2007/03/16

 
A FOTO DOS AÇORES...

Faz hoje quatro anos que George Bush, Tony Blair e Jose Maria Aznar, se
reuniram a meio do Atlântico, na base aérea dos Açores, para acertarem a data
da invasão do Iraque. Serviu de cicerone, José Manuel Durão Barroso, que era
o primeiro-ministro de Portugal. Todos eles afirmavam ter visto as provas da
existência de "armas de destruição em massa" no Iraque. Todos eles tinham
ideia dos negócios que iam ser feitos. A Portugal terão garantido bons negócios
durante a reconstrução das cidades arrasadas pela aviação americana... Havia
muito para facturar. Era uma oportunidade excepcional para Portugal sair da
crise económica -- dizia Durão Barroso, para justificar o seu apoio á guerra...
Todos sabemos como tem sido: a guerra ainda não acabou e as promessas que
fizeram às nossas empresas de construção nunca vão ser cumpridas. Perdemos
todos os laços com o povo iraquiano. A nossa embaixada em Bagdade, fechou.

A invasão do Iraque tornou-se num atoleiro para os americanos.
Para os iraquianos, tornou-se no lugar mais perigoso do mundo...


A "foto dos Açores" continua a envergonhar o país que somos, um país
pacífico, com passado colonial, mas tolerante com os diferentes povos e com
as suas religiões. Na história do nosso Império não encontramos verdadeiras
"cruzadas" contra os povos indígenas. Sempre toleramos a diferença e fomos
capazes de viver em paz... Nem sequer soubemos ou quizemos explorar as
riquezas imensas das colónias, afora o ouro do Brasil. Porque haveria Portugal,
no século XXI, de alinhar numa guerra que não tinha justificação, a não ser
para o Império (USA), carente e guloso das reservas petrolíferas iraquianas?
As "causas" que levaram à invasão do Iraque nunca foram credíveis, antes
pelo contrário, foram "apimentadas", truncadas, feitas à medida dos desejos
de George Bush... O "trio da guerra" -- Bush, Aznar, Blair -- está no inferno.
Aznar, já saiu de cena há muito; Blair, arruinou a sua carreira política, e vai
sair pela porta traseira, em Maio (se cumprir a palavra); Bush, o principal
cruzado, ainda temos que o aturar por ano e meio... Quanto ao cicerone da
Cimeira dos Açores, esse, foi compensado pelos serviços prestados à causa.

Quatro anos de guerra por causa do petróleo... Uma guerra brutal,
em que já morreram cerca de 650.000 iraquianos, e obrigou outros,
cerca de 2 milhões, a deslocarem-se de cidade em cidade... As baixas
do lado dos invasores, já ultrapassam os 3.500 mortos... Uma guerra
que trouxe ao mundo a insegurança e a banalização da morte...


CRUZES CANHOTO!...

Ruinas maias de Iximche, Tecpan, Guatemala... Sacerdotes maias
procedem à "purificação dos lugares visitados por George Bush", que
esteve no cimo desta pirâmide, e precisa ser exorcizada dos "espíritos
maus" deixados pelo presidente norte-americano...





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