2004/04/30

 
Hoje estou num daqueles dias em que não sei por onde devo começar,
tanta é a informação recolhida e tão poucos são os casos que merecem a
minha atenção. Há dias assim, em que nada consegue prender a nossa
atenção, nem ínflamar o nosso espírito crítico. Com este estado de alma,
prefiro gozar o fim-de-semana que está à porta, relembrar o 1º de Maio,
e acompanhar a festa do alargamento da União Europeia, que a partir de
amanhã passa de 15 para 25 países membros, e constitui uma comunidade
de 450 milhões de pessoas. Que seja uma data histórica, e se traduza num
sucesso económico, social e cultural para todos os países constituintes da UE.


Para recargar energias, vou até ao campo, ali para o sul alentejano, fora
do bulício das grandes cidades. Um local onde não haja longas filas de carros,
onde o ar seja respirável, onde seja possivel ouvir as aves e tocar no gado
bovino manso, contemplar o verde das árvores e as flores bravias da campina.
Um local onde a paz e o sossego das coisas não seja perturbado pelos
"cromos" da política nem pelos "mayors" estilo Valentim ou Avelino do Marco.
Gostos de aves canôras, não aprecio aves de rapina e muito menos abutres.

O trabalho no campo pode não ser bem remunerado, mas tem a
vantagem de ser criativo, engenhoso e feito sem grande "stress".





2004/04/29

 
"TODOS EM APOIO AO PRESIDENTE ELEITO PELO TUNEL..." (*)

"Toda esta trapalhada [do Tunel das Amoreiras] é bem reveladora
do personagem -- personagem que, recordemos, é um putativo candidato
à Presidência da República. Primeiro, de mau perder. Segundo, das suas
pulsões populistas mais primárias".[...] É nos momentos difíceis que os
políticos, populares ou impopulares, carismáticos ou antipáticos, mostram
se têm ou não estatura, o sangue frio e o respeito pelas instituições da
democracia próprios dos estadistas. Por estes dias os portugueses, e não
só os lisboetas, viram como Santana Lopes se portou num desses momentos
de aperto -- penso que não preciso de tirar conclusões por eles".
(José Manuel Fernandes, no seu editorial de hoje no PÚBLICO. (*) O título
em referência, consta na convocatória da manifestação, publicada no jornal
"Record", paga com os dinheiros da CML ou qualquer outro no seu lugar
).


(Transferida de Amor e Ócio, sem pagar direitos nem licenças ao Rui)

Francis Fukuyama, o guru que, após a queda do Muro de Berlim, profetizou
o "Fim da História" -- como se a História não acontecesse todos os dias --
vem hoje no PÚBLICO tecer loas à Casa Branca, ao presidente Bush e à
estratégia deste para o Iraque, concluindo que "somente as eleições poderão
legitimar um novo governo iraquiano". Desta vez o "profeta" Fukuyama não
apresenta nenhuma teoria de salvação, antes pelo contrário, prevê um futuro
incerto para a nação iraquiana.
"O novo Estado do Iraque, será ao mesmo tempo muito frágil e dependente
da ajuda exterior. Poderá ser uma República Islâmica, em que a religião terá
um papel mais significativo do que os EUA desejariam; as suas Forças Armadas,
poderão ser uma mistura de milícias que podem separar-se ao mínimo problema;
enfrentará um contínuo estado de insurreição violenta alimentada por terroristas
vindos do exterior; será pouco provável que a sua lei se estenda a regiões
importantes do Iraque". Enfim. Fukuyama prevê tudo o que de pior se poderia
esperar, e é tudo aquilo em que Bush não quer acreditar. E, Fukuyama, ainda
atira uma pedra para o charco: "Os americanos não podem ser ludribiados
sobre os custos totais da reconstrução, como foram sobre os custos da guerra".

Com as despesas militares a aumentarem de dia para dia, George Bush
deixará de ter apoios no Congresso para emitir moeda, a fim de não
aumentar mais o brutal défice orçamental. Resta-lhe ainda uma opção:
emitir moeda no Iraque para financiar a reconstrução daquele país.



2004/04/28

 
As eleições para o Parlamento Europeu parecem ser coisa secundária
para os portugueses. Dos partidos que vão concorrer, pouco mais se conhece
do que os cabeça de lista, e os nomes indicados, mostram que não há muito
por onde escolher, tal é a cotação política dos candidatos referenciados. Não
admira que na Blogosfera haja "gritos de revolta" contra a mediocridade que
se vai instituindo na partidocracia nacional. O Paulo, no seu post 893, mostra
até que ponto isto chegou, revoltando-se contra a mediocridade instalada.

Por outro lado, o PS continua a não se afirmar como Oposição credível
ao actual Governo, e até parece que adoptou os meios de gestão moderna
para actuar, i.e., utiliza o "outsourcing" para trabalhar na agenda política. E
quem faz os trabalhos, é o BE, como se vê no caso do "Apito Dourado", em
que foi o primeiro partido a pedir uma sindicância à Câmara de Gondomar e
bem assim à empresa do Metro do Porto, onde o "major" fazia o que queria...
O PS está numa total incapacidade de fazer Oposição. Parece que está a
funcionar em auto-gestão, não se vê, não se sente uma Direcção Política.
Está sem fulgôr, sem credibilidade, parece um orfão no meio de tanto primo.
O PS precisa de sangue novo, de gente com ideias, e com energia para
obrigar o PSD/PP-cds a governar melhor. Para preparar a alternativa futura.

Esta é dedicada ao João Tunes: Jesulin de Ubrique, executa um passe de faena
durante a última "Maestranza" de Sevilha, à qual o João terá assistido.


O atoleiro em que se tornou a ocupação do Iraque pelas tropas de Bush
e Blair, continua a alimentar a ira e o ódio aos Estados Unidos em países
que até agora eram neutros, como acontece com a Tailândia, onde a região
sul está a ferro e fôgo, devido à insurreição dos islamistas. A Jordânia acabou
de desarmar o inimigo e a Síria luta para travar os radicais que ameaçam
alvos americanos. Entretanto, já lá vai um ano de guerra e não tarda que
um governo fantoche seja emposado em Bagdade, para piorar as coisas.

Por mais orações que se façam, os Deuses não acodem ao pedido feito
pelos crentes cá na Terra. Só os poderosos parecem ser ouvidos no Olimpo.


2004/04/27

 
Na Blogosfera, temos o sábio amigo Roncinante que, para
sobreviver, come da palha que o palheiro lhe dá, mas faz
figura de Jumento bem educado e descomprometido.
No Governo, temos um ministro Ruminante que, para esconder a raiva,
masca pastilha elástica durante uma parada militar e numa cerimónia
protocolar na Assembleia da República, como se fôsse um "rockeiro" ao
estilo "Já Fumega"... (Chiclete/mastiga/chupa/engole...) Era assim!...
Este país de Abril está cheio de "cromos" na política, no futebol, na rua.

