2007/02/10

 
OS ORATES INDÍGENAS...

No Público de hoje, Vasco Pulido Valente vem dizer que, "os portugueses não
regulam bem da cabeça". Repare-se neste naco de prosa, escrito pelo historiador
de Paiva Couceiro, na sua análise sobre 'o mal dos portugueses': ".... o Presidente
da República pediu à Assembleia e ao Governo que legislassem não só contra o
tabagismo, mas tambem contra o consumo excessivo de álcool, a obesidade e
'estilos de vida sedentários'. [...] Não ocorreu com certeza a nenhum homem
público do Ocidente, em nenhuma época e em nenhum sítio, uma ideia deste
inexplicável teor". [...] O mal dos portugueses está em que manifestamente não
regulam bem da cabeça. E contra isso não há nada a fazer"-- especialmente com o
distraído e obsoleto "analista-comentador", Vasco Pulido Valente-- acrescento eu.

O historiador VPV vive no passado. Não acompanha o mundo no presente.
Daí que as suas "análises" sobre o quotidiano de hoje, se baseiem em ideias do
passado, em costumes de outrora. VPV não vive neste mundo, ignora o que está
a acontecer agora. Vejamos: a Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselha,
e a União Europeia emite directivas sobre a saúde pública, obrigando os estados
membros a transpor aquelas para a legislação local. Daí que, neste momento, o
nosso país esteja a ser pressionado para cumprir as normas sobre tabagismo em
locais públicos, legislação que em muitos países da UE já está em vigor há anos.
(O Vasco é um fumador inveterado, fundamentalista, não dispensa a sua beata).

VPV ignora, ou não quer saber, que a indústria de restauração está a ser
pressionada para limitar o excesso de açucar, sal e gordura na confecção dos
alimentos e na confeitaria. Isto vai obrigar os hoteis, restaurantes, bares e cafés
a darem formação ao pessoal que até agora confeccionava alimentos. A OMS e
a UE cuidam da saúde pública. Não é por recomendação do Presidente da República
que a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) está a zelar
pela saúde pública. Assim como não é o Presidente da República que "manda
reduzir o açucar, o sal e as gorduras" na confecção dos alimentos. Isto é uma
recomendação da OMS aos estados membros. E está provado, desde há muito,
que o uso excessivo daqueles tres produtos na alimentação humana, aumenta as
doenças cardio-vasculares, a obesidade, a tensão arterial, etc. Ora, nada disto
tem a ver com o regulamento, bom ou mau, da "cabeça" dos portugueses. A não
ser daqueles que, de há muito, tenham problemas de saúde mental... E não se
apercebem da doença que os vai minando, e os vai deixando para trás...
(E disse o MEC, com sinceridade: "quem escreve para os jornais, já
vai assumindo que muitas vezes, o que se escreve, é uma merda...").

Num dos jardins de St. Louis, nos EUA, o repuxo de água congelou, devido
às baixas temperaturas e ao frio polar que se abateu sobre aquela região...





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