2004/02/04

 
"Há que reconhecer que eles já criaram uma imagem de marca,
os "cavaglieri" lusitanos. Muito engomadinhos e pomposos nesse estilo
de compromisso entre o vendedor de Alfa Romeos e o estagiário pretensioso
de firma chique de advogados..." Assim começa, Fernando Rosas, o seu registo
de hoje no "Público", sobre a "A direita lusitana e o 25 de Abril", que me parece
bem na sua análise, depois que observei a imagem de Paulo Portas e seus
"cavaglieri", publicada na página 12 do mesmo jornal. Real retrato de estagiários.

"Esta minoria radical, populista e trauliteira puxou para a direita a direita
portuguesa. Uns e outros levaram o país, o país que trabalha, que estuda, que
ensina, que cria, a uma das piores crises da sua história recente". Neste registo,
Fernando Rosas, perde o mérito que lhe reconheci anteriormente. Porque faz o
discurso dinossauro de há 30 anos... O tempo mudou e as pessoas tambem;
falar em esquerda e direita, ainda por cima chamar a esta "trauliteira", não me
parece inteligente, nem corresponde à realidade actual. Fernando Rosas, com
estas "cachimbadas" espontâneas, torna o seu discurso desapropriado para
o tempo e as condições em que vivemos. O discurso antiquado, já não colhe.

A criação das Comunidades Urbanas, em oposição à regionalização, vai levar
o país para a implosão da sua matriz administrativa. Não vejo como se pode
aceitar que, Tras-os-Montes e Alto Douro, sejam divididos, fragmentados em
duas ou tres comunidades municipais, ficando alguns concelhos por fora, sem
que haja alguém com bom senso, para se opôr a tamanho irrealismo. Nunca
o Governo se devia demitir de gerir a criação das referidas comunidades. Este
novo mapa administrativo do país, é tarefa do Governo, nunca de autarcas,
entre os quais existem profundas animosidades. Este trabalho é para políticos
visionários, como Fontes Pereira de Melo, Pombal ou Duarte Pacheco. Onde
estão os políticos, capazes de acabar com a descaracterização deste país?

A propósito da visita que o presidente Jorge Sampaio está a fazer à Noruega,
acompanhado de cerca de 70 empresários, sentiu-se um lamento da parte dos
industriais do bacalhau, por não terem sido convidados... Estes importadores
do "fiel amigo", ainda pensam estar a viver nos anos 60 do século passado,
quando Portugal pescava nas águas do Norte e importava bacalhau a pataco.
O que se pretende, nestas viagens, é levar e dar a conhecer o que se faz em
Portugal, no comércio, na indústria, na investigação, no ensino, nas artes. Nós
precisamos de vender, exportando o que produzimos, para maior riqueza nossa.


As mentiras espalhadas aos quatro ventos, pela mini-coligação que fez a guerra
do Iraque, com o pretexto de que lá havia "armas de destruição maciça", que
poderiam ser activadas em 45 minutos, estão agora a estilhaçar na boca de todos
quantos apostaram na sua "veracidade". Tony Blair, foi a primeira vítima das
suas mentiras; já foi acossado, mas o pior está para vir. George Bush, fez o que
qualquer "cow-boy" faria: atirou as culpas para os serviços secretos, pedindo
um inquérito independente. Esta situação, deixou embaraçados todos os políticos
que acreditaram em George Bush, obrigando agora estes, a fazer o mesmo:
Blair pediu um inquérito independente. Na Austrália, John Howard, é pressionado
no mesmo sentido; em Espanha, Aznar está de saída, mas tambem poderá ser
obrigado a fazer o mesmo. E por cá, que certezas tem Durão e Paulo Portas?











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