Está decidido. George Bush vai apresentar Bin Laden em 11 de Setembro
de 2004. "WANTED - Live or dead". Para beneficiar do efeito na campanha
eleitoral que estará ao rúbro por essa data.
O líder da Al-Qaeda está cercado por militares e agentes da CIA, numa
aldeia do Warizistão chamada Miranshad, junto à fronteira entre o Pak e
e Afga(nistão). Mais uma vez, é usado o truque "hollyoodesco", para mudar
a opinião dos eleitores americanos em vésperas de eleições presidenciais.
Com o procedimento à boa maneira texana. Por isso, Bin Laden será
apresentado morto -- como se tivesse resistid ao cerco das tropas. Vivo,
não convém. Bin Laden, em tribunal, podia dar com a língua nos dentes.
Poderia relatar factos sobre as relações dos EUA com a dinastia dos Saúd,
que governa a Arábia, e seriam comprometedores para muita gente.
Tudo relatado por Paulo Moura na revista PÚBLICA do último domingo.

Enquanto o líder da Al-Qaeda está no "congelador" a render dividendos,
as tropas de George Bush vão aguentando a resistência iraquiana, intimidando
tudo e todos. Será que uma criança de seis anos, na sua santa inocência,
ansiosa pela liberdade de brincar, deve ser submitida ao detector de metais?


2004/04/26

 
A Revolução continua. E esperamos que esteja para durar.
Porque é preciso cumpri-la. Onde e quando fôr necessário.
Na Justiça, onde existem leis do Estadao Novo.
Na Administração Pública, para haver equidade.
A Revolução causada pelo "processo Casa Pia", está por cumprir.
Mas a pedofilia vai ser castigada, pelo que será feita justiça.
A Revolução no "sistema futebol-política", iniciada com o "Apito Dourado",
Começa a incomodar alguns.
É preciso que a justiça avance e vá a eito
Para acabar com a impunidade dos "presidentes multi-disciplinares".
Na Administração Pública, é preciso Reformar, Reorganizar, Requalificar,
Reinvestir, Retribuir o mérito, a competência e a produtividade.
Muito mais há para fazer.
Não queremos evolução. Queremos mais Revolução.

Sílvio Berlusconi, é um político informal e com sentido mediático,
sem respeito pelo protocolo nem pelo recato dos seus pares. Outros
políticos há que parecem ter convicções e ser sinceros no que dizem
mas, na prática, fazem pior figura que o "cavaglieri" Berlusconi.


Tony Blair enganou meio mundo.
Ele era o homem da Terceira Via, diziam.
Mas, afinal, ele revelou-se um paisano na política de conveniências.
Aliou-se à guerra de George Bush, contra vontade da maioria do seu povo
e contra a unidade da construção europeia.
Prometeu um referendo para a entrada do seu país na moeda única,
o Euro, sabendo que vai ser derrotado.
Promete agora referendar a "Constituição Europeia", sabendo que
vai perder -- porque Blair perdeu todo o seu peso na UE, depois de alinhar
na guerra das "armas de destruição maciça" contra o Iraque.
Perdeu o aliado, José Maria Aznar, e vai perder o aliado polaco.
Blair é um pinóquio, um trapaceiro de Quarta ou Quinta-Via, sem rumo certo,
que veio contribuir para retardar a construção da União Europeia.
Afinal, quem é Tony Blair?

2004/04/24

 
25A74 - 30 ANOS DEPOIS... VALEU A PENA!


Importada do Blogo Social Português, sem pagar direitos ao Paulo Pereira.

2004/04/23

 
"Portugal parece um país de bandoleiros, pedófilos, corruptos e géneros
afins, sempre a viver à custa do que não tem, nem produz" -- disse o cronista
do regime Luis Delgado após ter acordado de um pesadelo. Não sei a que
propósito DL desabafou desta maneira. Talvez seja por causa do "Apito Dourado"
o tal processo homónimo da pedofilia do PS, que está a atingir agora o PSD.

"Há, muito provavelmente, corrupção e tráfico de influências no futebol
português; se existe em todos os sectores da vida pública portuguesa, porque
não existiria no futebol? Aliás, todo o futebol português gira à roda de laços
que indicam tráfico de influências instalado, como modo de vida permanente"
-- Miguel Sousa Tavares dixit.
Querem ver que o MST vai sair à rua em defesa dos corruptos! Não, mais
adiante explica: "Ao terceiro dia de "Apito Dourado", a imprensa atirou-se,
sôfrega, a uma nova pista lateral: Pinto da Costa". -- Pronto, está explicada a
defesa de MST. Ele receia que o seu ídolo e o seu clube sejam chamados a
depôr no "Apito Dourado".
"Não é só o envolvimento a ferros do nome de Pinto da Costa, neste processo
que caracteriza a cegueira da imprensa responsável" -- prossegue MST, que
assim ignora as televisões e as rádios, atacando apenas a imprensa. Ele está
cego de raiva. A clubite, leva a estes extremos de falta de lucidez.

Até Eduardo Prado Coelho escreve hoje sobre o "Apito Dourado" e de
forma muito peculiar: "Dourado' é o lado 'kitsch' [da questão] que vem ao
de cima. 'Apito' tem uma conotação fálica, mas fruste, de uma sexualidade
sem energia nem alegria, reduzida a uma dimensão doméstica, envergonhada
e melancólica" -- opina EPC, com substância profunda.
Esta, é de antologia. Superior ao famoso "Orgasmo Vertical".


Enquanto o Império se perde por terras de Hammurabi, na luta pelo
controlo do "ouro negro", a comunidade internacional vai esquecendo as
atrocidades que acontecem no Sudão, onde já se fala em limpeza étnica,
provocada pela guerrilha muçulmana nas zonas mais a sueste, onde as
populações têm outras crenças religiosas, designadamente a fé cristã.

2004/04/22

 
Nós por cá vamos indo, com mais uma cena protagonizada agora pelos
senhores ligados ao "Apito Dourado", enquanto a novela da Casa Pia não
conhece fim e a (R)etoma económica perdeu fulgôr e o R, conforme é moda.
Vamos esperar para ver. O Vale e Azevedo está sózinho, precisa de companhia.
Talvez haja alguem com mérito para o acompanhar. Desde autarcas furagidos,
a empreiteiros sem escrúpulos, de "presidentes" disto e daquilo, até majores
ou fiscais de linha, muitos serão os que podem instalar-se nos calabouços da PJ.


Para comemorar o Dia da Terra, que tambem é uma vítima dos grandes
interesses imobiliários, dos industriais agrícolas e dos madeireiros mais aqueles
que a esventram para dela sacar areia, minérios e outros segredos; outros
que agridem a Terra através do fogo, da sucata, da lexiviação e sementeira
de minas e outros explosivos, e todos nós que não respeitamos o lugar para
onde iremos depois da morte -- todos somos devedores de respeito pela
Mãe-Terra que tudo nos dá e tudo nos há-de consumir.


