2004/04/29

 
"TODOS EM APOIO AO PRESIDENTE ELEITO PELO TUNEL..." (*)

"Toda esta trapalhada [do Tunel das Amoreiras] é bem reveladora
do personagem -- personagem que, recordemos, é um putativo candidato
à Presidência da República. Primeiro, de mau perder. Segundo, das suas
pulsões populistas mais primárias".[...] É nos momentos difíceis que os
políticos, populares ou impopulares, carismáticos ou antipáticos, mostram
se têm ou não estatura, o sangue frio e o respeito pelas instituições da
democracia próprios dos estadistas. Por estes dias os portugueses, e não
só os lisboetas, viram como Santana Lopes se portou num desses momentos
de aperto -- penso que não preciso de tirar conclusões por eles".
(José Manuel Fernandes, no seu editorial de hoje no PÚBLICO. (*) O título
em referência, consta na convocatória da manifestação, publicada no jornal
"Record", paga com os dinheiros da CML ou qualquer outro no seu lugar
).


(Transferida de Amor e Ócio, sem pagar direitos nem licenças ao Rui)

Francis Fukuyama, o guru que, após a queda do Muro de Berlim, profetizou
o "Fim da História" -- como se a História não acontecesse todos os dias --
vem hoje no PÚBLICO tecer loas à Casa Branca, ao presidente Bush e à
estratégia deste para o Iraque, concluindo que "somente as eleições poderão
legitimar um novo governo iraquiano". Desta vez o "profeta" Fukuyama não
apresenta nenhuma teoria de salvação, antes pelo contrário, prevê um futuro
incerto para a nação iraquiana.
"O novo Estado do Iraque, será ao mesmo tempo muito frágil e dependente
da ajuda exterior. Poderá ser uma República Islâmica, em que a religião terá
um papel mais significativo do que os EUA desejariam; as suas Forças Armadas,
poderão ser uma mistura de milícias que podem separar-se ao mínimo problema;
enfrentará um contínuo estado de insurreição violenta alimentada por terroristas
vindos do exterior; será pouco provável que a sua lei se estenda a regiões
importantes do Iraque". Enfim. Fukuyama prevê tudo o que de pior se poderia
esperar, e é tudo aquilo em que Bush não quer acreditar. E, Fukuyama, ainda
atira uma pedra para o charco: "Os americanos não podem ser ludribiados
sobre os custos totais da reconstrução, como foram sobre os custos da guerra".

Com as despesas militares a aumentarem de dia para dia, George Bush
deixará de ter apoios no Congresso para emitir moeda, a fim de não
aumentar mais o brutal défice orçamental. Resta-lhe ainda uma opção:
emitir moeda no Iraque para financiar a reconstrução daquele país.







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