2006/08/25

 
FLASHES DE VERÃO...

Prestes a acabar, está a silly season, mas as tonterias continuam. Os telejornais,
dos 3 canais generalistas, fazem o que podem com a prata da casa; quando esta não
dá, limitam-se a replicar as "notícias" e os fait-divers relatados nos matutinos, como
o DN, o Público, o Correio da Mânha, o 25 Horas... É um descaramento provinciano,
pois, assim, estão a relatar aquilo que já lemos nos jornais, e contribuem para que,
neste país, se leia cada vez menos jornais. Os jornais diários, por sua vez, querem
ser mais "desportivos" do que a Bola, o Jogo e o Record, reservando as 4 primeiras
páginas para falar de futebol, das taças, da birra dos jogadores, dos clubes falidos,
do Pinto da Costa, do JesuAldo, do Vieira que foi tramado... Isto é de loucos!.

Quanto à vida partidária, ainda não entrou em campo, mas há sempre alguem
de serviço para dizer disparates. O Jerónimo foi à pesca, e fez um desabafo: em
Matosinhos, "já há situações de fome". Mas logo (ou antes) acabaria por dizer que
os pescadores acabam "por deitar o peixe fora quando chegam ao cais"... Por causa
do preço, por causa do gasóleo, por a "despesa ser maior que o lucro"... É tonto!
Mas não é apenas o Jerónimo que está a descarrilar, o mesmo se passa com o seu
clone, o Francisco Louçã, que já prometeu "anular" as medidas do governo no que
respeita ao aumento dos serviços da ADSE, que atinge os 210% e, nalguns casos
2000%... Parece que uma massagem de algas custava 10 cêntimos e agora passou
a custar 30 cêntimos...
Em que mundo viverá Francisco Louçã e os seus pupilos?

Lá por fora, enquanto Bush pede ao Congresso mais dolares para custear as
despesas militares do Iraque, e Blair tenta adaptar-se ao clamor inquietante no
seio do Labour, os países europeus tentam organizar uma força de interposição
no Líbano, para proteger Israel e evitar que o Tsahal cometa mais atrocidades
no país do Cedro. Do Canadá chegam ecos de que ONGs internacionais procuram
trabalhar para aliviar a dor dos libaneses, mas tambem para apresentarem uma
petição no sentido de julgar Israel por crimes de guerra cometidos contra civis
ao longo de 33 dias de bombardeamentos do Libano... Ahmadinejad, continua a
mostrar que, no Medio Oriente, quem manda, é o Irão. E, no meio deste ambiente
bushista, de guerra global, o Japão vai rearmando-se e leva a efeitos exercícios
militares, a pretexto do "terrorismo internacional". O mesmo faz o Kirguistão e
a China, com execícios militares conjuntos, para defesa de fronteiras e contra o
"terrorismo internacional"... Pequim é, agora, o centro da política internacional.
Há dias recebeu o presidente do vizinho Vietname, para acertar os limites de
fronteira terrestre e marítima... E planearem prospecção de gas e petróleo em
terra e mar do Vietname. Será que o Vietname tem estas fontes de energia?...

Entretanto Bush vai gerindo a "carteira comercial" da marca "democracia"
implantada no Iraque e Afganistão, e alimenta a esperança de poder "exportar"
a democracia para Cuba, ainda que, para isso, tenha de acabar com o embargo
comercial a Cuba, em vigor há mais de 40 anos, e que mostrou ser inútil...
Entretido durante 6 anos com o "terrorismo" que ele criou, Bush esqueceu-se
de que existe mais mundo, afora o Médio Oriente... Até se esqueceu de Hugo
Chavez, que está agora de visita à China, a quarta em sete anos, e onde espera
tornar-se parceiro previligiado para investimentos diversos e fornecer à China
o dobro do petróleo venezuelano que actualmente compra, no prazo de 5 anos.
Em seis anos, Bush deixou "emancipar" parte dos países da América Central e
do Sul; deixou que o Irão se torna-se numa potência regional do Médio Oriente,
e permitiu a Bin Laden e seus clones, a proliferação de "jihadistas" em dois ou
tres continentes -- tornando o mundo mais perigoso, e menos seguro...





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