2007/03/21

 
OTA EM DIA...

Trinta anos de estudos sobre um novo aeroporto para Lisboa levaram à
escolha de tres locais: Rio Frio, Montijo e Ota. Nestes trinta anos muita coisa
mudou, e as opções acabaram por reduzir-se à Ota... Numa altura em que a
economia portuguesa dá sinais de crescimento, e quando a redução do défice
abaixo dos 3 por cento está a ser conseguida, eis que todos aparecem a pedir
a "redução de impostos" -- e negarem a viabilidade da construção do NAER,
porque este projecto vai ajudar ao arranque da economia, do investimento
público e da modernização do país. E isto não serve os interesses partidários
do PSD nem do CDS/PP. Portanto, a estratégia destes partidos, é reclamarem
a "redução de impostos" e não o "arranque do investimento público". Foi isto
que ficou claro nas interpelações de hoje ao Governo, em S. Bento.

Aeroporto Internacional de Toronto, construido no lago Ontário, no
Canadá, em condições técnicas muito difíceis, mas seguro e eficaz...


Tenho ouvido e lido as vozes contra a Ota. Sabemos que a Ota não é o local
ideal (mas na região de Lisboa não há alternativa), sabemos que o terreno não
é o mais enxuto nem o mais alisado, mas tambem sabemos que a engenharia
hoje tem solução para todos os problemas. E sabemos que a nossa engenharia
tem competências, pergaminhos e know-how em grandes obras de públicas.
Prova disso é o sucesso das nossas empresas de construção no mercado europeu,
americano, asiático e africano... O arranque da Ota está ofuscado por interesses
políticos, eleitorais e partidários. Inicialmente os contestatários ligavam a Ota
ao TGV, mas a necessidade de ligar Portugal à rede europeia da grand vitesse
fez com que o TGV ficasse esquecido. Todavia, o projecto do TGV, é muito mais
dispendioso, e, se não incorporar o escoamento de mercadorias, pode vir a ser
um "elefante branco"... Todavia os interesses partidários são cegos, e como o
Governo, até final do ano, vai lançar o concurso international para a construção
do NAER na Ota, a oposição ataca o Governo, mordendo-o, e prejudica o país.

Aeroporto Internacional de Kansai, construido em águas da baía
de Osaka, tem tido um desempenho excelente, e nem sequer foi
afectado pelo terramoto que arrasou Kobe, em 1995, (a cerca de
40 kms de distância) nem pelo tufão de 1998 que se abateu sobre
Osaka, com ventos ciclónicos que sopraram a 180 kms/hora...


Os contestatários não querem o NAER na Ota, afirmando que os terrenos
são alagadiços, e dizem que não há espaço para uma futura ampliação do mesmo,
daqui por 20 ou trinta anos. Falam até da impossibilidade de construir mais do
que uma pista, devido à orografia daquela região. Parece que o grande problema,
é a existência de uma serra (?), que pode causar problemas aos aviões durante
as manobras de aterragem ou de descolamento... Estas questões, têm solução.
A engenharia de hoje tem soluções para todos os problemas. A menos que estas
questões sejam colocadas, exclusivamente, em termos de custo/benefício, mas
sendo verdade que, num raio de 50 kms à volta de Lisboa, não existem terrenos
disponíveis -- como poderemos optar por outra solução?... E porquê, só agora,
foram despoletadas estas questões, quando já no governo de Durão Barroso
se optou pela Ota e se calendarizou a construção do NAER naquele local?...

Engenharia audaciosa... Índio da tribo de Hualapai invoca os espíritos
para protecção do SkyWalk, espécie de miradouro sobre o Grand Canyon.
Construido em vidro, e em forma de U, a cerca de 1220 metros de altura
sobre o rio Colorado, pode suportar o peso de 800 pessoas e ventos soprando
a 160 kms. Não é aconselhado a quem tenha vertigens. Construido em terra
de índios, onde há muita pobreza, metade das receitas irão para os Hualapai.





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