Lá por fora as coisas não parecem estar muito bem. No Médio-Oriente continua
tudo ensanguentado, com muitas mortes, feridos e prisioneiros. Não se vê
o fim do pesadelo. Uns regressam a casa felizes, por missão cumprida ou por
fuga ao perigo. Os norte-coreanos, os espanhois, os hondurenhos, os cívis
russos e ucranianos -- parte de todos estes, já estão a salvo da morte em
terras babilónicas. Quanto aos americanos, poucos estão a ser rendidos, mas
muitos chegam à América em caixões -- que são escondidos dos olhares
públicos para não haver sururu. O Império, para se manter, preciso que os
seus soldados morram onde os interesses imperiais são jogados. O Iraque
é importante para a expansão imperial. Um lugar de muita dôr e morte.

O Império ordena às suas tropas para estarem de alerta, para atacar
e matar quando o inimigo avança ou se defende, mas a fraqueza humana
é muita e imprevísivel perante as circunstâncias da nossa própria existência.
Tudo tem um limite na vida... Um exército até pode ser vencido pelo sono...


2004/04/21

 
Verifico que, a maioria dos blogues, não gosta do nome de código
"Apito Dourado", senha utilizada pela PJ para efectuar detenções de gente
ligada à arbitargem do futebol. Eu gosto do rótulo, acho que tem muito a ver
com a gíria futebolística. Até estou a imaginar, o que terá acontecido nas hostes
dos juizos de campo, ao suar o primeiro apito dourado: começaram todos a
apitar, em sinal de rebate, para dizerem que o varejo estava a subir a escada.
Deve ter sido um corropio de apitos infernal. Mas há uma coisa de que não
gosto no meio de todo este estardalhaço: se a coisa tem a ver com pessoas da
Liga, dos Árbitos e dos Penalties, porquê a utilização de atributos militares?

"Qual o estado de espírito do major?" -- perguntava um curandeiro.
"Ninguem traz uma caixa de charutos para o major? -- perguntava outro.
"Você sabe por que é que ele foi expulso do Exército? Roubava batatas" --
interrogava e respondia um paisano, que certamente sabia mais do que eu.
Eu pergunto: porquê o "major"? Porque não o senhor X, o presidente Fulano
de Tal, o actual dirigente Cicrano de coisa e tal, o senor Valentim, etc., etc.,
Ou isto é o Nordeste brasileiro, do cacau e dos "coroneis" com seus jagunços?
Até isso já lá vai, já foi poder, já fez moda. E o ministro das tropas, não tem
nada a dizer sobre a utilização abusiva feita por um civil dos "galões de major"?
Por favor, acabem com estes entrementes no tratamento entre civis.

Afinal o Avelino, aquele que se considerou um "exemplo para as claques"
do Euro 2004, aquando da invasão do campo do Marco e desatou a pontapear
as mesas e cadeiras, não compareceu hoje no Tribunal onde estava a ser
interrogado. Ninguem sabe dele, nem tão pouco na Câmara do Marco, como
é habitual. Quanto à Câmara de Amarante, ainda não foi eleito para poder
dizer que está lá a despacho... Neste país há meia dúzia de pessoas que
faz o que quer e sobra-lhes dinheiro. Não têm respeito pela lei nem pelos
demais, e ainda se riem de tudo isto. É triste viver com tal gente, ainda mais
quando estas pessoas se encontram à frente de organismos públicos.


O Imperador Bush está cada vez mais isolado. Há dois foi a Espanha,
depois foram as Honduras, agora é a República Dominicana a querer sair
do atoleiro iraquiano... Amanhã, vamos ver quem será. Entretanto, até o
rei Hussein da Jordânia, que é o mais fiel aliado dos EUA no Médio Oriente,
cancelou a sua visita ao Imperador. Fica a aguardar os resultados da
reunião que a Liga Árabe vai realizar em Tunes, na Tunísia.




2004/04/20

 
Integrada nas comemorações do 30º Aniversário de Revolução de Abril,
o jornal PÚBLICO -- remando contra a maré de pessimismo que atinge todos
os portuguses -- começou a publicar uma série de reportagens sobre o outro
lado do nosso país. É um trabalho meritório e patriótico, já que fala de
"histórias de sucesso" protagonizadas por alguns portugueses e que são
desconhecidas pela maioria de todos nós. Bem precisamos de saber quem
somos, aquilo que conseguimos fazer e até onde podemos chegar.
Estamos cansados de ver os políticos que nos falam de banalidades, dos
Santanas opacos, dos Menezes choramingas, dos Paulinhos engravatados,
dos Figueiredos lunáticos, dos "papagaios" com discurso provinciano.
Precisamos de algo que aumente a nossa auto-estima, que nos indique novos
caminhos desempoeirados, e nos mostre que tambem somos capazes.


Love in the city... Imagem da China moderna: um par de namorados
abraça-se, indiferente à catedral de consumo que os rodeia, um enorme
shopping inaugurado recentemente em Shangai, a maior cidade da Ásia.


Muito gostava o Abrangente que o major Valentão continuasse na PJ
a ser interrogado sobre as arbitragens e sobre os negócios do futebol em
geral até altas horas da madrugada, para ver se ele "resvala" e bate com a
língua nos dentes, ficando nós a conhecer o que de facto se passa com
os negócios futebolísticos. Este país está a precisar de uma lavagem geral
e, como na pedofilia, era necessário fazer-se uma barrela. Depois, seria
desejável fazer outra barrela à fraude e evasão fiscal, para podermos viver
noutro ambiente. Um ambiente saudável, sem padrinhos nem cunhados.


Sikhs marcham em Vancouver, British Columbia, Canadá, durante
as comemorações da sua religião, fundada na Índia em 1699.









2004/04/19

 
Como era de esperar, José Manuel Fernandes tramou Omar Bakri.
O "sheik" é notícia na maior parte dos "media" internacionais. A esta hora
"o senhor das trevas" só não é mencionado pela CIA, FBI e MI6, os serviços
de informação americano e inglês. De resto, desde a Al-Jazeera, no Qatar,
até ao "Sidney Morning Herald", na Austrália, todos estão alertados para as
tramoias preparadas pelo "sheik" Omar Bakri. A Scotland Yard já deve estar
a vigiar os passos e a ler os discursos do "profeta negro", para analisar se
nas entrelinhas haverá alguma mensagem dirigida aos seus seguidores.

Ilyushin IL-62 aterra em Ramenki, perto de Moscovo, com
trabalhadores russos e ucranianos, retirados do Iraque, antes que
o pior aconteça. O Afganistão ainda não foi esquecido pelos russos.


Hoje, JMF, esticou a corda, com mais um editorial sobre Omar Bakri. E outro
virá a seguir. Em jeito de telenovela. Hoje foi mais curto, para fazer um Post
Scriptum
sobre a posição de Zapatero querer mandar regressar a casa as
tropas que estão no Iraque. JMF não se contém, conta todos os minutos da
acção governativa de Zapatero: "No dia seguinte", "depois dos ministros",
"dois dias antes", "75 dias antes do prazo", "Numa conferência de imprensa
em que não admitiu perguntas dos jornalistas"... Zapatero vai retirar as tropas
do atoleiro iraquiano. Neste caso, está a cumprir o que prometeu e o povo
espanhol subscreveu. Aznar, entrou na guerra unilateral sem o consentimento
do seu povo. Dividiu a Europa. Zapatero remedeia o problema, lembra que a
Espanha não aceita "servir" ninguem. Finalmente a Espanha regressa ao seio
da UE, com toda a sua glória, honradez e respeito pelo direito internacional.

