2006/08/31

 
O "COURAÇADO" MÁRIO SOARES...

...Está de férias na sua casa do Vau, no Algarve, onde foi entrevistado por António
José Teixeira, director do DN, a quem disse estar agradávelmente surpreendido
com a governação de José Sócrates. O "Pai da Democracia" portuguesa, depois da
derrota sofrida nas presidenciais, veio dizer, sem rodeios, o que pensa da situação
política nacional e internacional. E mostra franqueza, e segurança nas suas ideias.
É um homem de cultura, que continua a "absorver" a produção literária que chega
ao mercado editorial. Em tal quantidade, que Mário Soares diz não ter tempo para
ler tudo o que desejava, escrever o que tem projectado, publicar o que tem escrito.
Apesar de tudo, sente-se bem. Disse que tem viajado, mas que passa agora mais
tempo no Algarve, onde nunca havia passado o Inverno, que acha muito aprazível.
O "Pai da Democracia" portuguesa está de bem consigo e com os portugueses...
Aos 81 anos de idade, continua a trabalhar, como se ainda não estivesse realizado.

PINA DE MOURA IBERDRÓLICO...

... Ex-camarada do PCP, Joaquim Pina de Moura aderiu ao PS, tendo sido ministro
da Economia no Governo de Guterres, hoje é deputado da Nação, membro destacado
do PS, director da Iberdrola (concorrente da EDP), e tem mais qualquer outro cargo
que, para o caso, não é relevante. Relevante, é a forma como o deputado se comporta
no Mercado, querendo tudo para si. Pina de Moura, deputado da Nação, concorreu
ao concurso das eólicas em nome das Novas Energias Ibéricas, uma subsidiária da
Iberdrola, da qual é director em Portugal. Ainda a data do concurso vinha longe, já
Pina de Moura andava a contratar 500 engenheiros para trabalharem no fabrico de
pás e motores, na futura empresa. Chegados a 6 de Agosto, a EDP e a Galp Energia,
ganharam o concurso, entre 6 concorrentes. Ninguem protestou, só agora, quase um
mes depois, é que Pina de Moura viu que não pode manter a promessa de emprego
aos 500 engenheiros contratados. Vai daí, reclamou. Vamos ver até que ponto tem
razão. Mas quando a "carroça anda à frente dos bois", acontecem surpresas, como
esta. Pina de Moura contava com o ovo da galinha, e saiu vencido. Eu só pergunto:
o que Pina de Moura fez, antes do concurso, não foi "pressionar" o júri do concurso?
Ou será que o deputado ainda se via no papel de ministro da Economia?...

Loucura dos tomates... Para a Festa da "Tomatina" em Bunol, Espanha,
foram entregues cerca de 100 toneladas de tomate, para turista gozar...


CINEMA COM ARTE...

Glenn Ford, finou-se aos 90 anos... Em "Sementes de Violência" ele
desempenhava o papel de professor, massacrado pelos alunos rebeldes,
coisa inimaginável para mim, nos tempos em que havia o "Snr. Reitor",
e quando os professores eram respeitados. Glenn Ford entrou em mais
de 200 filmes. Ele foi o prenúncio da chegada de actores como James Dean,
Marlon Branco, Steve McQueen, Paul Newman... Era o tempo do cinema
com Arte, feito com cérebro; hoje restam-nos os efeitos especiais, violentos.

2006/08/30

 
O AMIGO DE XANANA, ESCAPULIU-SE...

O major Reinado, que em Maio comandava a Polícia de Dili, e mandou fazer fogo
contra soldados das FALINTIL, refugiando-se depois nas montanhas em Ailéu,
com os seus cúmplices e na posse do armamento do Estado, fugiu da prisão, sem
deixar rasto. Ele e mais 56 prisioneiros, alguns deles julgados por crimes comuns.
A prisão estava à guarda das forças australianas, não se percebendo por que razão
o major Reinado pode efectuar a fuga com tanta facilidade, acompanhado por um
tão grande número de prisoneiros, e sem que ninguem tenha dado por isso...
Esta fuga acontece uma semana antes da ONU enviar para Timor um contingente
de forças internacionais, e de a Austrália começar a reduzir os seus efectivos SAS,
até ao final do ano. Acontece ainda, um dia após Mari Alkatiri ter reafirmado, no
programa Dateline da televisão australiana SBS, que a Austrália havia tentado,
através de diversos meios, que Alkatiri fosse demitido do cargo de PMinistro...

O major Alfredo Reinado, a quem o Herald chama de "herói fanfarrão", recebeu
instrução militar e policial na Austrália, tem 39 anos e sempre disse obdecer às
ordens de Xanana Gusmão; o que não queria, era Alkitiri como primeiro-ministro.
Esperava ir longe, tinha ambições, na Polícia ou como líder de hipotétido partido.
Já depois de expirado o prazo para entrega das armas, foi visitado pela GNR numa
casa colonial ocupada por Reinado, em Maubisse, onde foi encontrado armamento
diverso e munições que eram da Polícia de Dili. As tropas australianas acabaram
por prender Alfredo Reinado, Xanana nada disse, e tudo seguiu o seu caminho...
Curiosamente, há poucos dias atrás, Dili foi assaltada com uma série de distúrbios,
incêndios e pilhagens. Seriam apoiantes de Reinado, a semear o cáos e preparar
a fuga do "carismático fanfarrão"?. A Austrália terá que provar agora que nada
tem a ver com esta fuga. Sabe-se, segundo The Australian, que Reinado queria
estar com sua mulher, Maria, que vive em Perth, para assistir ao nascimento do
quarto filho... Vamos ver como as coisas se vão passar, a menos que Reinado seja
recapturado antes da fuga, já que a "caça ao homem" está a ser feita dia e noite,
com helicópteros Black Hawk e equipamento de visão nocturna.

LÁ POR FORA...

Há países e políticos que, para se manterem como potências e como dirigentes
"intocáveis", têm necessidade de viver, sempre, com "inimigos". E, quando eles
não existem, inventam-nos. É o caso dos EUA, que têm muitos inimigos; é o caso
de George Bush, que não consegue fazer nada, se não tiver "inimigos". Ele precisa
de ter, de alimentar e de apontar quais são os seus "inimigos" -- para que o povo
americano o aceite, lhe reserve respeito, não o conteste, e lhe faça saber, através
de sondagens, que aprecia a sua liderança... E, George Bush e os seus seguidores,
desde muito cedo que compreenderam a necessidade de apontarem um "inimigo"
para "calar", domesticar e confundir os americanos. Esse "inimigo" são os países
do "Eixo do Mal" -- a Coreia do Norte, a Síria e o Irão. Estes países,"ameaçam"
a América de Bush... Havia Bin Laden, mas as "familias" deste e de Bush lá se
entenderam para que o líder da Al-Qaeda fosse "esquecido". Mas deu muito
jeito a Bush, quando foi das últimas eleições, a prestação televisiva de Bin Laden,
a favorecer o voto em Bush... A hipocrisia e o cinismo fazem carreira...
Por tudo isto, nunca Bush poderia ter um frente-a-frente com Ahmadinejad.
Era o que faltava! Bush precisa de "inimigos", amigos são o Chiney, o rei Fahad,
as petrolíferas que financiaram a sua campanha. Nunca Bush poderia falar com
um político do "outro mundo", um político culto, esclarecido, mas que tem mais
valor estando indexado no "Eixo do Mal". Kennedy ou Clinton eram capazes de
aceitar o repto, até mesmo o Nixon; e foi este, o primeiro a "entrar" na China...

