2004/04/13

 
Mais uma vez o Iraque. Infelizmente é a guerra do Iraque que ocupa
a maior parte da agenda política em todo o mundo, correndo-se o risco
de esquecer outros factos importantes, mas certamente com menos efeito
global em todos os sectores da actividade económica, social e política. Continua
a assistir-se a uma degradação das condições de segurança a nivel mundial por
demasiada atenção ao "atoleiro" do Iraque, mas este é um problema político,
que deve ser resolvido pela via consensual e não pela brutalidade da guerra.

As forças de ocupação americanas têm utilizado meios desproporcionais
em relação ao que se passa no terreno. São os aliados australianos e ingleses
que o afirmam, dizendo que os EUA têm utilizado helicópeteros e carros de
combate com mísseis, e sistemas de radar para localizar amotinados, disparando
mísseis a partir de helis que, por maior precisão que tenham, sempre atingem
inocentes, na sua maioria crianças, mulheres e idosos. As tréguas de Fallujah
foram ditadas pela carnificina que estava em curso... Mais de 600 mortos, uma
cidade sitiada, sem medicamentos para os hospitais, sem cemitérios onde
enterrar os mortos. Esta guerra é feita na base da mentira e dos enganos.
Não há estatísticas de mortos e feridos. Os militares americanos mortos,
quando chegam aos EUA, vão para uma base aérea para serem ocultados
à opinião pública americana. Ninguém sabe quantos feridos chegam aos EUA.

Estamos todos com os olhos postos no Iraque. Porque ali se joga muito do
nosso futuro, do futuro da Europa. Mas não se vê uma "saída honrosa", como
sugeria há dias o "New York Times". Por outro lado, os republicanos estão a
jogar tudo por tudo para re-eleger George Bush. Só depois das eleições de
Novembro para a presidência dos EUA, o mundo poderá vislumbrar luz ao
fundo do tunel. Até lá, vamos viver estes dias no fio da navalha...





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