2004/04/12

 
Enquanto o "Plotão dos Bravos" se organiza para combater no Iraque,
deixem-me apresentar uma sugestão ao ministro das tropas, já que este
está a preparar uma campanha nacional para recrutamento de jovens para
aderirem ao serviço militar. Lembramos que o SMO acaba em Novembro.
No meu tempo, eram convocados todos os mancebos para se apresentarem
nos DRMs (Distrito de Recrutamento e Mobilização), para aí serem inspecionados.
Pouco depois, recebiam guia de marcha para se apresentarem nos quarteis das
escolas de Infantaria, Cavalaria, Artilharia de Costa, Administração Militar, etc.
Seguiam-se dois anos de serviço militar. Em caso de mobilização para a guerra
colonial era outro tanto. A nossa vida era hipotecado ao serviço da Pátria
durante uns quatro anos -- se sobrevivessemos. Para além do tempo de guerra,
o serviço militar tinha coisas positivas. Era um serviço cívico, onde aprendiamos
a conhecer a disciplina, o espírito de corpo, a camaradagem, a unidade do país.

Hoje as coisas são muito diferentes. Temos ministros que nunca souberam
o que era uma caserna, não conhecem os galões de um major e muito menos
as estrelas de um brigadeiro, mas alguns até passam revista às tropas em
parada!... Neste aspecto houve Evolução, mas ficamos mais pobres, exactamente
como ficou Bush quando as suas tropas entraram em Bagdade e logo mandou
"dissolver" as Forças Armadas e a Polícia iraquianas, que mantinham a ordem.
Agora, sem as forças de ocupação, o Iraque não tem forças de defesa civil nem
de manutenção da ordem pública. Este exemplo mostra como é útil manter
o serviço militar, não como serviço obrigatório mas como serviço cívico a prestar
por todos os jovens, como acontece na Suiça e noutros países.

A minha sugestão ao ministro das tropas é a seguinte: já que vai ser levado
a cabo um "contacto mais directo, dinâmico e personalizado junto dos cidadãos
em condições de ingresso nas fileiras do Exército como contratados" -- contacto
este a estabelecer em escolas secundárias, centros de emprego, câmaras
municipais, algumas praias e centros comerciais -- sugere-se que, durante a
campanha do "Euro 2004", à saída dos estádios, seja feito apelo aos adeptos
mais exaltados para ingressarem nas fileiras do Exército, onde darão largas
à sua alegria e ao seu desespero. Estou convencido que muitos vão aceitar o
desafio. E, assim, reduzimos o número de desordeiros e "hooligans".






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