"Quanto mais aprendo sobre as "andanças" do futebol, mais gosto do meu porco".
Com a devida vénia aos republicanos da Quarta República.

2006/08/29

 
POLITICAL CORRECTNESS...

Está a ser divulgado na blogosfera, aquilo que eu gostaria de chamar por os
"10 Mandamentos" do politicamente correcto, que terão sido escritos para os
repórteres da Fox News, a cadeia de televisão americana cuja linha editorial devia
ter como lema: o que é bom para George Bush, é bom para a Fox News. O que está
em causa, nestes "10 Commandments", é a "informação" sobre o Médio Oriente.
Vejamos como a liberdade de informação é manipulada, a favor de Israel e EUA:

1 # - No Médio Oriente, são sempre os Árabes que atacam primeiro, e Israel é
quem se defende. Isto chama-se "Retaliação".

2 # - Aos Árabes, palestinianos e libaneses, não é permitido matar Israelitas. A
isto chama-se "Terrorismo".

3 # - Israel tem o direito de matar civis Árabes. Isto chama-se "auto-defesa"
ou, como se diz agora, "Danos colaterais".

4 # - Se Israel mata muitos civis Árabes, o Ocidente diz que é "repressão". A
isto chama-se "Reacção da Comunidade Internacional".

5 # - Palestinianos e libaneses não podem capturar militares Israelitas, ainda
que em número limitado de 1 ou 2. A isto chama-se "Raptos".

6 # - Israel pode capturar os palestinianos que quizer (são já uns 10.000). Não
tem limite, não precisa de provas de culpa ou julgamento dos presos.
A isto chama-se "Guerra ao Terrorismo".

7 # - Quando se fala do Hezbollah, deve acrescentar-se "suportado pela Síria e
Irão". A isto chama-se o "Eixo do Mal".

8 # - Diz-se Israel, nunca acrescentando "suportado pelos EUA, UK e países
europeus" para que as pessoas não julguem tratar-se de um conflito. A
isto chama-se "Helping Friends".

9 # - Os Israelitas falam melhor inglês do que os Árabes. Por isso, deixem eles
falar o mais possivel, para explicar as regras 1 a 8. A isto chama-se
"Jornalismo neutral".

10 # - Se não concordar com estas regras ou favorecer o lado Árabe em
detrimento dos Israelitas, você deve ser acusado de "Anti-Semitismo".

Mulher palestiniana chora pela destruição de sua casa em Rafah, Gaza.

2006/08/28

 
FALAR DURO, CONTRA AJJ...

O ministro António Costa é um homem de coragem!... Chegou à Madeira, para
assistir à Festa da Liberdade, organizada pelo PS-Madeira, e galvanizou o pessoal
(cerca de 20.000 pessoas), com um discurso frontal, sem rodeios, todo ele dirigido
contra Alberto JJ, a quem acusou de, em 30 anos, não ter desenvolvido a economia
madeirense, vindo esta depender de subsídios e financiamentos da República...
"Alguns tiveram a ilusão de que poderiamos endividar-nos e ter um défice maior
porque isso ajudaria a economia. É uma falsidade! E a Madeira é o pior exemplo de
como essa forma de governar nem cria boa economia nem é sustentável a prazo",
disse António Costa, que foi ainda mais contundente ao responsabilizar AJJ pelo
"descalabro financeiro" da Madeira. "Das duas uma, ou a autonomia da Madeira
produziu resultados para uma economia auto-sustentável", significando que "as
transferências não são necessárias", ou então "as tres décadas de governação PSD
foram um fracasso, um falhanço e a Madeira está hoje tão dependente como estava
há 30 anos do subsídio e do financiamento da República"... K.O. ao Alberto João!...
Aquilo é "a festa da vergonha e dos colaboracionistas de Lisboa" -- atirou o Jardim.

Panorama dos terraços do Convento de S. Filipe de Nery, Sucre, Bolívia.

"Este é o momento de excelência da economia portuguesa" -- quem o afirma
é o bem-intencionado João César das Neves. Querem saber porquê? Graças aos
problemas que angustiam os portugueses. "A angústia é a única porta para [chegar]
ao desenvolvimento. Cada empresário, aflito na sua circunstância, esforça-se por
encontrar novos clientes, novos produtos, novas soluções" -- diz o esclarecido João
César das Neves. "...cada empresário, e consumidor, aflito na sua circunstância,
esbraceja para encontrar novas soluções". Esta é, "a excelência da economia lusa".
(Isto é o delírio, a loucura, o quadro mental do economista, nesta silly season).

Danças tradicionais de Aceh, durante as comemorações dos
61 anos de independência da Indonésia, celebrados a 17-Agosto.


"Que raio de coisa é esta? De que vale ao Governo, e ao Banco de Portugal,
andarem a proclamar que este ano o nosso PIB até vai crescer um por cento,
quando o clima negativo já está avançado um ano, e os reflexos não tardarão
a atingir-nos?". (Luis Delgado, in A subida e a Descida, no DN de hoje). Não duvido
da bondade do Delgado, mas penso que, antes de escrever sobre economia, devia
primeiro aconselhar-se com o professor João Cesar das Neves. Ele é que sabe...
Pelo menos parece saber muito, sobre a teoria do darwinismo, não de economia.
Quanto ao voluntarioso e claravidente Luis Delgado, esquece que, uma borrasca,
nem sempre molha a todos por igual. A China, a Índia, a Hungria, a Polónia vão
registar continuados aumentos do PIB... O crescimento económico não é linear.
Espero bem que as projecções para o PIB nacional continuem a ser optimistas.

Os monges lêem escrituras antigas, mas falam através de
tecnologia de ponta... Em Ulan Bator, capital da Mongólia...

2006/08/27

 
O DESNORTE CAUSADO POR PLUTÃO...

Em época de "redução de custos", alguem andou a mexer na ordem natural
dos astros, reduzindo o nossso sistema planetário para apenas oito planetas, oito
"bolas redondas" desenhadas em papel branco... Vai daí, o excluido Plutão, atacou
em todos os azimutes, emitindo ondas magnéticas que afectaram a massa cerebral
de políticos, juizes desembargadores, dirigentes desportivos, os eleitos da Liga e da
FPF, e paralizaram o início da temporada do futebol lusitano... Um autêntico cáos.
Com os astros não se brinca! Nem com as estrelas, onde muita gente lê o destino...
Não me admira pois, a bandalheira, o desnorte e a insanidade mental que ontem
se apoderou das nossas televisões. Todas abriram o telejornal para uma entrevista
em directo, dada pelo major Valentão, que parece ter perdido o controlo das suas
tropas de choque... O homem não consegue manter ordem na Liga, nos clubes e
muito menos entre os seus comparsas... Ninguem se entende, não há circo, nem
espectáculo... Só faladuras em directo pelas televisões. E a RPT1, paga por todos
nós, alinhou com as demais, como cão à procura de caça... Durante 20 minutos, a
RTP1, a SIC, a TVI e a SIC-Notícias, ofereceram ao país um espectáculo tonto,
uma diarreia do "sistema", um cenário de gente incompetente, uma varridela de
porcaria a que deram o nome de "caso Mateus"... Acabei por desistir e ligar para
o Odisseia. Não estive no "espaço", à procura de Plutão, estive sim na Terra, mas
longe da mediocridade, da azelhice, da imcompetência, da loucura e do "sistema".

