas
noutro ritmo, noutras actividades, dando corpo a outras aspirações e anseios
humanos. Devemos aceitar a vida como ela é, e viver a existência em todas
as tonalidades, agarrando agora aquilo que tinhamos posto de parte, enquanto
aguardavamos a hora para realizar o desejo, daquilo que antes ficara adiado.

De facto, ao entrarmos no segundo mes de 2004, as coisas não aconteceram
com a brevidade e a quantidade que esperávamos. Agora estamos um pouco
surpresos, confusos e até algo desiludidos. Não desesperemos. Na economia,
nada vai ser objectivo e fulgurante, senão após as eleições americanas. Vamos
continuar com o sobe e desce, com os adiamentos, com as esperas: uns à espera
da reunião do G-7, outros de Allan Greenspan, alguns da Comissão Europeia,--
a decidir sobre os Fundos de Coesão -- e outros da reunião da OPEC, quando
não da conferência de Trichet ou de Gordon Braun. Tudo isto, são indecisões,
porque as eleições americanas, acontecem apenas lá para o fim do ano. Até lá,
sem saber quem vai ser o presidente, nada mudará radicalmente. Porque o
"presidente da guerra", não conseguiu fazer a paz e deixa um défice monstro.

Nós por cá, tambem temos vivido de esperas e adiamentos: adiou-se, mais
uma vez, o concurso de venda de 30 por cento da Portucel; adiou-se, mas parece
já ter sido assinado o caso Galp/EDP/Eni; o Mibel, depois de alguns adiamentos,
tem agora data marcada para 30 de Abril; tem-se adiado a separação dos
negócios da PT na área do cabo; falta clarificar os preços de ADSL para que a
concorrência ofereça alternativas ao consumidor. Para além de tudo isto, os
mercados aguardam pela publicação dos balanços anuais, ou seja de resultados,
e com eles, avaliar os dividendos -- se os houver e forem distribuidos...

Como se os adiamentos na economia não bastassem, os portugueses ainda
têm adiamentos sucessivos da telenovela " Casa Pia" (nunca mais se faz justiça);
a subida do desemprego; a sensação de que, neste Governo, não existe ministra
da Justiça; a dúvida, cada vez maior, de que o "Euro 2004" vai ser um fiasco;
a incerteza, quanto a melhorias nos rendimentos familiares; a preocupação dos
gestores, pela investida espanhola; a dúvida ainda, sobre qual vai ser o futuro
dos centros de decisão, das empresas estratégicas da nossa economia.
Enfim, há muitas incertezas no horizonte, muitas coisas por clarificar. Espera-se
que, a reunião da "nata empresarial", a decorrer neste momento baseada na
plataforma "Compromisso Portugal.com", traga algum optimismo para todos
nós, e seja mais do que um encontro de retórica. Espera-se acção, da parte
daqueles que têm poder e meios para levar o país a sair deste momento de
indefinição. É preciso energia, dinamismo e confiança para se construir o futuro.

Onde está o nosso Carnaval?... Em Itália, na cidade de Viareggio, na
Toscânia, os motivos escolhidos para figurarem no côrso que vai percorrer as
ruas da cidade, são diversos. Entre eles, este carro com a figura central do
presidente George Bush, carregando o presidente Jacques Chirac que segura
uma bandeira das Nações Unidas. Os bombos da festa, são os políticos.





