2007/05/22

 
ALENTEJO...

Longe vão os tempos em que o Alentejo era sinónimo de seca e pobreza.
Hoje, felizmente, o Alentejo está na rota do progresso, sem que a riqueza das
suas tradições e costumes tenham ficado de lado. Neste momento o Alentejo
está a ser procurado por investidores e turistas que, atraídos pela imensidão
da suas planícies, pela beleza das suas vilas e cidades, pela variedade e riqueza
da sua gastronomia e dos seus vinhos, ali chegam e se deixam apaixonar por
aquela região e pela bondade das suas gentes.

Onde dantes só havia trigo, existe agora videiras, oliveiras, agropecuária de
montado, e água que irá chegar a todo o lado graças à barragem do Alqueva,
um mar de água doce com 250 quilómetros de extensão. É o maior lago artificial
da Europa. Esta barragem, que inicialmente tinha apenas uma "entrada", (na
localidade de Alqueva), já tem, neste momento, meia dúzia de acessos. Um
deles na Amieira, com uma Marina apetrechada com barcos para aluguer, mas
ainda em construção no que toca a hoteis, restaurantes, parqueamento para
carros, etc. Mas não tarda que outras Marinas sejam implementadas.

Ninguem pode prever como vai ser a vida nos subúrbios da barragem,
daqui por 10 ou 20 anos. Porque os "planos directores" são vagos e a iniciativa
privada está agora a instalar-se, mas tudo leva a crer que, daqui por 20 anos,
o Alqueva seja a maior atracção turística dos desportos náuticos da Europa...
A EDIA, o Governo e as autarquias da região vão ter graves problemas com
o desenvolvimento envolvente do enorme lago -- caso não haja delimitações
quanto à construção de aldeamentos, moradias, hoteis e locais de acesso às
águas da barragem... Neste momento já se vê muita gente a praticar esqui
aquático, e os "loucos" por este desporto podem transformar as marinas num
inferno. A pesca desportiva tambem precisa ser regulamentada.

Outra riqueza do Alentejo, é a carne de porco alentejano... Não confundir
com o "porco preto", nem com "pata preta". É que os espanhois vêm comprar
100/200 porcos alentejanos, levam-nos para Espanha -- onde têm mais uns
5/10 mil porcos criados a ração, e depois vendem tudo como sendo "pata preta".
A carne de porco alentejano está certificada, e só deve ser comprada desde
que tenha o selo DOP (denominação de origem da produção). Posso afirmar,
por experiência própria, que o presunto de porco alentejano -- criado a bolota,
em montados, ao ar livre -- é uma delícia e não tem comparação com qualquer
outro, designadamente o chamado "pata preta"... É um lôgro. Nem aconselho
a ninguem falar no "pata preta" a um alentejano. Como disse um agrónomo da
Associação de Produtores de Porco Alentejano (APPA), "pata preta" é coisa
de ovnis, não existe... O que existe é porco alentejano, criado em montados.
No que respeita a porco, é caso para dizer que, de Espanha nem bom vento
nem presunto... Este caso é sério, e os alentejanos vão defender-se...

No Alentejo a Natureza revela-se em todo o seu esplendor e beleza.





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