Venham eles... Quantos são, quantos são?

A vingança de Plutão, enviada sob a forma de ondas magnéticas dissonantes,
parece ter atingido o PCP de Setubal, que através de um comunicado fez saber
que a saída de Carlos Sousa, edil da CM de Setubal, se destina a "rejuvenescer e
renovar a equipa para melhor enfrentar os desafios". Tá visto, doravante o PCP
vai começar a "rejuvenescer e a renovar"... Finalmente, o PCP caminha para a
"renovação", o "rejuvenescimento". Até o camarada Jerónimo está a mostrar que
quer dar uma imagem diferente de si, mais dinâmica, mais prática, mais realista.
Ontem, na Festa do Avante, apareceu de camisola à cava, de ancinho, a recolher
palha para limpar o recinto... Mais que ideologia, vimos pragmatismo e trabalho.

Será que o discurso da cassete vai mesmo mudar?...

Ontem, o norte do país foi percorrido por Monteiro, ex-dirigente do CDS/PP,
que esteve em Viana do Castelo, onde obteve uma licença na hora para efectuar
um comício da Nova Democracia. E isto, graças a um simples telefonema para
Lisboa. Tão simples e eficaz como é o Simplex... Já havia estado em Vila Praia de
Âncora, onde (segundo o Vasco), andou de microfone e altifalante, numa carrinha
de "caixa aberta", a pregar (a quem o quiz ouvir) pelas esplanadas da cidade. O
Vasco chamou-lhe "maluquinho"... E, de facto, Monteiro parece sofrer da condição
de "filho pródigo", que tarda em voltar a casa (ao CDS/PP), onde ninguem o ouve.
É patético ver o ex-dirigente da direita portuguesa, andar a pregar, sozinho, pelas
feiras e romarias, no pico do Verão, a suportar um calor escandante, enquanto a
"classe política" está a banhos... É dificil "vender" os "Estados Gerais da Direita".

Manuel Monteiro continua a aplaudir-se a si próprio...

2006/08/25

 
FLASHES DE VERÃO...

Prestes a acabar, está a silly season, mas as tonterias continuam. Os telejornais,
dos 3 canais generalistas, fazem o que podem com a prata da casa; quando esta não
dá, limitam-se a replicar as "notícias" e os fait-divers relatados nos matutinos, como
o DN, o Público, o Correio da Mânha, o 25 Horas... É um descaramento provinciano,
pois, assim, estão a relatar aquilo que já lemos nos jornais, e contribuem para que,
neste país, se leia cada vez menos jornais. Os jornais diários, por sua vez, querem
ser mais "desportivos" do que a Bola, o Jogo e o Record, reservando as 4 primeiras
páginas para falar de futebol, das taças, da birra dos jogadores, dos clubes falidos,
do Pinto da Costa, do JesuAldo, do Vieira que foi tramado... Isto é de loucos!.

Quanto à vida partidária, ainda não entrou em campo, mas há sempre alguem
de serviço para dizer disparates. O Jerónimo foi à pesca, e fez um desabafo: em
Matosinhos, "já há situações de fome". Mas logo (ou antes) acabaria por dizer que
os pescadores acabam "por deitar o peixe fora quando chegam ao cais"... Por causa
do preço, por causa do gasóleo, por a "despesa ser maior que o lucro"... É tonto!
Mas não é apenas o Jerónimo que está a descarrilar, o mesmo se passa com o seu
clone, o Francisco Louçã, que já prometeu "anular" as medidas do governo no que
respeita ao aumento dos serviços da ADSE, que atinge os 210% e, nalguns casos
2000%... Parece que uma massagem de algas custava 10 cêntimos e agora passou
a custar 30 cêntimos...
Em que mundo viverá Francisco Louçã e os seus pupilos?

Lá por fora, enquanto Bush pede ao Congresso mais dolares para custear as
despesas militares do Iraque, e Blair tenta adaptar-se ao clamor inquietante no
seio do Labour, os países europeus tentam organizar uma força de interposição
no Líbano, para proteger Israel e evitar que o Tsahal cometa mais atrocidades
no país do Cedro. Do Canadá chegam ecos de que ONGs internacionais procuram
trabalhar para aliviar a dor dos libaneses, mas tambem para apresentarem uma
petição no sentido de julgar Israel por crimes de guerra cometidos contra civis
ao longo de 33 dias de bombardeamentos do Libano... Ahmadinejad, continua a
mostrar que, no Medio Oriente, quem manda, é o Irão. E, no meio deste ambiente
bushista, de guerra global, o Japão vai rearmando-se e leva a efeitos exercícios
militares, a pretexto do "terrorismo internacional". O mesmo faz o Kirguistão e
a China, com execícios militares conjuntos, para defesa de fronteiras e contra o
"terrorismo internacional"... Pequim é, agora, o centro da política internacional.
Há dias recebeu o presidente do vizinho Vietname, para acertar os limites de
fronteira terrestre e marítima... E planearem prospecção de gas e petróleo em
terra e mar do Vietname. Será que o Vietname tem estas fontes de energia?...

Entretanto Bush vai gerindo a "carteira comercial" da marca "democracia"
implantada no Iraque e Afganistão, e alimenta a esperança de poder "exportar"
a democracia para Cuba, ainda que, para isso, tenha de acabar com o embargo
comercial a Cuba, em vigor há mais de 40 anos, e que mostrou ser inútil...
Entretido durante 6 anos com o "terrorismo" que ele criou, Bush esqueceu-se
de que existe mais mundo, afora o Médio Oriente... Até se esqueceu de Hugo
Chavez, que está agora de visita à China, a quarta em sete anos, e onde espera
tornar-se parceiro previligiado para investimentos diversos e fornecer à China
o dobro do petróleo venezuelano que actualmente compra, no prazo de 5 anos.
Em seis anos, Bush deixou "emancipar" parte dos países da América Central e
do Sul; deixou que o Irão se torna-se numa potência regional do Médio Oriente,
e permitiu a Bin Laden e seus clones, a proliferação de "jihadistas" em dois ou
tres continentes -- tornando o mundo mais perigoso, e menos seguro...

2006/08/23

 
AFRONTAMENTOS E MEXERICOS...

