2004/04/16

 
A política chegou aos estábulos através dos políticos "rancheiros".
O exemplo é dado por George Bush, cowboy no Texas, e Ariel Sharon,
rancheiro nas terras de Nazaré. É estranho que a política esteja entregue
áqueles que, na sua vida, lidam mais tempo com as bestas do que com os
humanos. Daí que, a sua relação com as comunidades humanas, sejam elas
nações ou pequenos grupos de indivíduos, seja tão dificil e obtusa. Eles têm
dificuldade em gerir os sentimentos humanos; têm dificuldades em lidar com as
normas, as leis e o direito estabelecidos no relacionamento entre os povos.
Daí que, o mundo esteja tão angustiado, com tanto desassossego, com tanta
dificuldade em viver em harmonia com tudo e com todos. Por que os dirigentes
que marcam a "agenda" do mundo, se dão melhor com o gado do que com as
pessoas -- que têm inteligência. Esta moda de políticos-vaqueiros, deve acacbar.


Ainda ontem publiquei aqui uma imagem, onde aparece um sujeito a ler na
sua sala-de-estar e acompanhado por Bailey, um búfalo que gosta de ver
televisão. Jim Sautner, de Spruce Grove, Canadá, gosta que o animal lhe faça
companhia, porque aquele não pergunta nem responde, não refila nem faz
observações sobre a programação televisiva. Jim vai fazendo zapping na tv ou
vai lendo as revistas, enquanto o mastodonte de 4 anos e 1.600 libras de peso
olha para a televisão, sem incomodar o seu dono. Mas Jim não é político, por
isso pode dar-se ao luxo de viver com um búfalo dentro de casa. Ele sabe que
Bailey não o chateia, não o aborrece nem o contraria nas suas opiniões. Para
Jim seria muito dificil fazer política e ter que dar respostas, aceitar sugestões.


Finalmente, rebentou a bôlha de mal-estar na Literatura portuguesa. Durão
Barroso assumiu a iniciativa de "reparar" o erro de Sousa Lara, que em 1992
"excomungou" o "Evangelho segundo Jesus Cristo", de José Saramago, por
ver nele um atentado ao pudor religioso dos portugueses... Muita gente se
admirou na Blogosfera, por ter dado conta de que em Portugal ainda havia
Censores Inquisitoriais do calibre de Sousa Lara... Mas é verdade, ele existe.
A coragem de Durão Barroso é de louvar, ainda mais por ter frizado que, a
"criação artística não tem a ver com a prática política". São coisas que não
devem andar de mãos dadas e muito menos serem limitadas por qualquer
acto de censura. Foi um erro de Santo Ofício e o Lara está cada vez mais feio.






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