2004/02/09

 
"Ninguém é perfeito", diz Eduardo Prado Coelho na sua crónica de hoje
publicada no "Público, a propósito do treinador de futebol Mourinho, José
Mourinho, cuja personagem sempre achou detestável, mas a quém deseja
ver, num futuro próximo, numa "carreira política, dessas puras e duras, que
pretendem regenerar a sociedade". Diz ainda EPC, que há um ponto em José
Mourinho que lhe "provoca considerável repulsa: a ausência total de sentido
de humor". "A função do riso é profundamente humanizadora -- continua EPC.
"Sempre que está ausente, ficamos de pé atrás". [Desconfiai dos mestres que
não riem de tudo, incluindo deles próprios], dizia Nietzsche". Mas EPC, apoiado
em Nietzsche, vai ainda mais longe, metendo foice em seara alheia, ou seja no
futebol, que não é a sua especialidade cultural nem desportiva, e faz profecia
com a seguinte frase: "Aposto que, com a ajuda de Pinto da Costa, Mourinho
se vai convencer de que o mundo é feito de gente corrupta e que ele veio à
Terra para redimir as diversas figurações do Mal. Poderá mesmo associar-se
ao juiz Rui Teixeira, que tem um perfil psicológico semelhante".

Eduardo Prado Coelho fez uma borrada, ao vir apontar o "perfil psicológico"
do treinador, e uma grande asneira, ao compará-lo ao juiz Rui Teixeira, que
não foi dado nem achado para EPC estabelecer "perfis psicológicos" similares
ao de Mourinho. Com esta nódoa crítica, aconselha-se EPC a pensar no que
diz, mas tambem a "sentir" aquilo que diz, para não se desculpar depois, ao
dizer que, neste mundo "ninguém é perfeito". EPC espalhou-se no relvado,
depois de tropeçar na bola de Mourinho. E fez uma figura de intelectual nada
inteligente, antes rancoroso, preconceituoso, desconfiado e de muita má-fé.

Que motivos movem EPC, a denegrir o juiz Rui Teixeira, comparando-o a um
treinador de futebol que lhe provoca enorme repulsa? Porque não ri?! Mas o
juiz Rui Teixeira, nas televisões nacionais, aparece sempre sorridente, com
ar humilde, atencioso, sempre a mostrar a clorofila... Já o treinador Mourinho
não, esse é duro, tem sempre a carapaça do guerreiro, está sempre pronto
para enfrentar o adversário -- é modelado pela sua atitude guerreira, é um
defeito de profissão. Aliás, até pode ser congénito, pois qualquer pessoa,
quando bebé lactente, se lhe fôr negado o peito da mãe, para mamar, desenvolve
um caracter irrascível, por ausência do leite e do calor do peito maternal...
EPC deveria conhecer a origem das causas que enformam a personalidade
das pessoas. Só depois, EPC poderia falar em "perfis psicológicos". Um mau
génio, pode não ser um mau carácter, desde que seja tratado com atenção,
com o respeito que merece todo o ser humano. Atrás de uma máscara de
guerreiro, encontramos sempre um ser humano que procura defender-se,
mas que é fraco, frágil, carente de amor e compreensão. Deve ser respeitado.


O "Muro do Apartheid", em Israel, está a preocupar muita gente.
Agora, o Supremo Tribunal de Justiça, quer ouvir as forças políticas,
e organizações civis sobre as restrições que o muro coloca à livre
circulação das pessoas. Do lado palestiniano, dizem-se privados do
acesso aos campos, às escolas, povoações vizinhas, familiares, etc.





2004/02/08

 
PORQUE HOJE É DOMINGO...

Naveguei um pouco pela Blogosfera. Dos blogues visitados, quase todos
abordam a figura de RSF, (Ricardo Sá Fernandes, não confundir com Resposta
Sem Franquia) o advogado de defesa de Carlos Cruz, que ontem mostrou nas
televisões, como está irritado, desorientado e infeliz por o juiz Rui Teixeira não
ter aceite as suas provas contraditórias. RSF tem mau perder e fez ameaças.
O Intimista não o poupa. O Mata-Mouros, que me parece saber de Direito, postou
ontem, dando uma opinião, mas hoje, ao conhecer mais pormenores, mostra-se
mais perpelexo. Na Janelaparaorio, encontramos críticas a RSF e comentários ao
futebol, eleições primárias nos States, e a curiosidade do "rebento" pelas images
da TV. O Jumento, que tem por lema "antes quero burro que me carregue do que
cavalo que me derrube", dá coices a torto e a direito cá dentro, e ainda zurrou
de alegria por aquele "gringo" que, ao chegar ao Brasil, fez um gesto obsceno,
por ter que registar as suas impressões digitais, como fazem os States a todos
os brasileiros. O Jumento, é um dos mais atractivos blogues nacionais.