O calor continua a causar afrontamentos a muita gente. Não admira pois, que
a classe política continue a banhos, para não dizer disparates. É a silly season,
que alguns não gostavam de ver assinalada, mas ela aí está, tonta, como sempre
foi. Vejo que, este ano, as maiores tonterias, vêm da parte dos jornalistas e outros
profissionais da informação. É o caso do Público de hoje, que dedicou a última página
uma página inteira (mal empregado espaço!), a contar o amor que Bin Laden disse
sentir por Withney Houston, viciada em crack, casada com um rap singer, tambem
ele consumidor de drogas. Mas Bin Laden terá querido matar o marido da cantora,
para casar com ela... e converte-la ao Islão. Depois dos incêndios, e por causa deles,
Eduardo Cintra Torres, crítico de televisão, acusou a RTP de censura, ao "proibir"
imagens de alguns fogos... Este caso incendiou os espíritos de jornalistas e analistas,
mas tambem de uns bloggers.Tudo por causa de menos uma acha para a fogueira.
O ministro da AI terá sugerido a todos os canais de tv para exibirem menos imagens
dos fogos, para não "incendiar" o ego dos pirómanos. Afinal, não se trata de censura.
Mas os media querem "fogo e mexericos" para "afrontar" as audiências e tiragens.
E, para tanto, são capazes de todas as tonterias. Que o diga o Nuno Melo, presidente
do grupo parlamentar do CDS/PP, que foi apanhado a beijar a "namorada", uma
empresária bem sucedida, e ex-namorada de Santana Lopes... Este sim, faz falta...

Praia de Fujiazhuang em Dalian, noroeste da China... É preciso ter
paciência de chinês para suportar a pressão de tantos corpos molhados...


A nível internacional, a silly season tambem decorre com alguns episódios
protagonizados por Blair e Bush. Este último, dedicou parte das suas férias a ler
as "Selecções do Reader's Digest", uma revista de artigos compactados, resumidos
a meia dúzia de frases. Foi assim que, George Bush, ficou a conhecer O Estrangeiro
de Camus... Quando se encontrar com Chirac, certamente que vai falar-lhe da sua
admiração por aquele escritor franco-argelino. Tony Blair continua nas Caraíbas,
antes e depois de abortada a "conspiração" jihadista do dia 10/08, que serviu de
"nuvem" para ocultar o fiasco do Tsahal. Ninguem foi apanhado a embarcar com
explosivos, nem sabemos qual era o dia em que os jihadistas iam explodir os aviões,
mas sabemos que, dias depois do aparato policial em Heathrow, um miúdo passou
todas as barreiras até entrar no avião, sem que tivesse sido detectado... tal era a
situação de perigo iminente... De Londres continuam a chegar portugueses que
afirmam não ter sido apalpados nem interrogados sobre liquidos ou MP3...
E vieram com garrafas de água e telemóveis. Dizem que os britons ainda estão
magoados connosco, pela derrota infligida durante o Campeonato do Mundo... Não
se importam que os aviões da TAP sejam alvo dos "conspiradores"...

Carmen Hart, actriz porno americana, exibe os seus dotes na Parada
de promoção da pornografia, em Auckland, Nova Zelândia... A insdústria
da pornografia precisa de mercados, e tenta entrar na Indonésia, no Borneu
Malásia e Afganistão... Que dirão os muçulmanos deste tipo de mercadoria?
E serão estes os "valores civilizacionais do Ocidente" que temos para oferecer
aos árabes e muçulmanos, e em especial ao paupérrimo povo do Afganistão?...

2006/08/22

 
NÃO HÁ OUTRO IGUAL...

O Alberto João é cómico, mas não é parvo... Já descobriu a forma de ultrapassar
o "corte" de subsídios à Madeira, "decretado" pelo governo do Contenente. O soba
da ilha vai "inscrever" a Região da Madeira nos programas de ajuda humanitária
patrocinados pelo governo da Repúiblica, a fim de poder beneficiar desses subsídios
em pé de igualdade com os países africanos de língua portuguesa... Ele não aceita
que "cortem na Madeira" para continuarem a dar aos outros... "Gastar dinheiro dos
portugueses em dádivas a fundo perdido, sem retorno, a países africanos, alguns
destes são vergonhosas cleptocracias, violadores dos Direitos Humanos, rindo-se de
nós enquanto cedem as melhores fatias a outros países" não, não iremos aceitar
que tal aconteça, disse o Alberto JJ. Estamos para ver como vai o Alberto João
aplicar as vacinas contra a malária, contra a pólio, contra o HIV, os preservativos,
as sementes de soja, os grãos do cafezeiro GM, e as embalagens de óleo alimentar,
os litros de leite em pó, as bolachas vitaminadas, os pensos rápidos, etc... O sujeito
brinca com a desgraça alheia. E vive em constante bailinho carnavalesco...

A 19 de Agosto realizou-se em Londres o "World Strip Poker Championship", que
obrigava a despir uma peça de roupa, por cada jogada ganha... Há quem diga
que fizeram batota, para que as mulheres obtivessem melhor pontuação...


NO LUGAR DO OUTRO...
Termina hoje o prazo dado pela ONU ao Irão (forçado e desejado por Bush)
para se pronunciar sobre o embargo a que fica sujeito, caso insista em continuar
com o programa de enriquecimento de urânio... É um daqueles "casos políticos"
criados por Bush, dificeis de resolver. Se eu estivesse do "outro lado", tambem não
aceitaria ingerências de ninguem e muito menos lições de moralidade. O "outro
lado" tem sido tratado como cão, como se não fosse humano, como se fosse gente
de terceira. O Irão, ao ser classificado no "eixo do mal", foi ostracizado, ferido na
sua dignidade... O Irão foi durante muitos anos, amigo dos States e estes armaram
aquele país muçulmano com os aviões mais sofisticados e o armamento mais caro.
Os EUA aceitam que Israel tenha armas atómicas, que o Paquistão (país islâmico)
tenha armas atómicas, que a Índia tenha armas atómicas e a quem vai fornecer
tecnologia recente. Aliás, esta abertura à Índia, fez com que a Austrália (que é o
maior produtor de urânio), abandonasse as restrições à venda deste minério, tanto
à India como à China. O Paquistão forneceu tecnologia nuclear ao Irão, sabe-se
quem foi o cientista envolvido no negócio, mas Musharraff não aceita discutir esta
questão... Portanto, em face do que se passa, tratar o Irão (ou amanhã o Paquistão)
como gente de terceira, ostilizando-o, denegrindo-o, interferindo na sua soberania,
e nos seus programas científicos, é o mesmo que estar a desafiá-lo... E "o outro"
responde, como o fez no fim-de-semana, exibindo os seus jogos de guerra... Assim,
só resta a confrontação, que produz reacções em vez de moderações... Bush não
avalia o "cáos económico" que pode criar no mundo, se atacar o Irão, e este fechar
o estreito de Ormuz. O petróleo faltará, pago a 100 ou 150 dolares, e Bush sairá
da Casa Branca daqui a pouco mais de dois anos, deixando a pesada herança...

O Irão tem uma indústria de armamento própria, que vai desde carros
de combate aos camiões de transporte de armas e soldados, navios de guerra
de diversos tipos equipados com mísseis, submarinos, aviões de combate de
alta tecnologia, equipamentos de radar, metralhadoras e armas ligeiras.

2006/08/21

 
VEM AÍ A RENTRÉE...

...Enquanto não chega, vamos assistindo aos últimos cartuchos da silly season.
Os incêndios, mais uma vez, não deram descanso aos bombeiros e a António Costa.
Mas desta vez, ninguem reclamou a presença do primeiro-ministro José Sócrates.
É um bom sintoma político, pois mostra que os portugueses já compreenderam que,
em caso de castrástrofe, cada um deve fazer o que pode por si e pelo país, em vez
de ficar quieto e pasmado, à espera que chegue o "bombeiro" do primeiro-ministro.

