2007/05/14
O HISTORIADOR...
Vasco Pulido Valente (VPV), comentador nobre do jornal Público, concedeu
uma entrevista ao émulo Diário de Notícias, que a publicou na edição de hoje.
Esta "promiscuidade" parlatória deve-se ao facto de VPV ter reeditado o livro
"A Revolução Liberal". Claro que podia parlar para o Público e mostrar lealdade
aos leitores habituais, bem como ao director, José Manuel Fernandes. Mas VPV
já não está para manter compromissos, diz que está velho, tem 66 anos, e a sua
"vida está mais ou menos cumprida e não tem ambições". Certo. Mas a mim o
que me impressiona, nesta entrevista, é ver a incapacidade que VPV tem para
auscultar, sentir e compreender o "tempo que passa". Prefere escrever sobre o
passado, para aqueles que "estão interessados em saber porque é que problemas
tão antigos continuam a existir actualmente". Daí a reedição de os "Devoristas",
ou "A Revolução Liberal" de 1834/1836)... "Foi nesta altura que se criou a
concepção do Estado-Providência que ainda vigora" -- afirma VPV sem nos
dizer se foi em Portugal ou na Alemanha que nasceu o "Estado-Providência"...

"Estradas" do Nepal, na região de Mustang, junto à fronteira do Tibete.
Este país só abriu as suas fronteiras a estrageiros há cerca de 15 anos.
O que me impressiona, e me confunde, é o desprezo com que VPV trata
os outros, e a sua incapacidade de "analisar" os factos do dia-a-dia... Então
de que fala um "fazedor de opinião", sempre que escreve num jornal? Escreve
apenas histórias passadas? Mas o importante é o tempo que passa, e é sobre
a "hora que passa" que os analistas e comentadores devem pensar e opinar.
Se VPV não tem estro para se debruçar sobre os problemas da actualidade,
para que escreve ele num jornal, como sendo um "fazedor de opinião"?
Perguntaram a VPV se acredita na Ota e no TGV: "Isso é uma matéria de fé...
São obras necessárias mas quando e como não sei dizer" -- respondeu VPV.
... Fumou 12 cigarros, fumegou por todos os poros e não foi capaz de falar
abertamente sobre a crise da Câmara de Lisboa: "Isso é lá com Carmona..."
- Terá o PSD em Lisboa um resultado igual ao da Madeira? -- perguntou o
jornalista. "Não sei só me pronuncio sobre o que aconteceu", respondeu VPV.
No final da entrevista, o historiador VPV teve um relâmpago que o levou
a debitar alguma sabedoria. À pergunta "A situação nacional é sufuciente para
o inspirar [a escrever] todas as semanas?" , respondeu assim: "A realidade
é sempre forte para se escrever sobre ela. Nós é que nem sempre estamos
suficientemente atentos ou somos suficientemente inteligentes para perceber
o que se deve escrever. Está tudo no saber ver".
Pronto, estou esclarecido: Por vezes, VPV, está desatento, não vê, não sabe
sobre o que escrever... Isto explica a nulidade de algumas das suas crónicas.

Cavernas de Drakmar, região de Mustang, no Nepal. Foram
descobertas recententemente, por um pastor que por ali andava.
Vasco Pulido Valente (VPV), comentador nobre do jornal Público, concedeu
uma entrevista ao émulo Diário de Notícias, que a publicou na edição de hoje.
Esta "promiscuidade" parlatória deve-se ao facto de VPV ter reeditado o livro
"A Revolução Liberal". Claro que podia parlar para o Público e mostrar lealdade
aos leitores habituais, bem como ao director, José Manuel Fernandes. Mas VPV
já não está para manter compromissos, diz que está velho, tem 66 anos, e a sua
"vida está mais ou menos cumprida e não tem ambições". Certo. Mas a mim o
que me impressiona, nesta entrevista, é ver a incapacidade que VPV tem para
auscultar, sentir e compreender o "tempo que passa". Prefere escrever sobre o
passado, para aqueles que "estão interessados em saber porque é que problemas
tão antigos continuam a existir actualmente". Daí a reedição de os "Devoristas",
ou "A Revolução Liberal" de 1834/1836)... "Foi nesta altura que se criou a
concepção do Estado-Providência que ainda vigora" -- afirma VPV sem nos
dizer se foi em Portugal ou na Alemanha que nasceu o "Estado-Providência"...

"Estradas" do Nepal, na região de Mustang, junto à fronteira do Tibete.
Este país só abriu as suas fronteiras a estrageiros há cerca de 15 anos.
O que me impressiona, e me confunde, é o desprezo com que VPV trata
os outros, e a sua incapacidade de "analisar" os factos do dia-a-dia... Então
de que fala um "fazedor de opinião", sempre que escreve num jornal? Escreve
apenas histórias passadas? Mas o importante é o tempo que passa, e é sobre
a "hora que passa" que os analistas e comentadores devem pensar e opinar.
Se VPV não tem estro para se debruçar sobre os problemas da actualidade,
para que escreve ele num jornal, como sendo um "fazedor de opinião"?
Perguntaram a VPV se acredita na Ota e no TGV: "Isso é uma matéria de fé...
São obras necessárias mas quando e como não sei dizer" -- respondeu VPV.
... Fumou 12 cigarros, fumegou por todos os poros e não foi capaz de falar
abertamente sobre a crise da Câmara de Lisboa: "Isso é lá com Carmona..."
- Terá o PSD em Lisboa um resultado igual ao da Madeira? -- perguntou o
jornalista. "Não sei só me pronuncio sobre o que aconteceu", respondeu VPV.
No final da entrevista, o historiador VPV teve um relâmpago que o levou
a debitar alguma sabedoria. À pergunta "A situação nacional é sufuciente para
o inspirar [a escrever] todas as semanas?" , respondeu assim: "A realidade
é sempre forte para se escrever sobre ela. Nós é que nem sempre estamos
suficientemente atentos ou somos suficientemente inteligentes para perceber
o que se deve escrever. Está tudo no saber ver".
Pronto, estou esclarecido: Por vezes, VPV, está desatento, não vê, não sabe
sobre o que escrever... Isto explica a nulidade de algumas das suas crónicas.

Cavernas de Drakmar, região de Mustang, no Nepal. Foram
descobertas recententemente, por um pastor que por ali andava.
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