O Paulo Perreira do Blogosocialportuguês, diz-nos que a JP quer despenazilar
o bétinho (?), discorre sobre o "empirismo" de Mourinho, refere a "cabala" urdida
contra uma tal Anabela, avisa-nos da manifestação contra a guerra a 20 Março,
mostra-nos o "Bartoon" e ainda nos aconselham a socializar... Grande Mestre!
Desta vez, o MarSalgado, navega em águas agitadas. Tudo por causa dos ventos
que sopram da "esquerda" e contra os quais VLX não consegue investir direito,
para não largar o leme... Neptuno, parece não estar a bordo, e FNV discursou
vivamente para os corsários, sobre o ópio do Afeganistão. Ele conhece a história,
mas não foi muito isento nem sereno na pregação. Por causa do ópio...


A cultura das papoilas donde é extraído o ópio, volta a estar nas
preocupações dos governos ocidentais, dado que a produção tem
aumentado, contribuindo os lucros para mais tráfico de armas.



Pela primeira vez, desde 1945, o Japão entra numa missão de
segurança internacional com um contingente de forças militares
enviado para o Iraque. Mas o povo nipónico é contra esta medida.

2004/02/07

 
O ano de 2004, poderá ser o "annus horribilis" do PP/cds, segundo disse
Paulo Portas, na última reunião da Comissão Política do seu partido, segundo
escreve hoje, Eunice Lourenço, no jornal "Público". A ser inteiramente verdade
o que diz aquela jornalista, Paulo Portas começa a manifestar sinais de pouca
tranquilidade, temendo pelo futuro da mini-coligação governamental. E não é
caso para menos, dada a avaliação que faz das forças que procuram entravar
a sua acção governativa. Paulo Portas caracterizou assim, as forças de bloqueio
que irão minar-lhe o caminho: "a galáxia Louçã", "o planeta Soares" e "o cometa
Marcelo". Estes inimigos cósmicos, parecem atormentar o sono de Paulo Portas.
Longe vão os tempos em que o ex-jornalista do "Independente", perseguia o
Dr. Cavaco Silva, acusando o seu Governo de incapacidade e atirando-lhe pedras
para o caminho, por forma a dificultar-lhe o andamento na acção governativa.

Ao ouvirmos agora Paulo Portas, é impossivel não lembrarmos os tempos em
que ele atacava tudo e todos, no seu jornal, para ganhar fama e ter proveito.
Passados estes anos, o inconsciente de PP, parece não viver bem com os pecados
que cometeu. Talvez seja por isso que PP sonhe com fantasmas, ETs ou cometas
em movimento de colisão. Já vê inimigos em todo o lado, até noutros planetas,
noutras galáxias. Uma autêntica paranóia, que tambem pode ter origem nas
memoráveis séries de "Startreks", de Stanley Kubrick ou "Os Aneis do Senhor".

O estilo do discurso do ministro da Defesa, Paulo Portas, não é políticamente
correcto e muito menos digno de um governante que procura impôr-se através
de retórica espacial... Tudo tem o seu lugar, e, na política, os governantes, não
deviam fazer discursos partidários, comicieiros, populistas. Exige-se uma atitude
e um comportamento de estadista, para não cairmos no lugar comum, na chicana
política, na linguagem futebolística. Aos políticos é exigido rigôr, honestidade e
correcção nas atitudes e acções que assume. Quando um governante vem falar
dos seus adversários políticos, chamando-lhes, ainda que de forma indirecta, de
"extra-terrestes", está a enviezar o discurso, a resvalar para terrenos perigosos,
que levam o cidadão comum à desconfiança e ao desprezo por quem assim fala.