Na Ilha do Jardim, o soba caiu na real: verificou que não tem dinheiro para pagar
ao Marítimo, ao Nacional, e dar subsídios ao Jornal da Madeira; nem pode continuar
a gastar em obras de fachada nem em carnavais folclóricos -- está de cofres vazios.
Vai daí, resolve apelar ao "senhor Silva" (a Cavaco Silva, Presidente da Repúlica)
para que faça fisgas pela "torcida do PSD-Madeira", afirmando que o governo do
Contenente quer estrangular a economia da Ilha... O soba vem agora estender a
mão ao Professor Cavaco Silva, Presidente da República Portuguesa, a quem em
tempos tratou, acintosamente, de "senhor Silva", para que pressione o Governo da
Repúilica a pagar as dívidas contraídas pelo "bailinho da madeira"... Mas que lata!


Do comício do Pontal pouco há a dizer, dada a fraca relevância dos participantes
e tambem do pequeno número de militantes arregimentados. É pena que o PSD,
que é um partido de quadros, empresários, políticos e intelectuais de grande relevo
nacional, esteja fragmentado em oráculos e capelinhas de vários credos e tendências.
Perante a acção governativa do PS e do governo de José Socrates, era natural que
a oposição tivesse dificuldades na forma de fazer o seu papel, que é o da oposição,
só não era de esperar, nem era desejável, que o PSD se "fragmentasse" em tres ou
quatro "mini-partidos", tal como está a acontecer. Não é bom para ninguem...


Já passaram dez dias, e pouco ou nada sabemos sobre a "conspiração" jihadista
desmontada pela Scotland Yard no passado dia 10... Tony Blair continua em férias
nas Caraíbas, Israel foi salvo pelo cessar-fogo aprovado pela ONU, Bush terminou
as férias no rancho de Crawford--os activistas anti-guerra acamparam num terreno
junto ao rancho de Bush e não lhe deram descanso -- os países europeus foram
empurrados, pela dupla Bush/Blair, para resolverem o conflito entre Israel e o
Hezbollah, o Citizen Kane Berlusconi virou cantor baladeiro, Musharraf continua a
"bufar" para a CIA, mas sem prender Bin Laden (Bush não quer isso...), e aqui ao
lado, Espanha (via Canárias) está a tornar-se o "maná" desejado pelos emigrantes
ilegais que vêm de África encalhar às costas de Tenerife, Las Palmas e Lanzarote...
A silly season continua, alheia ao que vai acontecendo aqui e alem, neste mundo.

Foi assim, ao estilo "nel blu pinto di blu", que "Il Cavagliere" começou a subir...

2006/08/20

 
O FIASCO DO TSAHAL (III)...

A incursão efectuada na madrugada de sexta-feira pelo Tsahal ao Vale de Bekaa,
após 4 dias do cessar-fogo, não procurava evitar que o Hezbollah recebesse armas
da Síria, mas sim a possibilidade de resgate dos soldados feitos reféns a 12 Julho...
Esta operação não devia ter sido feita agora, mas sim em Julho; evitava a guerra e
os seus horrores, e mantinha intacta a credibilidade do Tsahal como "força invícta".
Israel avançou para a guerra, teve carta branca de Bush, bombardeou o Líbano ao
longo de 33 dias, não derrotou o Hezbollah, não conseguiu libertar os dois soldados,
e saiu do campo de batalha sem honra nem glória... Valeu-lhe, para a retirada ser
menos trágica, a proposta de um cessar-fogo "imediato" proposto pelo CS da ONU.
Agora os israelitas culpam o seu governo, os comandantes militares e o Tsahal pelo
"mês mais longo de todas as guerras", e do qual não resultou um claro vencedor.

Alem de não ter resgatado os dois soldados, Israel não destruiu o poder militar
do Hezbollah, não estabeleceu o efectivo controlo do sul do Libano, não conseguiu
um claro desarmamento do Hezb a obter pela ONU. Apenas semeou a destruição
e o cáos no Libano... Por outro lado, foi para o terreno da guerrilha combater com
400 tanques Merkava dos quais 40 foram atingidos com mísseis e 10 foram pura
e simplesmente destruidos;13 tripulantes dos Merkava foram mortos e 70 soldados
de infanteria morreram em combate; do norte de Israel sairam mais de um milhão
de deslocados para fugirem aos rockets do Hezbollah; adestruição de apartamentos,
moradias e edifícios comerciais pelo fogo do Hezbollah, contribuiu para a fuga dos
israelitas; um mes de guerra inútil pesa muito no orçamento de qualquer país...

A opinião pública de Israel está dividida com esta guerra sem glória nem
resultados quanto ao futuro da segurança do país. Há quem acuse Olmert de ter
feito a guerra de Bush. Colette Avital diz que Olmert se precipitou ao levar oTsahal
para uma guerra inútil. Há quem destaque o facto de Israel, com esta guerra, estar
mais sózinho, e com menos amigos no mundo árabe. Um antigo chefe da Mossad,
Efraim Halery, propõe negociações com o Hamas e afirma que não é boa política
continuar a ostracizar o actual governo da Palestina. Outros recordam a falta de
visão que tem havido, por Israel não ter criado condições de boa vizinhança com
o Líbano. O mesmo acontece com a Síria, que tem sido hostilizada por Israel, e
com a qual deveria ter laços diplomáticos. Apesar de os EUA serem o principal
suporte da existência do Estado judaico, há quem diga que o apoio incondicional
de Israel na "guerra ao terror" de George Bush, não favorece a coexistência
pacífica entre judeus, palestinianos, e muito menos com os restantes países árabes.

Ehud Olmert e o seu partido, Kadima, sairam derrotados nesta guerra, e
vão sê-lo nas próximas eleições que se adivinham. O governo do primeiro-ministro
Ehud Olmert está enfraquecido, e o comando do Tsahal está em ebulição. Ehud
Olmert teve problemas com o ministro da Defesa, Dan Halutz, que se viu obrigado
a resignar por, dois dias antes do início da guerra, ter vendido o seu "portfólio" de
acções no ridículo montante de 21 mil euros... Hoje terá apresentado demissão o
ministro da Justiça, Heim Ramon, por envolvimento em assédio sexual a uma
jovem militar. Enfim, um azar nunca vem só. Olmert desiste da retirada de West
Bank, continua a ocupar e a massacrar palestinianos em Gaza, e, de paz, parece
não querer saber. Entretanto, Bush e Blair assobiam para o lado, e pedem aos
europeus para tomarem conta do Libano, a fim de proteger o Estado de Israel...
Enquanto Israel, como país democrático e mais civilizado, não for capaz de obter
a "compreensão", a convivência e a tolerância com e entre os seus vizinhos, não
vai conseguir dormir descansado... Israel tem que viver com todos, e ajudá-los
a viverem melhor... Com a brutalidade da guerra, Israel só cria inimigos.

2006/08/18

 
O FIASCO DO TSAHAL (II)...

