2007/09/04

 
NONSENSE...

Em política, por cá, não há nada de novo. Assim, faz sentido ler o DN, jornal
dirigido por João Marcelino, que o transformou num diário de casos de polícia.
Pelo menos ficamos a par das últimas inovações em assaltos a bancos, roubos
por esticão, tiros de caçadeira e mortes à porta de pseudo-discotecas.
De política, é confrangedor ouvir o líder do PSD, Luis Marques Mendes, pisar e
repisar minudências, numa demonstração de que o deserto de ideias continua
a prevalecer no principal partido da oposição. A baixa de impostos, os apoios
às PME, a troca da Ota por Alcochete, o referendo do Tratado do Europeu...
Nada de novo na frente ocidental, apesar das férias e da academia de verão.


Há pouco tempo, os representantes da igreja portuguesa, apressaram-se
a ouvir o primeiro-ministro sobre bens patrimoniais, e impostos a pagar ao
Estado. Parece que a igreja católica tem isenções, mas que apenas beneficiam
esta, pois as demais confissões religiosas não firmaram nenhuma Concordata
com o estado português. Todavia o estado do Vaticano quer mais e melhor.
Quer administrar a região de Fátima, quer ali estabelecer vôos de low-cost,
quer transformar aquilo num centro mundial de turismo e de fé... O Vaticano
é um estado ostensivamente rico e opulento, fala de caridade, mas não abre
mão da riqueza que tem. A opulência sente-se e vê-se, e até o Parlamento
Europeu quer saber quanto é que a Itália "desconta" em taxas ao Vaticano.
Toda esta história cheira a pecado, e traz à memória o "bispo Macedo", esse
evangelista, profundo crente na "nota verde" -- e tambem o poder da igreja
dos Jeovás, que possuem dinheiro para construir templos para os fiéis...
A fé, tornou-se num dos maiores negócios dos tempos modernos.
(Entretanto, no Vaticano, morre-se de solidão, como aconteceu com o soldado
da Gendarmeria que se suicidou com um tiro dentro da banheira. Ver aqui.)

Nos antípodas, começou a reunião da APEC, a decorrer na Austrália.
Vamos esperar para ver quais os países que estarão representados ao mais
alto nível. Para já, é a presença de George Bush que mais problemas causa
às forças de segurança encarregadas de proteger "o senhor do Mundo".

Cartoon de Rocco editado no blog do Sidney Morning Herald.

O Mundo continua em mudança, mas alguns dos personagens vão estar
mais interessados em cuidar do seu futuro do que em promover alterações
de fundo naquela área geográfica. Bush já passou pelo Iraque, o primeiro-
ministro australiano, John Howard, já pensa nas próximas eleições, e a China
está representada por Hu Jintao, que procura conciliar intereses comerciais
com políticas de segurança regional, por forma a expandir as exportações.

Cartoon de Steve Bell publicado no The Guardian de Londres.
Contra-informação... Um dia depois de George Brown anunciar a
retirada das suas tropas de Basora, aparece George Bush de surpresa
em Bagdade para "amortecer" o efeito da "retirada" dos royal marines...





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