O Gen. Loureiro dos Santos, no "Público" de hoje, conclui a segunda parte do
seu "Balanço da guerra ao terrorismo", sem avançar com relevantes ideias no
que respeita ao plano político; no plano militar esquece que, este inimigo, não
está no terreno, e, por isso, não pode ser derrotado pela estratégia militar
convencional. É um inimigo que não tem frente de batalha, é volátil, está entre
todos nós. Convém é criar condições políticas e económicas, para o dirimir.
É inaceitável, já ontem o disse, que o general Loureiro dos Santos, ao abordar
o problema do terrorismo e Médio-Oriente, não tenha feito a menor referência
ao conflito israelo-palestiniano -- fonte de todo o terrorismo islâmico.

Crianças iraquianas, longe do cenário de guerra, guardam o seu
rebanho de gado, tendo por companhia um cordeiro, quando
cai sobre o horizonte o crepúsculo... sereno e apaziguador.



Cerca de 3.000 manifestantes, judeus e palestinianos, protestaram
hoje, em Jerusalém, contra o "Muro do Apartheid", que retira terras
aos palestianos e os coloca num "guetto" e separa de suas famílias.








2004/02/06

 
Na política como no futebol, a agressividade e a violencia, traduzem-se
pela incapacidade de vencer ou esmagar o adversário. No futebol, ainda
se pode desculpar, mas na política -- onde é suposto estar representada
a élite pensante e educada -- isso é intolerável.
O espectáculo de ontem, no Parlamento, entre a direita chique e revanchista
e a esquerda de Abril, demonstra a simbiose existente entre o futebol e os
políticos. Cometem erros, uns e outros, mas a culpa é sempre dos árbitros.

A poetisa ucraniana, Svetlana Povalyaeva, atira para a fogueira o seu
manuscrito durante uma manifestação frente ao edifício governamental, em
protesto contra a taxa de 20 por cento, decretada pelo governo, aplicada a
todas as obras literárias editadas na Ucrânia... Parece mentira, não é?!...


O general Loureiro dos Santos, no "Público" de hoje, faz "um balanço da
guerra ao terrorismo", um pouco ao estilo de J. Pacheco Pereira, isto é, em
dois ou mais capítulos. Loureiro dos Santos costuma ser mais objectivo,
em menos espaço. Afirma que a situação actual, é melhor que antes do
11 de Setembro, e poderia ser melhor "se não tivessem sido cometidos erros
de monta por alguns actores internacionais, com os Estados Unidos a cabeça,
mas tambem por outros, como foi o caso da França". Não vejo o grave erro
que o senhor general aponta à França, mas perante esta trama enredada
ao estilo "uma no cravo outra na ferradura", ocorre-me perguntar: a França,
como a ONU, era contra a guerra e a favor da continuidade das inspecções
às chamadas "armas de destruição maciça". Então, e os restantes países,
que alinharam contra a guerra: a Alemanha, a Rússia, a China, a Índia, a
Àfrica do Sul, o Brasil?...

O general Loureiro dos Santos perde-se a conjecturar sobre a Al-Qaeda,
dizendo que esta não terá grandes vantagens em fazer ataques terroristas
em países muçulmanos. Esquece que, os ataques na Indonésia, na Tunísia,
em Marrocos, na Tchetchénia, na Arábia Saudita e na Turquia -- países
citados pelo senhor general -- foram sempre dirigidos contra interesses e
alvos dos Estados Unidos ou contra os países da mini-coligação, que fez
a guerra contra o Iraque. Foi contra a Austrália, na Indonésia; contra Espanha,
em Marrocos; contra Inglaterra, na Turquia; contra a América, na Arábia
Saudita. Na Tunísia, foi contra Israel e na Tchetchénia, contra o governo
russo, mas aqui a questão tem a ver com a "jhiad", para onde são enviados
voluntários da guerra santa, como aconteceu no Afganistão, contra a ex-URRS.