Uma breve leitura aos jornais online de Israel dá-nos um quadro de insatisfação,
de tristeza e de inconformismo com o resultado obtido pelo Tsahal na campanha
levada a cabo no Libano, durante o "mês mais longo de todas as guerras".
Fazendo a mesma leitura aos media de Beirute, depressa nos apercebemos de que
existe frustração, desespero, e que os libaneses estão agora mais "divididos" do que
antes da guerra. A maioria xiita é quem menos se lamenta, sobretudo aqueles que
vivem fora da capital, e que estão a receber 12.000 dolares do Hezbollah para pagar
renda de casa e comprar utensílios para o lar.
De ambos os lados da barricada, o tempo agora é de cura das feridas deixadas pela
guerra, de contar os estragos, e do regresso dos deslocados. Um milhão de libaneses
regressa ao seu país; do sul de Israel, um milhão de deslocados regressa às cidades
do norte, na esperança de encontrar casa e bens não danificados pelos rockets...

Fazei o amor, não a guerra... Depois da guerra, é tempo de ternura...

Do lado libanês o panorama é confrangedor. A destruição de casas, ruas, estradas,
pontes, aeroportos, escolas, lojas de comércio, etc. deixou marcas profundas. Mas
tambem falta água potável, electricidade, telefones, combustíveis, e o saneamento
básico está inoperacional. Nos locais de maior destruição, devido aos bombardea-
mentos, ainda haverá cadáveres subterrados, bombas por explodir... Os cálculos
deste "terramoto aéreo", apontam para custos na ordem de 15 a 20 mil milhões de
dólares. O Kwait, Arábia Saudita, Qatar e Emiratos Árabes Unidos já informaram
que vão ajudar com dinheiro fresco, mas o custo da reconstrução vai muito para
alem das verbas anunciadas. Só com a ajuda internacional será possivel conseguir
a total reconstrução do Libano, que foi arrasado pela avição israelita... Não para
atacar o Hezbollah, mas para castigar os libaneses e levar estes a odiar Nasrallah.
O castigo surtiu algum efeito em Beirute, mas não fora da capital, onde o Hezbollah
tem agora mais militantes, e a simpatia por ter "afrontado/derrotado" Israel...

Em Irsume, arredores de Telavive, no dia 14 de Agosto, realizou-se uma
cerimónia conjunta para celebrar 32 casamentos, que haviam sido adiados
por razões de segurança, já que alguns dos noivos poderiam ser chamados
para a frente de batalha, caso não tivesse sido acordado um cessar-fogo...


Do lado de Israel os estragos causados pelos Katyushas e pelos mísseis do
Hezbollah são incomparávelmente menores do que os causados pelos bombardeiros
israelitas no Libano. Mas o facto de o Tsahal não ter "vencido" o Hezbollah está a
alimentar o sentimento de insegurança dos israelitas que vivem no norte de Israel.
É que, pela primeira vez, o "inimigo" conseguiu atingir as cidades de Israel. E isso
faz com que ninguem se sinta seguro. Se no Libano o Hezbollah vai pagar 12 mil
dolares às famílias que tenham casa destruida, no caso de Israel nada foi adiantado
até agora. E há muita família que ficou sem casa para viver. São os custos da guerra,
dizem, mas estes, geralmente, nunca são tidos em conta, mesmo antes de iniciar as
operações militares, que têm por fim destruir, arrasar e matar o que foi criado com
amor e construido com muitos sacrifícios... A guerra é a guerra; ela serve a morte.

2006/08/17

 
O FIASCO DO TSAHAL (I)...

Quem se mete com Bush, fica lixado... Que o diga Blair, Howard e Aznar,
compagnons de route e apoiantes incondicionais de Bush nas suas companhas
militares, levadas a cabo no Médio Oriente, com vista à "troca" de petróleo por
"democracia" à la carte... Invadiram um país soberano, o Iraque, onde havia uma
classe média importante, com razoável nível de vida, e agora, tres anos depois, só
resta o cáos e o terror; o Iraque é o país mais perigoso do mundo para viver, onde
já morreram, em tres anos, cem vezes mais civis do que em trinta anos do regime
de Saddam. Pior: agora há dezenas de milhares de estropiados, coxos, manetas,
cegos, inválidos devido ao terror da violência; e existem milhares de famílias sem
habitação, sem emprego, sem segurança nem futuro. Totalmente desarticuladas.
Mas Bush gaba-se com estes resultados, afirmando, sem pestanejar, que tanto a
"liberdade" como a "democracia", estão a passar por ali, a beneficiar o Iraque...

E por que é que Blair, Howard e Aznar foram "chamuscados" ao envolverem-se
nas "guerras petrolíferas" de Bush? Blair, apesar de ter o seu país em estado de
"alerta máximo", continua a banhos nas Caraíbas... O Labour está cada vez mais
dividido e indisciplinado. Numa reunião de amigos, o deputado John Prescott disse
para todos: "Bush is crap" (merda, excremento). Isto mostra a clivagem que há
dentro do Labour. Quando Blair regressar a Downing Street, após as suas férias,
vai ser pressionado a retirar-se, e as mães que perderam os filhos nas "guerras
do petróleo" vão formar um partido para concorrer em distritos onde Blair tenha
hipóteses de ganhar. Blair é tido como o "cão pavloviano" de Bush...

Na Austrália, John Howard vive tempos difíceis devido à reformas económicas
em curso, ao escândalo da Australian Wheat Bureau (ABW) implicada em tráfico
de influências e pagamento de luvas a Saddam através do programa "petróleo por
alimentos" (a Australia é o segundo maior exportador de trigo). Howard acordou
com o seu ministro das Finanças -- tal como fez Blair com George Brown -- que
se retiraria antes das eleições de 2008, mas agora nega esse acordo e ninguem
sabe quem tem razão. O Partido Liberal está dividido e a oposição ganha terreno.
José M Aznar, apoiante de Bush, foi apeado sem honra nem glória, a 13 de Março.
Tem feito dos States o seu país. E o magnata dos media, Ruppert Murdoch, deu a
Aznar um assento na News Corp. Aliás Murdoch já prometeu a Blair outro tanto.
Quando Blair for despedido de Downning Street, vai viajar para a Califórnia...

Ehud Olmert foi a última vítima da "agenda petrolífera" que Bush tem vindo
a cumprir no Medio Oriente. George Bush precisava desarmar o Hezbollah para,
no caso de um ataque aéreo às instalações nucleares do Irão, este não pudesse
depois atacar Israel. Segundo o jornalista do New Yorker, Hersh Seymour, Ehud
Olmert já planeava atacar o Hezbollah no sul do Libano, muito antes de se dar o
rapto dos dois soldados israelitas, capturados pelo Hezbollah. Mas a incursão do
Tsahal estava em planeamento, um pouco sem prazo. Só que, Bush aproveitou o
deslize do Hezbollah e terá pedido a Olmert para avançar, já. E o bom samaritano
Olmert, acedeu ao apelo do "cruzado" Bush, mesmo sabendo que o Tsahal não
reunia condições para uma vitória total e em curto espaço de tempo... O pedido
de Bush terá contribuido, em parte, para a ineficácia do Tsahal e para o arrastar
das operações durante 33 dias... (Cristo foi enviado para o Calvário com 33 anos).