Dalai Lama participa numa sessão onde falou sobre Paz e Amor
no Pacific Coliseum em Vancouver, Canadá. Este homem não sendo
santo nem dignatário religioso, muito tem feito para explicar às pessoas
que a vida é para viver em paz, em harmonia com tudo o que nos rodeia.


A menos de dois meses para as eleições europeias, os nossos políticos
parecem não saber qual o rumo que a União vai tomar. Por isso, falam de
listas incompletas, de nomes sonantes (mas não credíveis), de vitórias e de
abstenções. Mas a Europa, o futuro da UE, nem é discutido nem é tido no meio
de toda esta bagunçada. Querem é o "poleiro" de Bruxelas, onde ganham bem,
mas sobre o qual não nos apresentam propostas nem ideias. Entretanto vamos
vivendo ao sabor da corrente, cada vez menos confiantes, mais pobres. Resta
o Rock in Rio, o Euro 2004 e a "miragem" da retoma económica. Eu não tenho
fé em nenhum destes eventos... Apenas haverá folclore, gente a berrar, a beber
cerveja, totalmente encharcados. Não vamos ter sossego, com as equipas
"clones" nas praias, nos jardins, nas ruas do bairro. Um desassossego total.
Mas desejo aos adeptos do futebol, boas condições para serem felizes.

2004/04/18

 
Em vez de comentar, dar a sua opinião sobre o acto terrorista cometido
por Ariel Sharon que assassinou Al-Rantissi, lider do Hammas, José Manuel
Fernandes virou a agúlha para nos distrair com a entrevista dada por Omar
Bakri, auto-intitulado "teórico da Al-Qaeda na Europa", dedicando um editorial
a este "senhor das trevas". Para amanhã, e depois de amanhã, JMF vai-nos
continuar a dar música. Com Omar Bakri. Para não ter que falar de Ariel Sharon.

O terrorismo de estado cometido por Sharon depois da sua visita a Bush,
mostra até que ponto o mundo está perigoso, já que o "terrorismo cometido
por chefes de Estado", é mais venenoso, mais demencial, pior que a Al-Qaeda.
Só serve os interesses dos "senhores das trevas", como o troglodita anotado
por JMF. Enquanto a parceria buSHaron se mantiver, a origem do terrorismo
islâmico vai continuar a desenvolver-se. Ele tem as suas raíses na Palestina,
e, o que está a passar-se, vai engrossar as fileiras de todos os árabes que
têm sentido de dignidade e não podem continuar a viver sem ela. Vão preferir
morrer, matando. Matando e rindo da morte, porque a vida vai continuar...

A Matéria cósmica continua em expansão... A Matéria, da qual fazemos
parte, continua a evoluir, transformando-se no espaço sem fim... O homem é
apenas um invisivel átomo nesta imensidão, mas os Omar's e outros que tais,
prisioneiros das suas crenças, não vêm isso, mas enxergam um Deus que
manda matar, que manda sofrer, que proibe os crentes de rir e gozar a vida.


O Omar Bakri, que agora ganha espaço nos "media" graças a JMF, é problema
do senhor Blair, que lhe deu guarida e lhe deu passaporte. Mas Omar diz que,
em Inglaterra, não pode matar.... porque tem um pacto de segurança(?)...
Ele aspira a ser dono do número 10 de Downing Street, portanto em Londres
não vai matar, apenas quer repôr o califado Omar Bakri. Quer combater o
"adultério, a fornicação, o jogo, a usura, o roubo, o assassínio, a mentira e
a homossexualidade". Porque tudo isto são pecados, condenados pelo Profeta.
Se assim é, resta a Omar sair do Ocidente, comprar um "resort" no deserto
da Arábia e pregar nas areias escaldantes. No "Londonistão" há muito conforto.
E isso não é digno de um indivíduo que vive na era da Pedra Lascada.

2004/04/16

 
A política chegou aos estábulos através dos políticos "rancheiros".
O exemplo é dado por George Bush, cowboy no Texas, e Ariel Sharon,
rancheiro nas terras de Nazaré. É estranho que a política esteja entregue
áqueles que, na sua vida, lidam mais tempo com as bestas do que com os
humanos. Daí que, a sua relação com as comunidades humanas, sejam elas
nações ou pequenos grupos de indivíduos, seja tão dificil e obtusa. Eles têm
dificuldade em gerir os sentimentos humanos; têm dificuldades em lidar com as
normas, as leis e o direito estabelecidos no relacionamento entre os povos.
Daí que, o mundo esteja tão angustiado, com tanto desassossego, com tanta
dificuldade em viver em harmonia com tudo e com todos. Por que os dirigentes
que marcam a "agenda" do mundo, se dão melhor com o gado do que com as
pessoas -- que têm inteligência. Esta moda de políticos-vaqueiros, deve acacbar.


Ainda ontem publiquei aqui uma imagem, onde aparece um sujeito a ler na
sua sala-de-estar e acompanhado por Bailey, um búfalo que gosta de ver
televisão. Jim Sautner, de Spruce Grove, Canadá, gosta que o animal lhe faça
companhia, porque aquele não pergunta nem responde, não refila nem faz
observações sobre a programação televisiva. Jim vai fazendo zapping na tv ou
vai lendo as revistas, enquanto o mastodonte de 4 anos e 1.600 libras de peso
olha para a televisão, sem incomodar o seu dono. Mas Jim não é político, por
isso pode dar-se ao luxo de viver com um búfalo dentro de casa. Ele sabe que
Bailey não o chateia, não o aborrece nem o contraria nas suas opiniões. Para
Jim seria muito dificil fazer política e ter que dar respostas, aceitar sugestões.


Finalmente, rebentou a bôlha de mal-estar na Literatura portuguesa. Durão
Barroso assumiu a iniciativa de "reparar" o erro de Sousa Lara, que em 1992
"excomungou" o "Evangelho segundo Jesus Cristo", de José Saramago, por
ver nele um atentado ao pudor religioso dos portugueses... Muita gente se
admirou na Blogosfera, por ter dado conta de que em Portugal ainda havia
Censores Inquisitoriais do calibre de Sousa Lara... Mas é verdade, ele existe.
A coragem de Durão Barroso é de louvar, ainda mais por ter frizado que, a
"criação artística não tem a ver com a prática política". São coisas que não
devem andar de mãos dadas e muito menos serem limitadas por qualquer
acto de censura. Foi um erro de Santo Ofício e o Lara está cada vez mais feio.


2004/04/15

 
Pedro Santana Lopes, edil de Lisboa, que parece ter abandonado a ideia
de ser candidato a candidato à Presidência da República por manifesta
"antecipação" antes de tempo, pretende colocar no Parque de Monsanto
15 milhões de utilizadores. Ora, como a população de Portugal é de 10 milhões,
Santana Lopes vai "importar" os 5 milhões que faltam, recorrendo ao SEF.
"Adorava que todos os políticos fossem como eu", disse Santana Lopes para
quem o quiz ouvir. "Há uma moda na política portuguesa que tem de acabar.
O tunel do Santana Lopes não pode ser construido porque esse faz mal às
pessoas..." -
desabafa PSL por não poder fazer o que lhe dá na gana.
Não há dúvida que o edil de Lisboa está a ficar sem rumo. Criticou o PS por
ter avançado "cêdo demais" com Sousa Franco para as listas às europeias
de Junho de 2004, mas ele já se candidatou a candidato às presidenciais de
Janeiro de 2006... PSL é um político de "raves" e raios lazer. Desculpa-se.

