2007/08/30

 
A TOMATADA...

Nestes dias de ócio tenho andado arredio de jornais e televisões pelo que,
em matéria de actividade política, não tenho dado ouvidos aos protagonistas
que teimam, apesar do calor, em proferir discursos programáticos. Soube hoje
que o -- o bloquista José Sá Fernandes -- vereador com plouro na CML vai
abandonar a via das "providências cautelares" para se dedicar a promover um
programa de "marcas" para Lisboa. O , segundo sei, avançou já com a ideia
de ser criada uma marca (brand) para Vinho e Azeite da capital... (Não estou
a ver onde estão os vinhedos e as oliveiras, mas se o Camilo Alves fazia vinho
sem uvas (ali pra Xabregas), porque não fazer o mesmo agora, para competir
com as garrafinhas do azeite Oliveira da Serra e do vinho Terras do Sado?).
O tambem alvitrou a comercialização da amêijoa e das corvinas do Tejo.
(Eu cá nunca comerei amêijoa ou corvina capturadas no estuário do Tejo que,
como se sabe e se pode verificar, está poluído a partir da foz do rio Trancão).
Vamos esperar para ver se o faz carreira, vendendo a "marca" Lisboa...

Burol, arredores de Valência... 115 toneladas de tomate para a festa.

Cada país, cada cidade que queira fazer promoção turística procura algo
de diferente para oferecer aos turistas. O propõe-se vender a "marca"
Lisboa em garrafões de tinto e em garrafinhas de azeite. Não me parece que
vá conseguir as certificações DOC ou PROD para estes produtos, mas pelo
menos mostra ter vontade empreendedora. Coisas típicas, diferentes e únicas
tem a nossa vizinha Espanha. Tem a largada de touros em Pamplona, onde os
mais ousados arriscam levar umas valentes cornadas; tem os Caminhos de
S. Tiago, dedicado aos que gostam de andar por caminhos tortos, com um
pau na mão; tem as corridas de cavalos nas praias de Sanlúcar de Barameda;
e tem a Tomatada valenciana, onde as pessoas se divertem a atirar tomates
uns contra os outros até ficarem enchardos numa espécie de ketchup... Este
sim, é um espectáculo único no mundo, procurado pelos turistas que gostam
de competições com tomates. O poderia fazer o mesmo, mas com vinho
tinto, azeite e pimentos assados. Seria um espectáculo original.

A cultura da papoila do ópio no Afganistão continua a expandir-se.

Cada país faz o que pode, para sobreviver e conquistar os mercados
mundiais, seja no turismo, na agricultura, na fluricultura ou na produção
de papoilas. Este, é o caso do Afganistão que à falta de outros recursos se
virou para o cultivo da papoila do ópio, e alcançou já o índice principal de
produtor global, com 93 por cento do ópio mundial... É um país destruido,
arrasado por guerras tribais, e com um governo cujo presidente parece ser
mais vocacionado para andar nas passereles da moda do que para unir os
afgãos em torno de um projecto político de reconstrução e modernização
daquele país milenar. É certo que George Bush, depois de correr com os
talibans, "largou" Cabul e correu para os poços de petróleo no Iraque,
deixando os afegãos à mercê dos chefes tribais, enquanto a segurança foi
entregue à Nato, que nada tinha a ver com aquela guerra. Nesta situação,
a comunidade internacional ficou a perder, duplamente. Não se sabe do que
foi feito aos fundos angariados para a reconstrução do país, e agora ainda
tem que suportar ocomércio do ópio, que chega do Afganistão até às nossas
cidades, para minar e destruir a vida de cidadãos dependentes do vício...

As duas faces da planta que dá origem à droga ilegal.





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