Nâo admira que, na segunda-feira, Bush tenha comunicado, Urbi et Orbis,
que "ganhamos a guerra" e castigamos os "fascistas-muçulmanos" (se o príncipe
Abdullahah, da Arábia Saudita estivesse a ver a CNN ou a Al-Arabia, à hora do
discurso de Bush, teria ficado com uma azia de estomago terrível!...) Quer dizer,
a guerra foi feita por Israel, mas com procuração dos Estados Unidos... Mas Bush
assumiu, Urbi et Orbis, que fora ele quem "derrotou" o Hezbollah, os malígnos...
Para alem de tudo o mais, esta confissão fez saber aos países árabes que, naquela
região, os Estados Unidos (e Israel) não têm amigos, mas sómente interesses seus
a defender -- o petróleo arábico. É uma fronteira, é a guerra fria destes tempos...

2006/08/11

 
O emBus(H)te...

A conspiração anglo-americana, engendrada para "afastar" as atenções sobre o
fiasco da guerra israelita no Libano, está a ocupar espaço nos media, mostrando,
assim, que a manipulação da opinião pública, continua a ser uma arma eficaz para
aqueles que detêm o poder, conseguirem governar à sua maneira... Até agora, as
provas do complot, resumem-se a nada. Houve detenções, a começar no Pakistão,
mas ninguem foi preso no "chek-in", com bilhete na mão, à entrada para o avião,
com bagagem suspeita, ou a caminho do aeroporto. Tudo não passa de matéria
sob suspeita, a investigar pelo MI5 ou qualquer Interpol europeia. Mas Bush e
Blair precisavam de um "bomba" para desviar as atenções do Médio Oriente...

Nem os investidores internacionais, as Bolsas mundiais acreditaram no "bluff".
Inicialmente reagiram, mas logo viram que não havia consistência no alarme, e o
dia continuou normal, sem grandes oscilações. E as Bolsas, nestes casos, sempre
reagiram com brutalidade, como em 11/9, 11/3 e 7/07, com os índices a perderem
4, 5 ou mais pontos percentuais... Até Tony Blair, que está de férias nas Caraíbas,
continuou a banhos, como se nada tivesse acontecido. Ora, numa situação de alerta
vermelho, em caso de catástrofe ou distúrbio nacionais, um primeiro-ministro, a
primeira coisa que faz, é adiar todos os compromissos e regressar ao trabalho...
Tony Blair, possivelmente à beira da piscina, a tomar o seu breakfast caribenho,
fleumaticamente, telefonou para Crawford, nos States, a avisar o amigo Bush,
de que o "esquema" estava in progress... e poderia relatar aos media o complot
dos "muçulmanos fascistas". Ele, Blair, iria depois corroborar o amigo Bush...

Como disse Peter Donnelly, jornalista britânico a trabalhar no Dubai, ao
jornal Khaleej Times, o que Blair pretende, com esta conspiração em Heathrow,
é uma "cortina de fumo" para ocultar os acontecimentos no Libano, onde Blair se
mostrou incapaz de propor uma solução para o fim do conflito. E o amigo Bush
agradece ao amigo Blair por, mais uma vez, este aparecer na hora "H", com uma
solução para salvar o senhor do Império... Não há dúvida, os dirigentes políticos
"mandantes" do Mundo, não têm carácter, ética nem moral; são capazes de
obstruir o curso de vida diária a centenas de milhares de pessoas, provocar o
cáos nos aeroportos europeus, paralizar os serviços públicos, afundar sectores
vitais da economia europeia, dramatizar até à exaustão "casos" de polícia, só
para manterem as aparências, para defenderem e beneficiarem os amigos.
Isto é, pura e simplesmente, "propaganda", subversão, oportunismo, suicídio.

Entretanto Israel continua a destruir o Libano. E já lá vão 30 dias...
Em Beirute, uns choram os mortos, outros lamentam a destruição das suas casas,
a perda dos seus empregos, a destruição da economia do Libano. Alguns falam na
cobiça, por parte de Israel, da água do Rio Litani. Compreende-se o avanço do
Tsahal até às margens daquele rio, para mais tarde poder desviar parte das águas.
O Daily Star ignorou a "conspiração" em Heathrow, mas refere a escala técnica de
um avião israelita nos Açores, um arquipélago que faz parte de Portugal. O caso
de Heathrow é quase ignorado pela maioria dos jornais dos países árabes. De Amã
a Islamabad, passando por Riade, Kwait, Emiratos Árabes Unidos, a principal
notícia continua a ser o Iraque, a Palestina e a guerra no Libano...

2006/08/10

 
MÉTODOS PERVERSOS...

Vamos ver o que é que a Scotland Yard tem para apresentar. O "golpe" terá
sido preparado pelos serviços de inteligência britânicos, mas é a Scotland Yard que
está incumbida de desmantelar a "conspiração" jhiadista, e terá que apresentar as
provas e os implicados. Mas a minha opinião é que, tudo isto, foi preparado para
"desarmar" a opinião pública, tendo em vista o seguinte: (i) desviar as atenções da
guerra do Líbano; (ii) credibilizar a guerra do Tsahal no Libano; (iii) ajudar Israel
a captar a simpatia da opinião pública; (iv) fazer com que a opinião pública se vire
contra os povos árabes e muçulmanos; (v) ajudar Tony Blair a sair da crise política
em que se encontra, com perda de popularidade, deserções no Labour e sucessivos
escândalos que envolveram o Gabinete do seu governo. Depois do 11 de Setembro,
os EUA conheceram este tipo de "terror", sempre que havia necessidade de calar
vozes e desviar a atenção daquilo que corria mal. Blair há muito que segue o método.
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Vamos ver o que é que a Scotland Yard tem para apresentar. Até agora não
foram dadas provas de nada. Todos sabemos que, desde o 11 de Setembro, existem
procedimentos de segurança nos aeroportos para escrutinar o transporte e uso de
armas, ainda que sejam químicas. Nos scanners dos terminais, não há hipótese de
iludir tudo o que seja objectos metálicos e, em caso de "alerta", há cães treinados
para farejar químicos, drogas e outros produtos. Londres, antes dos atentados de
7/07/2005, esteve diversas vezes em "alerta máximo", e nunca aconteceu nada.
Porque o uso perverso dos "alertas de perigo terrorista", são usados e abusados
para "aterrorizar" as pessoas... E este procedimento tem sido utilizado por Bush e
Blair, até à exaustão... Eles têm a sua agenda, e não olham a meios para cumpri-la.
Em seu proveito, em favor das suas políticas, contra a vontade da opinião pública,
dos seus países e do mundo inteiro... A política, com estes senhores, está afunilada.

Duvido do Senhor do Império, bem como do seu pavloviano amigo inglês.
Entretanto, a ONU não consegue emitir uma proposta sobre o cessar-fogo no
Libano, Israel continua a fazer guerra total, como se fosse o Senhor do mundo, e
os media, agora, vão entreter-se e a entreterem os outros com o complot da jihad.
Da minha parte, até a Scotland Yard apresentar provas, não vou retirar o meu olhar
da destruição que o Tsahal está a cometer no Líbano, um verdadeiro crime contra
um povo, a quem não declarou guerra, nem pediu licença para entrar no seu quintal.
Israel continua a fazer aos "outros" o mesmo que lhe fizeram os nazis. E os soldados
do Tsahal são tão fundamentalistas quanto o são os muçulmanos do Hezbollah...