Curiosamente, o general Loureiro dos Santos -- como a maior parte dos
analistas da nossa praça -- esqueceu o cerne da questão: não falou uma
única vez, na questão palestiniana -- fonte de todo o terrorismo islâmico.
Não creio que o tenha feito deliberadamente, terá sido por esquecimento.
Mas é bom que os homens de boa vontade tenham presente o que se
passa entre Israel e o povo palestiniano (não falo em país), pois é preciso
resolver aquele problema de forma justa e com a brevidade possivel. Por
duas razões: o povo palestiniano tem sido humilhado, e a origem da "jhiad"
e do terrorismo actual, têm ali a sua fonte. Não esqueçamos que, foi a
partir do assalto ao "Achille Lauro", que apareceram os bombistas suicidas,
prontos a pagar com a vida, a humilhação feita ao povo palestiniano.

Será que existe um Deus, que gosta de ver os seus fieis sofrer, assim?
Imagem de Kuala Lumpur, onde 7 por cento da população é hindu.








2004/02/05

 
PARA ONDE VAI A BLOGOSFERA?

Ao ter conhecimento, através da Janela para o Rio, de que a Blogosfera
não tem, até agora, respondido com entusiasmo ao desafio que lhe foi
lançado pelo Bloguitica, procurei sugerir novas ideias, pois tambem a mim
não me parece relevante estarmos a fazer vaticínios sobre o futuro dos
blogues. Na verdade, este fenómeno de comunicação desenvolveu-se muito
rápidamente, graças ao modelo gratuito, democrático e liberal que desde
o início foi sua característica dominante. Seja qual fôr a acção que venha
a ser tomada, nunca terá sucesso, se não respeitar aqueles princípos de
liberdade. Só assim, com a livre escolha de cada um, pode a Blogosfera
continuar a servir o espírito criativo dos cidadãos.

No entanto, a quantidade e a diversidade dos blogues já é sufuciente
para haver um certo enquadramento destes dentro da Blogosfera. Começa
a haver necessidade de se definirem regras, classificar blogues, quantificar
estes por áreas geográficas, por temáticas, organizar um sistema de
contacto que, em caso de emergência nacional, possamos mobilizarmo-nos
e prestar serviço útil, ao país e às pessoas. Como está agora, a Blogosfera,
pouco serve ao país. A maioria dos blogues, fala sózinho. Verifica-se alguns
grupos que linkam diáriamente entre si, mas outros há que estão totalmente
a falar para o vazio, estão a comunicar apenas consigo mesmo. Isto é um
desperdício. É altura de se criar um grupo jovem, que possa dinamizar a
ideia de organizar a "diversidade" para no futuro criar a "unidade" e conseguir
dar utilidade nacional à comunicação difundida pela Blogosfera.


Tem as côres da Janet, mas é mais exuberante e descuidada.
Modelo de Annibal Laguna, na Gaudi Passarela, em Barcelona,
onde decorre a apresentação dos estilistas espanhois.




 
Eduardo Prado Coelho não quiz dar a cara pelo que escreveu hoje no
"Público", onde vem propôr a criação de uma "Comunidade de Professores"
(parece ter gostado do nome "comunidades urbanas" do Governo), depois
de ter dito que a entrevista de Vasco Graça Moura, dada no domingo, sobre
o ensino de Português, "tinha todas as condições de se tornar polémica".
Prado Coelho não adianta muito, dá uma no cravo outra na ferradura, dizendo
que a linguista Maria António Coutinho, apupada por VGM na sua entrevista,
tambem faz afirmações perigosas, quando responde a VGM. Resultado, para
EPC a questão resolve-se, criando a tal comunidade, mais uma, para além
dos respectivos sindicatos. Mas os professores, preferem antes uma Ordem.
EPC fugiu, não deu a cara. Em vez dele, o paginador colocou a foto de outro!...

