2007/05/06

 
OS DE SEMPRE...

"Por detrás de Carmona Rodrigues, ao lado, em cima, a aplaudir às claras,
a conspirar ás escuras, a mover-se quer como um polvo, quer como aqueles
pombos que vinham nos livros antigos de zoologia, um a que tinham tirado o
cérebro e ficava firme e hirto, outro aquem tinham tirado o cerebelo e ficava ali
pousado na sua própria gravidade, está uma entidade pouco visível em todo este
processo. Carmona Rodrigues referiu-se-lhe de passagem sem a nomear. [...]
Esta entidade é o aparelho político do PSD em Lisboa, a distrital de Lisboa".
(Quem assim escreve é Pacheco Pereira, no Público de hoje, ocupando o espaço
de uma página para pouco ou nada dizer sobre aquilo que todos nós já sabemos.
Mas os "comentadores a recibo verde" espraiam-se, estendem-se, pintam a manta,
fazem render o peixe... Onde está o poder de síntese, a opinião clara e assertiva?...)

"'A política do sentimento' consiste na essência em substituir o gesto ou, se
quizerem, o teatro sentimental, sem consequência e sem risco, pela acção efectiva.
[...] O dinheiro distingue e separa, como o poder, a inteligência, a origem social,
a cultura ou o carácter. O sentimento uniformiza e une. [...] O sentimento, como
qualquer adulto sabe, é o paí da mentira. E Blair, o admirável 'Tony', mentiu
sempre: deliberadamente, calculadamente, ininterruptamente".
(Vasco Pulido Valente, num quarto de página do Público, para desancar, forte
feio, sobre a personalidade de Tony Blair, que hoje deixa de ser o PM inglês.
Vamos esperar pelas vergastadas que o Vasco vai zurzir em George Bush, logo
que este saia da casa Branca... E ver se, tambem, vai chamar-lhe mentiroso...)

"Nada e quase ninguem parece imune. Não se trata de estranha epidemia,
nem misteriosa síndrome. É, tão-só, a construção. A construção é golpe de
sorte, motor de arranque, é obra, sonho e o pesadelo de autarca, garantia de
exito de ministro e a vocação do capitalista --diz António Barreto na sua crónica
de Obras, no Público de hoje. Ao ler Barreto, acabamos por ficar confundidos
com o que escreve: não sabemos se se trata de um "arrolamento" de oficial de
diligências, ou de um poema sobre coisas da vida prática. Como comentador que
é, Barreto devia dizer-nos o que está mal, o que falta fazer, o que não presta,
ou o que deveria ser alterado. Mas não, Barreto descreve um emaranhado de
factos, sem os avaliar, e sem nos dizer qual é a opinião que deles tem. Ora isto,
não serve, não tem utilidade para os leitores. Então o "fazedor de opinião"
contratado pelo Público não tem opinião sobre nada? Ou não quer dar opinião,
seja ela negativa ou positiva, sobre os factos que comenta?...

Continuam a realizar-se manifestações na Turquia contra a eleição
do candidato islamita do AKP à presidência da república laica... Esta
imagem mostra a manif realizada ontem na cidade de Manisa...





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