Para clarificar as origens do "ovo da serpente", permito-me transcrever aqui
a opinião do fundador do estado de Israel, David Ben-Gurion, via Sabbah, que diz
ter encontrado o depoimento nos arquivos da BBC, a partir da Wikipedia:
"If I were an Arab leader, I would never signed an agreement with Israel. It is
normal; we have taken their country. It is true God permissed it to us, but how
could that interest them? Our God is not theirs. There has been Anti-semitism, the
Nazis, Hitler, Awschwitz, but was their fault? They see but one thing: we have come
and we have stolen their country. Why would they accept that?".

2006/08/09

 
DESABAFO...

"Hoje apetece-me assistir a tudo, ver tudo e não ficar impune. Apetece-me dizer:
'Viva a Vida!' ao contrário dos falangistas que gritavam na carnificina espanhola:
'Viva la Muerte!'. E um falangista é um fascista, um fascista, é um fascista, (Ó Vasco,
Ó Vasco Pulido Valente, por que não tens amigos, por que ninguem te diz 'Vasco,
olha para o que escreves, olha para isto, vamos embora, tem calma, 'ainda não é o
fim/é apenas um pouco tarde'?!). E olho, incrédulo, para um artigo recortado do
Público, em que Pacheco Pereira se delicia com as suas memórias de convívio
próximo e fraterno com o Átila de África, Savimbi, babando-se, incrível, com a
suposta complexidade do personagem. [...] E olho ainda, para unas inacreditáveis
aspas, no editorial de José Manuel Fernandes -- 'o "massacre" de Jenin' -- aspas
que colocam em suspensão a realidade, que troçam dela e dos que a tomam como
tal. [...] Dar-vos-ei um rebuçado por cada artigo mais extremista, fanático e pró-
americano do que o de José Manuel Fernandes". [Digam-me] cruzados do império
americano, tribos neoconservadoras, acólitos da ideia de guerra de civilizações, o
que falta fazer, o que falhou. [...] Digam-me o que falta, que guerras são ainda
precisas, digam-nos, Helena Matos, digam-nos, José Pacheco Pereira, digam-nos,
José Manuel Fernandes, digam-nos, João Carlos Espada, mas digam-nos de uma
vez por todas o que falta ainda?"(Súmula do desabafo de João Teixeira Lopes, no Público).

João Teixeira Lopes, deputado do Bloco de Esquerda, renunciou ao seu mandato
na Assembleia da República por "motivos de ordem pessoal", razões que o tinham
levado a suspender funções em Março passado. Fora do Parlamento, vai regressar
à Universidade do Porto, onde é professor, e preparar as suas provas de agregação
em Sociologia -- informa hoje o Público. Tudo terá a ver com os resultados obtidos
nas últimas eleições no Distrito do Porto. Pelo seu desabafo, João Teixeira Lopes
parece ter saído de um lugar onde não se sentia bem, onde tinha falta de ar...
Saiu, bateu com a porta, e gritou bem alto: Abaixo "os cruzados do bushismo"!
Perante o que está a acontecer, tambem a mim me apetecia gritar: Abaixo o George,
abaixo as petrolíferas, que elegeram Bush para poderem enganar o mundo!...


Se os hotéis do Interior não estivessem "overbooking", nesta altura do ano, já
tinha ido refrescar ideias, mergulhar em água doce e cheirar os pomares. Não se
pode cuidar destes atavios em pleno mes de Agosto. Foi uma surpresa, para mim,
saber que hotéis como o Tryp Colina do Castelo, em Castelo Branco, estão cheios.
Na verdade, fora Lisboa e Porto, o resto do país tem carência de hotéis, sobretudo
ao longo das novas auto-estradas, nas cidades e vilas importantes... E o país não é
só esta faixa, junto ao Atlântico. Ainda há muito a fazer na actividade turística.

2006/08/08

 
MAIS UM, AFECTADO PELO CALOR...

It's the economy... (diz o blasfemo JM)

Forrest fire in Balducido, spanish region of Galiza.
Imagem da Reuters publicada pelo China Daily News - Online.

"As zonas de pinhal seguem ciclos de 15 a 20 anos. Quanto mais tempo
se demorar a cortar maior a probabilidade de um incêndio catastrófico".
São conhecidos os cíclos de onze anos que assinalam o fim da expansão económica,
mas nunca ouvi falar em ciclo de 15/20 para os pinheiros... Será? E a extracção da
rezina, que pode ser considerada uma variável de vida, foi tida em conta?... Ora,
ora o país a arder e eu aqui à volta com as probabilidades. Diz o JM que insistir no
combate aos incêndios equivale a termos madeira mais barata. Então e quando os
pinheiros arderem todos, como vai ser?... Vamos importar madeira? O JM talvez
tenha alguma razão. Agora, que a Galiza está a arder (havia ontem 79 incêndios)
podemos comprar madeira mais barata, desde que a procura não aumente!...
Mas sem pinheiros, e com incêndios... a madeira vai encarecer. Ou não é assim?
Grande contradição em relação às leis do mercado. Eu sei, eu sei é do calor!...

O INFERNO DE BEIRUTE...

Os EUA estão em papos de aranha para salvar Israel da ridícula situação em
que se encontra o Tashal. Se não for encontrada uma saída para o fim da guerra,
Israel perde a auréola de "invencível" perante os países árabes e muçulmanos da
região. Pior ainda: Nasrallah, o chefe do Hezbollah, que já é uma figura comparada
com Abdel Nasser, vai ficar na história como o grande vencedor desta guerra...
A resolução a aprovar na ONU, para um cessar-fogo, tem sido alterada por forma
a satisfazer o Líbano (que é a vítima desta guerra), e a não deixar que Israel saia
como derrotado nem o Hezbollah possa cantar vitória. Vamos ver se vão chegar
a um consenso. É muito difícil, porque Israel, para alem da guerra, começa a ter
muitas vozes que apontam a ineficácia do Tsahal. Ehud Olmert já compreendeu
que esta guerra está a arrastar-se indefinidamente, com consequências nefastas
para a economia, mas tambem leva à erosão da base eleitoral do partido Kadima.

Imagem publicada pelo Jordan Times, de Amã, Jordânia.

À margem deste quadro, fica o futuro do Líbano. E é aqui que se levantam muitas
dúvidas, já que o país está desarticulado, destruido, sem economia a funcionar,
sem fábricas a laborar, sem redes de abastecimento, sem empregos nem habitação
para milhares de libaneses. Vai ser muito dificil manter a unidade do povo libanês,
como existia até ao dia 12 de Julho. Teme-se que o Hezbollah, em futuras eleições,
obtenha 50/60 por cento dos votos... Mas se o Libano falhar, como Estado, pode
tornar-se um novo Iraque xiita, uma réplica do Irão, ou um paraíso para os grupos
fundamentalistas, jihadistas e terroristas internacionais... Se Israel quer ter paz,
tem de arranjar bons vizinhos, mas os que vão restar desta guerra, não são gente
disposta a perdoar-lhe a destruição, a razia da capital, a chacina de inocentes...

Imagem da AP publicada pela CNN referente a bombardeamentos em Beirute.

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