"A Europa enfrenta a sua mais profunda crise de sempre. Tem os maiores
problemas de defesa e segurança. Vive uma ameaça de terrorismo total.
Não consegue afirmar-se na cena mundial como entidade política de peso."

Estes disparates foram proferidos por Vasco Graça Moura, o "cruzado" que
se recusou ir combater no Iraque sem o Delgado e o Fernandes. Duvido que
as traduções de Petrarca, Dante, Shakespeare e Goethe feitas por VGM
não estejam "desvirtuadas" no pensamento dos seus autores... Quem terá
dito a VGM que a Europa é já uma entidade jurídica de direito, com uma
constituição, um governo e um primeiro-ministro? Pregaram uma peta ao VGM.!

B u S H a r o n

Numa altura que os EUA estão a atolar-se nos campos da Mesopotâmia,
quando os desvarios bélicos levam a cometer atrocidades horriveis e a dar
aso a que os "insurrectos" procedam da mesma maneira, os senhores da
guerra festejam assim o desmembramento da Palestina, o desprezo pelo
seu povo. Mais achas lançadas para a fogueira do islamismo insubmisso.
Neste quadro, BuSHaron, aparecem, aos olhos dos árabes, como terroristas.


2004/04/14

 
O grupo de voluntários integrado no "Plotão dos Bravos" que se preparava
para lutar ao lado das tropas de ocupaçãp do Iraque, bateu em retirada...
Luis Delgado, que afinal é o "porta-voz do inconsciente de Bush", segundo
revela hoje Eduardo Prado Coelho, falhou nos testes psicotécnicos efectuados
na unidade de Comandos onde recebia treinos. José Manuel Fernandes regressou
de Bagdade no domingo à noite depois de conhecer o resultado dos testes a
que fora submetido, tendo sido julgado incapaz para desempenhar qualquer
missão em tempo de guerra. Acrescente-se que Luis Delgado tambem foi dado
como incapaz para missões de alto risco, devido ao seu temperamento bilioso.
Os restantes elementos, entre eles José Pacheco Pereira, Vasco Graça Moura
e João Cesar das Neves, declararam que não iam para o Iraque sem a companhia
de Delgado e Fernandes. Quer dizer: dois deles foram julgados incapazes para
actuarem no TO (Teatro de Operações) e os restantes cobardolas aproveitaram
essa circunstância para fugirem aos combates no terreno, alegando ainda que
Durão Barroso está a mostrar fraqueza ao dizer que não se responsabiliza
pela segurança de ninguem que vá para o Iraque, excepto o Agrupamento
Alfa da GNR, que está no terreno sob o comando italiano...

Este falhanço do "Plotão dos Bravos" é uma tristeza para todos nós.
Pensavamos que já estavamos livres destes "papagaios" que andam a palrar
sobre as virtudes da guerra iraquiana de Bush nos jornais e televisões, e,
agora acordamos com este pesadelo: eles voltam ao poleiro para infernizar
os nossos ouvidos com as suas teses e conspirações delirantes. O JMF, desde
que regressou, já escreveu dois editoriais que são bem o espelho do seu estado
demencial. Luis Delgado tem defendido de tal forma as teses de Bush que nem
este se atreveria a subscreve-las, para não ser acusado de louco...
Eles falharam nos testes psicoténicos por irracionalidades diversas.
E agora? Quem tem paciência para continuar a ouvi-los? Eu não. Desisto.

2004/04/13

 
Mais uma vez o Iraque. Infelizmente é a guerra do Iraque que ocupa
a maior parte da agenda política em todo o mundo, correndo-se o risco
de esquecer outros factos importantes, mas certamente com menos efeito
global em todos os sectores da actividade económica, social e política. Continua
a assistir-se a uma degradação das condições de segurança a nivel mundial por
demasiada atenção ao "atoleiro" do Iraque, mas este é um problema político,
que deve ser resolvido pela via consensual e não pela brutalidade da guerra.

As forças de ocupação americanas têm utilizado meios desproporcionais
em relação ao que se passa no terreno. São os aliados australianos e ingleses
que o afirmam, dizendo que os EUA têm utilizado helicópeteros e carros de
combate com mísseis, e sistemas de radar para localizar amotinados, disparando
mísseis a partir de helis que, por maior precisão que tenham, sempre atingem
inocentes, na sua maioria crianças, mulheres e idosos. As tréguas de Fallujah
foram ditadas pela carnificina que estava em curso... Mais de 600 mortos, uma
cidade sitiada, sem medicamentos para os hospitais, sem cemitérios onde
enterrar os mortos. Esta guerra é feita na base da mentira e dos enganos.
Não há estatísticas de mortos e feridos. Os militares americanos mortos,
quando chegam aos EUA, vão para uma base aérea para serem ocultados
à opinião pública americana. Ninguém sabe quantos feridos chegam aos EUA.

Estamos todos com os olhos postos no Iraque. Porque ali se joga muito do
nosso futuro, do futuro da Europa. Mas não se vê uma "saída honrosa", como
sugeria há dias o "New York Times". Por outro lado, os republicanos estão a
jogar tudo por tudo para re-eleger George Bush. Só depois das eleições de
Novembro para a presidência dos EUA, o mundo poderá vislumbrar luz ao
fundo do tunel. Até lá, vamos viver estes dias no fio da navalha...

2004/04/12

 
Enquanto o "Plotão dos Bravos" se organiza para combater no Iraque,
deixem-me apresentar uma sugestão ao ministro das tropas, já que este
está a preparar uma campanha nacional para recrutamento de jovens para
aderirem ao serviço militar. Lembramos que o SMO acaba em Novembro.
No meu tempo, eram convocados todos os mancebos para se apresentarem
nos DRMs (Distrito de Recrutamento e Mobilização), para aí serem inspecionados.
Pouco depois, recebiam guia de marcha para se apresentarem nos quarteis das
escolas de Infantaria, Cavalaria, Artilharia de Costa, Administração Militar, etc.
Seguiam-se dois anos de serviço militar. Em caso de mobilização para a guerra
colonial era outro tanto. A nossa vida era hipotecado ao serviço da Pátria
durante uns quatro anos -- se sobrevivessemos. Para além do tempo de guerra,
o serviço militar tinha coisas positivas. Era um serviço cívico, onde aprendiamos
a conhecer a disciplina, o espírito de corpo, a camaradagem, a unidade do país.

