2007/04/01
A HERANÇA...
Portugal é um país democrático, mas ainda conserva todos os tiques do
provincianismo salazarento. Esta herança do Botas é pesada, e vai levar uma
ou duas gerações para que seja ultrapassada e esquecida. Falhámos a reforma
do Estado, da justiça e dos costumes. Já aqui falei das "cunhas" e do nepotismo.
Hoje, e a propósito dos "engenheiros civis", venho falar do país onde os cidadãos
são catalogados por "senhor doutor", "senhor engenheiro", "senhor arquitecto".
Do país provinciano onde os cidadãos são avaliados pelo "canudo" e não pela
sua competência e honestidade; do país bicéfalo e dual na forma de classificar
os cidadãos que trabalham e têm uma carreira profissional. É urgente proceder
a um estudo sociológico, a fim de clarificar as relações interpessoais (sejam elas
de trabalho, em fóruns de discussão, da vida pública ou privada), para evitar o
seguinte: se tratamos fulano por "senhor engenheiro" ou "senhor doutor", então
como devemos tratar o trolha, o pedreiro, o pescador, o alpinista, o futebolista,
o hoteleiro, o cavador, o jardineiro, o suinocultor?... Como proceder? Devemos,
à semelhança do "senhor doutor", aplicar o "senhor pedreiro", "senhor trolha",
"senhor alpinista", "senhor suinocultor", "senhor estudante", "senhor barbeiro",
"senhor limpa-chaminés", "senhor escriturário", "senhor vanilóquio"?...
Areia prós olhos... Ciclista a caminho do trabalho, usando máscara de
protecção contra as tempestades de poeira que têm assolado a cidade
de Lanzhou, na China. Nos últimos dias tambem Pequim foi atingida.
Neste país de "canudos" não há coerência nem equidade nas relações
interpessoais. O Botas, para manter o país submisso, criou as "corporações",
que ainda perduram. O "canudo" dos "senhores doutores" valia para dividir
o povo, e submeter a arraia miuda às corporações. O povo temia e obdecia.
Estava tudo compartimentado, classificado, e o povo nem chegava a ter total
abertura para ver e sentir o país. O angulo de visão era curto, e deformado,
já que era visto através do "canudo"... Não dava para um olhar abrangente.
Resumindo: que se mantenha o adjectivo qualificativo de "Dr., Engº. ou Arqº."
apenas na vida académica -- longe do povo e da realidade do tempo que passa.
E tratem-se os cidadãos, em termos de igualdade, por "senhor A, B ou C".
Como fazem os ingleses, os norte-americanos, os canadianos, os alemães...
"Green China Day"... Hu Jintao (C), presidente da República Popular
da China, de pá na mão, plantando uma das 5.000 árvores que neste dia
foram plantadas em cada uma das 20 principais cidades da China...
São esperadas a aderir ao "Dia da China Verde" mais cidades, para
que se cumpra o programa destinado a combater a desertificação do
país, evitar a erosão do solo, e acabar com as tempestadas de areia.
Portugal é um país democrático, mas ainda conserva todos os tiques do
provincianismo salazarento. Esta herança do Botas é pesada, e vai levar uma
ou duas gerações para que seja ultrapassada e esquecida. Falhámos a reforma
do Estado, da justiça e dos costumes. Já aqui falei das "cunhas" e do nepotismo.
Hoje, e a propósito dos "engenheiros civis", venho falar do país onde os cidadãos
são catalogados por "senhor doutor", "senhor engenheiro", "senhor arquitecto".
Do país provinciano onde os cidadãos são avaliados pelo "canudo" e não pela
sua competência e honestidade; do país bicéfalo e dual na forma de classificar
os cidadãos que trabalham e têm uma carreira profissional. É urgente proceder
a um estudo sociológico, a fim de clarificar as relações interpessoais (sejam elas
de trabalho, em fóruns de discussão, da vida pública ou privada), para evitar o
seguinte: se tratamos fulano por "senhor engenheiro" ou "senhor doutor", então
como devemos tratar o trolha, o pedreiro, o pescador, o alpinista, o futebolista,
o hoteleiro, o cavador, o jardineiro, o suinocultor?... Como proceder? Devemos,
à semelhança do "senhor doutor", aplicar o "senhor pedreiro", "senhor trolha",
"senhor alpinista", "senhor suinocultor", "senhor estudante", "senhor barbeiro",
"senhor limpa-chaminés", "senhor escriturário", "senhor vanilóquio"?...
Areia prós olhos... Ciclista a caminho do trabalho, usando máscara de
protecção contra as tempestades de poeira que têm assolado a cidade
de Lanzhou, na China. Nos últimos dias tambem Pequim foi atingida.
Neste país de "canudos" não há coerência nem equidade nas relações
interpessoais. O Botas, para manter o país submisso, criou as "corporações",
que ainda perduram. O "canudo" dos "senhores doutores" valia para dividir
o povo, e submeter a arraia miuda às corporações. O povo temia e obdecia.
Estava tudo compartimentado, classificado, e o povo nem chegava a ter total
abertura para ver e sentir o país. O angulo de visão era curto, e deformado,
já que era visto através do "canudo"... Não dava para um olhar abrangente.
Resumindo: que se mantenha o adjectivo qualificativo de "Dr., Engº. ou Arqº."
apenas na vida académica -- longe do povo e da realidade do tempo que passa.
E tratem-se os cidadãos, em termos de igualdade, por "senhor A, B ou C".
Como fazem os ingleses, os norte-americanos, os canadianos, os alemães...
"Green China Day"... Hu Jintao (C), presidente da República Popular
da China, de pá na mão, plantando uma das 5.000 árvores que neste dia
foram plantadas em cada uma das 20 principais cidades da China...
São esperadas a aderir ao "Dia da China Verde" mais cidades, para
que se cumpra o programa destinado a combater a desertificação do
país, evitar a erosão do solo, e acabar com as tempestadas de areia.
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