O profeta Abrupto, pela voz de José Pacheco Pereira, vem hoje no "Público"
discorrer sobre "armas de destruição maciça: engano ou mentira?". Como é
habitual, Pacheco Pereira descreve-nos mais as suas convicções do que os
factos reais. Chega mesmo a deduzir que, "quer tenha sido engano, quer
tenha sido mentira, existem efeitos, embora, neste último caso, os efeitos
possam ser conjunturais". Para JPP é melhor aceitar uma mentira do que um
engano. No seu raciocínio, JPP acusa a França e a Alemanha de descrédito
político pela posição tomada, e considera que mentiram tanto como mentiu
o dueto Bush/Blair. Apenas a Rússia e a China escaparam ao descrédito...
Então, e os restantes países, como a Índia, o Brasil, a África do Sul, etc.?
JPP delicia-se na construção do seu discurso enviezado, e, como não teve
uma ou duas páginas de jornal à sua disposição, vai continuar a escrever
sobre a "mentira das armas de destruição maciça", numa série de capítulos.


Cortesia de Blogo Social Português

"Restaurar a confiança da América", é o titulo do artigo de Zbigniew
Brzezinski, antigo conselheiro de Segurança Nacional do presidente James
Carter, que sabe do que fala e que, em igual espaçoo que o JPP teve, dá-nos
uma opinião clara sobre o assunto, na página nove do mesmo jornal "Público".
Para Brzezinski é claro que, "a credebilidade dos Estados Unidos em todo o
mundo foi seriamente ferida", verificando-se "um manifesto ressentimento
face ao recente comportamento dos Estados Unidos e uma desconfiança
generalizada nos líderes americanos". "A Administração deve reconhecer sem
rodeios que os Estados Unidos estavam mal informados sobre o estado e o
nível do armamento iraquiano". "Varrer o problema para baixo do tapete
seria ainda pior", diz Brzezinski. "No mundo de hoje, a América é preponderante.
mas não é omnipotente. Por isso, a América tem de ter a capacidade, quando
necessário, para mobilizar o apoio genuino e sincero de outros países, em
particular dos seus aliados mais próximos. Só pode faze-lo se confiarem nela".

Perante a insuspeita opinião deste senhor, que nos interessa o discurso
enviezado de Pacheco Pereira. Bem pode continuar a escrever no "Público"
os capítulos que quizer sobre a invasão do Iraque. Pode faze-lo tambem nos
seus dois blogues, na SIC, na rádio e noutros jornais. A verdade, as tropelias
ao direito internacional, as mentiras grosseiras, tudo acabará por se diluir à
medida que os factos concretos e verdadeiros revelarem toda a verdade.



2004/02/04

 
"Há que reconhecer que eles já criaram uma imagem de marca,
os "cavaglieri" lusitanos. Muito engomadinhos e pomposos nesse estilo
de compromisso entre o vendedor de Alfa Romeos e o estagiário pretensioso
de firma chique de advogados..." Assim começa, Fernando Rosas, o seu registo
de hoje no "Público", sobre a "A direita lusitana e o 25 de Abril", que me parece
bem na sua análise, depois que observei a imagem de Paulo Portas e seus
"cavaglieri", publicada na página 12 do mesmo jornal. Real retrato de estagiários.

"Esta minoria radical, populista e trauliteira puxou para a direita a direita
portuguesa. Uns e outros levaram o país, o país que trabalha, que estuda, que
ensina, que cria, a uma das piores crises da sua história recente". Neste registo,
Fernando Rosas, perde o mérito que lhe reconheci anteriormente. Porque faz o
discurso dinossauro de há 30 anos... O tempo mudou e as pessoas tambem;
falar em esquerda e direita, ainda por cima chamar a esta "trauliteira", não me
parece inteligente, nem corresponde à realidade actual. Fernando Rosas, com
estas "cachimbadas" espontâneas, torna o seu discurso desapropriado para
o tempo e as condições em que vivemos. O discurso antiquado, já não colhe.