Hoje as coisas são muito diferentes. Temos ministros que nunca souberam
o que era uma caserna, não conhecem os galões de um major e muito menos
as estrelas de um brigadeiro, mas alguns até passam revista às tropas em
parada!... Neste aspecto houve Evolução, mas ficamos mais pobres, exactamente
como ficou Bush quando as suas tropas entraram em Bagdade e logo mandou
"dissolver" as Forças Armadas e a Polícia iraquianas, que mantinham a ordem.
Agora, sem as forças de ocupação, o Iraque não tem forças de defesa civil nem
de manutenção da ordem pública. Este exemplo mostra como é útil manter
o serviço militar, não como serviço obrigatório mas como serviço cívico a prestar
por todos os jovens, como acontece na Suiça e noutros países.

A minha sugestão ao ministro das tropas é a seguinte: já que vai ser levado
a cabo um "contacto mais directo, dinâmico e personalizado junto dos cidadãos
em condições de ingresso nas fileiras do Exército como contratados" -- contacto
este a estabelecer em escolas secundárias, centros de emprego, câmaras
municipais, algumas praias e centros comerciais -- sugere-se que, durante a
campanha do "Euro 2004", à saída dos estádios, seja feito apelo aos adeptos
mais exaltados para ingressarem nas fileiras do Exército, onde darão largas
à sua alegria e ao seu desespero. Estou convencido que muitos vão aceitar o
desafio. E, assim, reduzimos o número de desordeiros e "hooligans".


2004/04/11

 
Em seguimento do post "Vietnamização" do amigo Luis no TUGIR, datado
de 8 de Abril, posso adiantar o seguinte: Os nossos comentadores políticos
ligados à cruzada petrolífera de George Bush no Iraque, estão a organizar-se
para formarem um contingente de voluntários, a fim de irem combater ao lado
das tropas americanas nos arredores de Bagdade. Será uma espécie de
"Brigadas Internacionais", que actuarão por conta e risco de uma "Security
Guard, Corp.", empresa de segurança que presta ajuda às tropas no terreno.
Consta que, José Manuel Fernandes (JMF), director do PÚBLICO, já se encontra
em Bagdade para tratar das formalidades. Aliás, JMF há mais de oito dias que
não aparece no jornal nem tem escrito editoriais a defender a guerra... Outro
defensor da ocupação iraquiana, Luis Delgado, deve partir para Fallujah, após
o final das tréguas decretadas pelos revoltosos. LD será combatente de
primeira linha, equipado de AK-47, capacete com visão nocturna e farda estilo
"Rambo". Delgado afirmou que sempre foi um fã dos filmes de Stallone.
José Pacheco Pereira (JPP) é outro comentador que vai juntar-se ao referido
grupo, logo que acabe o contrato com a SIC. JPP apresentar-se-á vestido de
árabe, com barba e cabelo mais aparado. A sua missão é apenas fazer o
"breefing" diário das operações no terreno para os canais de televisão.

Delgado tem estado a receber treino numa unidade de Comandos.

Quanto a JMF, que aparou a pêra e deixou crescer bigode, tambem vai andar
à civil, vestindo os trajes de árabe rico, pois fará as inspecções às linhas de
defesa dos "pipe-lines" de petróleo entre os "derricks" e o porto de Basora.
Consta que poderá vir a ocupar o lugar do sunita Adnan Pachachi no Conselho
Consultivo em virtude daquele membro se ter demitido.
Consta tambem que, Helena Matos, colunista do PÚBLICO, encomendou à sua
modista uma "burka", o que leva a crer que tambem ela será enquadrada no
grupo de voluntários a que pertence Luis Delgado.
Vasco Graça Moura (VGM) tambem mostrou interesse em viajar até Bagdade,
mas não aceitou ir para o teatro de operações. Prefere uma missão ligada à
defesa palaciana da Babilónia, cidade reconstruida por Saddam Hussein nos
tempos em que os EUA viam nele um aliado e amigo. VGM mostrou interesse
em estudar e traduzir o Código de Hammurabi, para oferecer um exemplar
a Sevinate Pinto, ministro da Agricultura.

A confirmar-se este movimento de voluntários para combater no Iraque
ao lado das tropas de George Bush, concerteza que Durão Barroso irá reflectir
nas vantagens de uma retirada da GNR do Iraque. É que, com este grupo de
voluntários fanáticos da guerra, Portugal podia continuar a apoiar a coligação
de Bush/Blair, poupando ainda umas dezenas de milhões de euros, que podiam
ser alocados ao programa do Rendimento de Reinserção Social.

2004/04/08

 
Com a invasão e ocupação do Iraque a resvalar para um cenário
que nos faz lembrar o Vietnam, vêem-se por aí muitos galos de crina
eriçada, prontos para a luta, como é o caso do "cruzado" Luis Delgado.
"Pedir que retirem os militares da GNR do Iraque, à mínima complicação,
era transformar Portugal num país cobarde e sem o mínimo de auto-estima",

-- arremete ele na sua tribuna. Pois bem, pede-se ao ministro Paulo Portas
que aceite, de imediato, a incorporação de Luis Delgado no contingente da
GNR no Iraque; que lhe seja dado um capacete e uma G-3 e seja remetido
para Nassíriah, para provar que não é um cagarolas nem um cobardolas.
Além disso, esta missão, fazia-lhe bem à auto-estima. Que vá o mais breve
possivel. Não faz cá falta nenhuma. Deixem-no ir para a guerra.


Nunca me lembro de uma Administração americana tão embrulhada em
mentiras e falsidades como esta, a de George Bush. Para além das ADM,
do "perú de plástico", do "western" Jessica Linch e outros, há ainda os
numerosos escândalos financeiros. Foi a ENRON, a WorldCom, a Tyco, os
Goldman Sachs e Bank of America, etc., etc.. Curiosamente, da ENRON ainda
ninguem foi a Tribunal, apesar de ser a maior fraude de uma cotada no NYSE.
É que o principal gestor é amigo pessoal de Dick Chiney e George Bush, para
cuja campanha eleitoral contribuiu com milhões. Não admira que esteja no
esquecimento... Em contrapartida, a Martha Stewart -- que era contribuinte
dos Democratas, foi acusada de mentir sobre a venda de 3.928 acções (!)
da ImClone Systems. Dois pesos e duas medidas, característica de Bush.

Martha Stewart recorreu da sentença por desconfiança processual.



2004/04/07

 
DOIS ANOS DE DESESPERO E CANSAÇO...

Os nossos políticos são incapazes de governarem bem em tempos de
"vacas magras". Se estão no Governo, não conseguem dar resposta adequada
aos problemas levantados pela crise económica. Se estão na Oposição, não
querem forçar o Governo a mudar de rumo, nem apresentam alternativa às
políticas desenvolvidas pela actual coligação. Todos encolhem os ombros. É o
deixa andar... Entretanto, vão sacudindo a água do capote, atirando as culpas
para a recessão económica mundial.


Na cena internacional, os poderosos com George Bush na dianteira,
valem-se da força para impôr a sua vontade. Mas sem sucesso, como se verifica
com o Iraque, onde um ano após a invasão e ocupação reina a anarquia e o
terrorismo. Aliás foi-nos dito, na altura, que a invasão do país era para irradicar
o terrorismo e acabar com as armas de destruição maciça, prontas a disparar em
45 minutos. Todos assistismos às "provas" apresentadas nas Nações Unidas.
Dois anos e meio após o 11/9, as redes de terrorismo multiplicaram-se, o mentor
da Al-Qaeda continua à solta, e os Estados Unidos estão atolados num vespeiro.
E assim, e por causa disso, a paz e o progresso continuam adiados, e as nossas
vidas correm agora mais perigos do que antes. Não sabemos até onde vamos.


Para lá de todo este mundo instável, fomentado pelos senhores da guerra --
com George Bush à cabeça -- resta-nos a consolação dos festejos alheios, a
decorrerem em Paris, pelas comemorações da "Entente Cordiale" ( entendimento
amistoso) que é preservado desde 1904 entre a França e Inglaterra. Sempre
nos mostra que é possivel às nações viverem em paz, trabalharem para bem
do progresso económico e social. Só isso, já faz alguma coisa pela nossa
auto-estima e alivia um pouco o desalento que nos provocam os belicistas
arrogantes, crús de inteligência e saber, mal-amados por sua culpa e proveito.




2004/04/06

 
SEGREDOS DO WINDOWS...

Você conhece o Word? Claro, o suficiente para escrever um texto, alinhavar
umas ideias, corrigir erros gramaticais, etc. Mas no Word há mais, muito mais
do que as funções disponibilizadas nas suas janelas. Repare no seguinte:
o primeiro avião que em 11/9 se abateu sobre as Torres Gémeas, em Nova York,
tinha a matrícula Q33. Então escreva no Word aquele número seguido de NY, as
iniciais da cidade. Temos Q33 NY. Aumente as letras para o tamanho 72. Agora
escolha o font (estilo) Wingdings. Que tal? Gostou da revelação?
Será que Al-Qaeda utiliza o Windows para enviar mensagens aos kamikazas?


Para comemorar o segundo aniversário da sua tomada de posse, o Governo
da coligação PSD/PP-cds, está a pagar publicidade de página inteira nos jornais
diários. Mas não se vê razão para para este Governo estar satisfeito com o
"Muito Trabalho Feito", e afirmar que se trata de "Um Governo de Palavra".
Nenhum Governo deve fazer propaganda do seu trabalho, e muito menos
quando não há "obra" feita. Pode a coligação dizer que se trata de "Um Governo
de Palavra", mas isso só lhe fica mal. Para mim, trata-se de um governo de
palavras, muitas palavras e poucos resultados.
Propagandear o "Combate à fraude e evasão" como "obra" feita pelo Governo
é faltar à palavra e enganar as pessoas. Todos sabemos que pouco ou nada
tem sido feito nesta área governamental. Ter "um plano Nacional de Saúde
(estratégia a doptar até 2010)" não é obra feita. Ter "Um plano de segurança
para o Euro 2004" é pouco, e outra coisa não seria de esperar... "Criação do
Rendimento Social de Inserção" não é nada, trata-se apenas de alterar da
frente para trás, o que já estava feito.

Este Governo parece acomodado, por falta de Oposição credível ou porque
padece do meu sentimento de pessimismo que se abateu sobre os cidadãos.
é um Governo frouxo, sem garra, sem dinamismo nem coesão. Apenas se
ouve e vê o seu primeiro ministro. Agora, até Manuela Ferreira Leite parece
estar enfraquecida. Quanto ao ministro das tropas, parece ter-se encafuado
num velho submarino, já que deixou de "botar" discurso e raramente se vê.
Quanto a Theias e Figueiredo, são um arremêdo de gestores da coisa
pública. Não transmitem confiança nem entusiasmo, parecem curtos de vista
e surdos de ouvidos. Na Justiça, sabiamos que parecia não existir ministra,
mas agora sabemos que até nos corredores da Procuradoria existe corrupção
e chantagem sobre quem tem processos de inquérito. Uma vergonha. Não
havia necessidade de gastar dinheiro em publicidade, e o ministro da Saúde
muito menos, com a propaganda dos seus hospitais SA.

2004/04/05

 
O travestido gestor da EuroAmer e ex-jornalista das televisões,
Artur Albarran, foi apanhado a esconder os lucros da sua empresa, numa
"off-shore" fora da Europa. Este senhor, que nos anos da "brasa" militava nas
fileiras do maoismo niilista, era apontado, na altura, como um dos instigadores
da manif que incendiou a Embaixada de Espanha em 1975. Depois "enobreceu",
tornou-se reporter de guerra, até que um dia apareceu aliado com Frank Carlucci
num empreendimento imobiliário de gente rica. A partir daí, largou as promoções
na RTP, na TVI e na SIC. Enricou à sombra do ex-director da CIA, ex-embaixador,
ex-conselheiro de Segurança de Reagan. Cheio de "massa", dedicado ao padrinho,
Albarran aparece agora acusado de desviar dinheirinho para contas secretas,
para entregar a Carlucci. Pior que o Conde Andeiro, este finório.

O inefável Eduardo Prado Coelho (EPC), contrariando a opinião de outros,
saiu em defesa de Catarina Portas, irmã do ministro das tropas, apontada por
ter sido colocada no Instituto das Artes (IA) a ganhar acima da tabela. Para
defender a sua dama, EPC terá dito que Catarina era competentíssima para
dirigir um organismo onde os funcionários são "incompetentes". Só que estes,
fizeram chegar a EPC o seu descontentamento, pelo que veio agora dizer aquilo
que não tinha dito, etc, etc. Hoje EPC vem contar-nos o caso, chamando a
atenção para dois factos: um dia foi a um ministério, onde lhe perguntaram:
"E o senhor, quem é?". EPC identificou-se e foi anotado em agenda o seu nome.
Só que escreveram "Cuelho" com "u"(!!!). Outro dia, EPC diz ter ouvido de um
funcionário chamar "Passeporte" a José Sasportes... Portanto, conclui EPC,
ele tem razão ao afirmar que falta "cultura e inovação" aos tais funcionários.
Coisa horrivel: então não conhecem o Dr. Eduardo Prado Cuelho?!...

"Esta semana não houve cão nem gato que não viesse dizer o que pensava
sobre Saramago e a ideia do voto em branco. Não se sabe porquê" -- brada
alto Vasco Pulido Valente (VPV), lá do fundo da sua toca. Sim, neste país
provinciano, só ele é que tem direito a emitir opinião ou "burrada" sobre o que
se passa no adro da freguesia... Cale-se, portanto a "canzoada" e a "gataria".
Opiniões estapafúrdias, só o "Diógenes" VPV as pode publicar, mais ninguem.
Este "guru" desencabrestado, de vez em quando, passa-se.

Nas terras de Hammurabi, antiga Mesopotâmia, berço da nossa civilização,
local de petróleo, procurado e desejado por Dick Chiney e George Bush, as
coisas estão cada vez mais feias. A nossa GNR teve ontem o seu baptismo de
fogo. O povo iraquiano parece não agradecer a "libertação" que lhe foi dada
por Bush. Os radicais islamitas (com a Al-Qaeda) estão cada vez mais activos.
E, embora o Iraque fique para lá do Mediterrâneo, as consequências da guerra
já se fazem sentir na Europa. Dois anos e meio depois do 11/9, Bin Laden
continua à solta e a rir-se do desastrado George Bush.