A criação das Comunidades Urbanas, em oposição à regionalização, vai levar
o país para a implosão da sua matriz administrativa. Não vejo como se pode
aceitar que, Tras-os-Montes e Alto Douro, sejam divididos, fragmentados em
duas ou tres comunidades municipais, ficando alguns concelhos por fora, sem
que haja alguém com bom senso, para se opôr a tamanho irrealismo. Nunca
o Governo se devia demitir de gerir a criação das referidas comunidades. Este
novo mapa administrativo do país, é tarefa do Governo, nunca de autarcas,
entre os quais existem profundas animosidades. Este trabalho é para políticos
visionários, como Fontes Pereira de Melo, Pombal ou Duarte Pacheco. Onde
estão os políticos, capazes de acabar com a descaracterização deste país?

A propósito da visita que o presidente Jorge Sampaio está a fazer à Noruega,
acompanhado de cerca de 70 empresários, sentiu-se um lamento da parte dos
industriais do bacalhau, por não terem sido convidados... Estes importadores
do "fiel amigo", ainda pensam estar a viver nos anos 60 do século passado,
quando Portugal pescava nas águas do Norte e importava bacalhau a pataco.
O que se pretende, nestas viagens, é levar e dar a conhecer o que se faz em
Portugal, no comércio, na indústria, na investigação, no ensino, nas artes. Nós
precisamos de vender, exportando o que produzimos, para maior riqueza nossa.


As mentiras espalhadas aos quatro ventos, pela mini-coligação que fez a guerra
do Iraque, com o pretexto de que lá havia "armas de destruição maciça", que
poderiam ser activadas em 45 minutos, estão agora a estilhaçar na boca de todos
quantos apostaram na sua "veracidade". Tony Blair, foi a primeira vítima das
suas mentiras; já foi acossado, mas o pior está para vir. George Bush, fez o que
qualquer "cow-boy" faria: atirou as culpas para os serviços secretos, pedindo
um inquérito independente. Esta situação, deixou embaraçados todos os políticos
que acreditaram em George Bush, obrigando agora estes, a fazer o mesmo:
Blair pediu um inquérito independente. Na Austrália, John Howard, é pressionado
no mesmo sentido; em Espanha, Aznar está de saída, mas tambem poderá ser
obrigado a fazer o mesmo. E por cá, que certezas tem Durão e Paulo Portas?







2004/02/03

 
APENAS COISAS BIZARRAS


A II Divisão das Forças Terrestes de Autodefesa de Asahikawa, no Japão,
durante os oito dias do Festival de Inverno, construiram este efémero
Castelo de Neve, na ilha de Haikkido, para celebrar a partida para o Iraque
do segundo contingente de tropas japonesas. É talvez o maior castelo de
neve alguma vez feito, mas isso não serve de refúgio nem protecção dos
militares japoneses se, por azar, forem atacados em terras da Babilónia.


"[Lá] em Curitiba, há um sujeito que se proclama a reencarnação de Cristo.
Ele anda com vestimentas dignas de filme de sexta-feira santa e conseguiu
na justiça mudar seu nome para INRI CRISTO... Na página do sujeito há
até a revelação do último segredo de Fátima".

(Via Dhuvi-Lúvio, de Curitiba, capital do Pará, Brasil).


Coisa estranha é tambem o "Direito de Resposta" do Mata-Mouros. Tentei,
por tres vezes, desde Dezembro, contactar com PMF, já que é um colectivo
de tres, com CAA e CL. Ontem tentei novamente, e nada. Escudado pelos
dois profetas (Abrupto e Aviz) e gritando "Por Santiago!", o Mata-Mouros
não deixa que os guardas baixem a ponte sobre o fôsso que rodeia o
castelo, para receber os companheiros da Blogosfera. Coisa estranha;
diria mais -- como os Dupont -- coisa estranha e bizarra. Eu queria apenas
dizer ao PMF que é um desperdício, utilizar o seu verbo nos acontecimentos
futeboleiros... É que, faz falta, na Blogosfera, meia dúzia de tribunos para
comentarem os temas políticos, económicos e sociais, que afectam todos
nós, e para os quais PMF tem argumentação capaz, viva e galvanizante;
há muito poucos a opinarem, a esclarecerem, a comentarem. Por favor,
peçam a alguém ligada à côrte do Mata-Mouros, para abrir as portas do
seu castelo aos companheiros da Blogosfera. Bem hajam!



2004/02/02

 
O Prof. Mário Pinto ficou muito ofendido com o deputado Francisco Louçã
-- a propósito do aborto -- por este se ter referido a uma "minoria fanática",
na qual Mário Pinto se julga incluido. Vai daí, arremete contra Louçã nos
seguintes termos: "minoritário fanático é Vossa Excelência". Nota-se, da
parte de Mário Pinto, muita hipersensibilidade, mas tambem contenção
no verbo e respeito pelo estatuto de deputado -- coisa que hoje é muito
raro ver-se nestas circunstâncias. É uma resposta exemplar a servir de
modelo, até mesmo para os parlamentares.

Eduardo Prado Coelho (EPC) avalia o resultado das sondagens -- negativas
para o PSD -- apoiado na relação entre as estatísticas do número de mortos
no verão dado pelo Governo e os da OMS. Não é preciso ir por aí, nem fazer
semelhante equação para criticar o Governo; este deve ser censurado pelos
erros cometidos na execução das suas políticas, e, se possivel, apontar os
caminhos de correcção. Sejamos francos e directos; é um dever da Oposição.


O juiz Paulo H. Pereira Gouveia, num registo editado no "Público" sobre
"Justiça fiscal-- teoria da razão prática" (este título lembra os tempos em que,
no liceu, era obrigatório estudar Filisofia) vem dizer que, "a criminalidade
financeira e fiscal não é perseguida pelo nosso Ministério Público e pela nossa
polícia de forma continuada e vísivel". Já aqui escrevi, a semana passada,
que este Governo -- ao contrário do que prometeu -- não conseguiu, até
agora, criar meios para acabar com a fuga e evasão fiscal. Sabemos agora
que, 2 por cento do nosso PIB -- uns 24 milhões de contos -- é a quanto
monta o crime dos prevaricadores. É uma injustiça e uma afronta a todos nós.

Esta semana Portugal vai mergulhar na "banda larga". Quem o diz é Diogo
de Vasconcelos, presidente da Unidade de Missão Inovação e Conhecimento,
-- até parece um daqueles departamentos a bordo da nave "Enterprise" da
série "Startrek"! -- a propósito da Conferência Internacional a realizar dias
4 e 5 no Congresso do Estoril, na presença do Comissário europeu Erikki
Liikanen e do ministro adjunto, José Luis Arnaut. No final, sexta-feira, o nosso
primeiro ministro, a partir de Castelo de Paiva, anunciará ao mundo a primeira
"rede de banda larga". -- Antes isso, do que uma "banda lheira".


Para os desportistas: no intervalo da Super Bowl do campeonato
americano, transmitido pela cadeia de televisão ABC, acturam diversos
artistas, entre eles Nelly Furtado, Willy Nelson, Kid Rock, o guitarista dos
Aerosmith e o dueto Janet Jackson/Justine Timberlake. Na euforia dos
dos espectadores e com a "performance" dos artistas, o amigo Justine
rasga o corpete de Janet, ficando esta com os peitos ao léu... A circunspecta
CBS pediu desculpas aos telespectadores, obrigando o Justine a proceder de
igual. A desculpa: "não fiz de propósito; é defeito de fabrico do corpete".
As más línguas, dizem que o dueto tinha planeado este evento publicitário.




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