2004/04/03

 
DOIS VOTOS NESTE FIM-DE-SEMANA...

Que os resultados das eleições no Snri Lanka, situado a sul da Índia,
tenham um vencedor que promova a paz com os separatistas Tamil.
Já morreu muita gente, umas 60 mil vítimas. Por outro lado, é uma ilha
onde os portugueses estiveram e onde Camões situava o Eden que havia
de premiar o esforços dos nossos navegadores. É um país muito bonito.
Aqui deixo uma imagem com as suas gentes. Um grupo de monges orando
à volta da estátua de Buda, na capital, Colombo.


A maior nação muçulmana do mundo tambem está a votos. Espera-se que
Megawhati Sukarnoputri ganhe, afastando o general Wiranto (culpado dos
massacres em Timor). A estabilidade política na Indonésia é muito importante
para o resto do mundo, porque ali se trava o avanço das forças do islão
radical. Nesta imagem vemos os simpatizantes do Partido Democrático da
Indonésia numa manifestação, onde aparecem as forças animalescas ao
lado de simbolos demoníacos, com côres vermelhas (sangue) e preto (morte).


Ainda da Indonésia, vemos como os mártires do islão continuam na memória
das pessoas, como mostra esta imagem, onde um vendedor de rua faz
negócio vendendo T-shirts com o rosto do Sheik Yassin estampado, e que
foi assassinado por ordem de Ariel Sharon à saída da mesquita onde estivera
em oração. Sharon fez do sheik Yassin num mártir da causa palestiniana.

2004/04/02

 
"O BE está a dar. É chique. É moderno. Respira e transpira o 'espírito
do tempo' -- conclui José Manuel Fernandes no seu editorial de hoje. Mas
previne os incautos, atenção: "a memória e cultura política permite que o Bloco
passe pelo que não é, por uma "nova" esquerda, quando é a mais velha das
esquerdas". Este zêlo inquisidor de JMF, lembra o "macarthismo" dos anos 50,
que instaurou na América um clima de terror e suspeição contra tudo o que
cheirasse a comunista. JMF equipou-se de lupa e cão de faro para "espiolhar"
o "eixo" do PSR, as origens "recauchutadas" do BE, o "trotskismo" do Fazenda,
a "estratégia transitória" do Louçã. Tudo gente perigosa, conclui JMF. Gente
que apregoa o "socialismo real" e diz que "A Revolução ainda é uma criança".
JMF faria melhor o papel de Sherlock Hollmes se investigasse o partido que
suporta e condiciona o PSD. Seria coisa muito interessante.

A senhora Esther Mucznik vem escrever no PÚBLICO sobre "A nova geração
árabe", um documentário exibido pelo canal Odisseia, ao qual, por acaso,
tambem assisti. Esther Mucznik procura levar a água ao seu moinho, de forma
moderada e conforme as suas convicções, mas não convence. É que, o referido
documentário, era apenas o testemunho dos "filhos das élites" endinheiradas
do Libano, Síria, Jordânia, Irão, Egipto e Sudão. Não era sobre o povo que
trabalha e procura melhorar a sua vida. É um documentário parcial, que mostra
apenas um dos lados do poliedro social. Dizer que os regimes árabes -- alguns
apoiados pelos EUA -- são regimes que utilizam a causa palestiniana apenas
para se manterem no poder, é um raciocínio simplista, parcial e tendencioso.

O liberalismo económico defendido por importantes personalidades,
católicos praticantes, neste tempo de crise e desemprego, transforma-se numa
acusação e numa denúncia da hipocrisia de todos os pseudo-cristãos. Nas
empresas públicas, algumas deficitárias, e nas privadas, um punhado de
gestores "arrebanha" por ano umas centenas de milhares de euros em forma
de ordenados, prémios e outras regalias -- enquanto o desemprego aumenta
e há cada mais mais gente a ganhar baixos salários, que não são actualizados
e geralmente se traduzem no valor do ordenado mínimo. Neste liberalismo,
só os grandes continuam a medrar, a enriquecer, a bater com a mão no peito
à hora da missa, mas esquecendo totalmente o seu semelhante.

As cerejeiras mostram que a Primavera está aí, neste caso em
Washington, como se pode ver nesta imagem cheia de brancura.

2004/04/01

 
"No Governo, no PSD, tem que se reflectir bem a sério sobre esta situação.
E, quando digo bem a sério, é a sério, porque não basta tentar reduzir tudo
a um pragmatismo de sobrevivência, agora é preciso visão mesmo".

Quem isto diz, é José Pacheco Pereira, agora que está quase reformado do
Parlamento Europeu, e o seu partido, o PSD, não lhe passa cavaco. Resta-lhe
fazer "doutrina", enviar recomendações ao PSD, mas esquece-se que este, é
dominado, deixou-se dominar pela direita revanchista, representada por
Paulo Portas, tambem conhecido na Blogosfera por "Paulinho das Feiras".


Com aquela recomendação, JPP parece estar a procurar emprego no PSD,
e, ao mesmo tempo mostrar que ele tem condições para ser o grande teorizador
da acção governativa. JPP está preocupado com o "efeito espanhol". Noutros
tempos, diziam que "de Espanha nem bom vento nem bom casamento", talvez
por isso JPP queira agora fazer uma revisão daquele ditado popular, dando-lhe
nova redação e transformá-lo num versículo da direita nacional. Aliás, JPP quer
dar nova redacção a outro dito popular: "escreve Deus por linhas tortas", passa
a dizer-se "Deus por linhas tortas deu nozes a quem está a ficar sem dentes",
refere JPP a propósito da mudança na "Velha Europa", designação tão cara ao
seu amigo Donald Rumsfeld. A direita está a ficar orfã, e ainda tem Bush...


Um tal senhor João César das Neves, que debita verbo no DN, jornal que
já foi do coronel Silva e agora pertence à PT do Barão Horta e Costa, anda a
divertir a Blogosfera com os seus profundos pensamentos sobre a virgidande
das mulheres. E hoje, até Eduardo Prado Coelho lhe dedica a sua coluna com
o título "A excelência das mulheres". Parece que estamos perante um produto
tecnológico de alta definição... ao falar de algo com o atributo de "excelência",
faz-me lembrar os robots japoneses, ou os carros de alta cilindrada. Diz o tal
senhor, que tem por mister apregoar a palavra de Deus, que "a mulher é no
mundo a suprema criatura". Parece-me bonito e razoável, mas para um padre já
acho demais falar sobre "o encanto da virgindade e a grandeza da maternidade".
Um padre, tem a sua energia vital castrada, porque não faz uso dela; porquê
então vir falar de coisas sobre as quais não tem conhecimento de causa e
efeito? Será que "o efeito espanhol" de que fala JPP, está a chegar às sacristias?


O Iraque está a transformar-se num inferno imprevisível. O que
aconteceu ontem, em Falluja, com civis ocidentais, é prova de que
George Bush e os seus apaniguados não conseguem controlar nada.



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