2007/02/13
LER OS OUTROS...
"O Código Deontológico e Disciplinar da OM não pode replicar o da associação dos
médicos católicos. Os médicos contrários à legalização da IGV podem seguramente
invocar o direito à objecção de consciência, mas não devem poder faze-lo com base
numa disposição deontológica sectária imposta a toda a gente. Como instituições
públicas que são, as ordens profissionais não podem considerar profissionalmente
ilícito aquilo que a lei explicitamente considera lícito. É tempo de desconfessionalizar
e de 'des-salazarar' a Ordem dos Médicos". (Vital Moreira in Espaçopúblico, hoje).
"... temos um novo ícone da singularidade lusa: o professor Marcelo.
Como bem se percebe, o professor Marcelo nada tem a ver com o cidadão Marcelo
Rebelo de Sousa. O professor Marcelo não é uma pessoa. É um posto. O professor
Marcelo, essa espécie de holograma que ora nos narra tudo o que fez nos últimos
sete dias [...] ora nos enreda nas voltas e contravoltas do seu raciocínio tão narcísico
quanto hiperactivo. [...] O professor Marcelo usa as palavras como outros deitam
cartas. Mais do que o explicador de Portugal ao povo e às crianças, ele é o grande
ilusionista da nação". (Helena Matos in Pingue-Pongue no Público de hoje.)
O ABALO SÍSMICO...
"Estava ainda deitada, a cama é de ferro e abanou inteira durante uns
segundos largos. [...] Antes disso, ouvi um som de vento muito forte, assim
como vapor a sair de uma chaleira. Já senti vários abalos ao longo da vida e, não sei
porquê, não é receio que sinto, é alívio. Como se algo precisasse esvaziar para voltar
a encher". (Manuela, de Lagos, in Público de hoje, na secção O que eles sentiram).
2 IMAGENS...
Na edição de hoje, o Público apresenta duas fotografias impressionantes.
A primeira está estampada no rosto do jornal. Mostra bem a dor, o desespero
e a raiva do povo iraquiano, impotente para travar a "festiva carnificina" que
diáriamente atinge centenas de pessoas... Como se a "vida humana" daquele
povo não tivesse valor, fosse carne para canhão, ou um negócio de açougueiro.
Ontem morreram 74 civis, e ficaram feridos mais de 140... Não há lugar no
mundo mais perigoso do que o Iraque. Aquilo é o Inferno...
A segunda fotografia, aparece na secção Mundo. É uma imagem pungente,
de mutismo e desalento perante o fracasso de uma viagem... E viagem por mar.
Eram cerca de 400, vinham para o "paraíso europeu", a bordo do Marine I.
O barco parou em águas internacionais, por falha dos motores, perto do Senegal.
Depois a Marinha espanhola encarregou-se de os levar para a Mauritânia, e assim
se gorou o sonho dos imigrantes. Ficaram mais pobres, mais endividados, e sem
esperança de voltarem a "tentar o salto" para entrarem no "paraíso europeu".
"O Código Deontológico e Disciplinar da OM não pode replicar o da associação dos
médicos católicos. Os médicos contrários à legalização da IGV podem seguramente
invocar o direito à objecção de consciência, mas não devem poder faze-lo com base
numa disposição deontológica sectária imposta a toda a gente. Como instituições
públicas que são, as ordens profissionais não podem considerar profissionalmente
ilícito aquilo que a lei explicitamente considera lícito. É tempo de desconfessionalizar
e de 'des-salazarar' a Ordem dos Médicos". (Vital Moreira in Espaçopúblico, hoje).
"... temos um novo ícone da singularidade lusa: o professor Marcelo.
Como bem se percebe, o professor Marcelo nada tem a ver com o cidadão Marcelo
Rebelo de Sousa. O professor Marcelo não é uma pessoa. É um posto. O professor
Marcelo, essa espécie de holograma que ora nos narra tudo o que fez nos últimos
sete dias [...] ora nos enreda nas voltas e contravoltas do seu raciocínio tão narcísico
quanto hiperactivo. [...] O professor Marcelo usa as palavras como outros deitam
cartas. Mais do que o explicador de Portugal ao povo e às crianças, ele é o grande
ilusionista da nação". (Helena Matos in Pingue-Pongue no Público de hoje.)
O ABALO SÍSMICO...
"Estava ainda deitada, a cama é de ferro e abanou inteira durante uns
segundos largos. [...] Antes disso, ouvi um som de vento muito forte, assim
como vapor a sair de uma chaleira. Já senti vários abalos ao longo da vida e, não sei
porquê, não é receio que sinto, é alívio. Como se algo precisasse esvaziar para voltar
a encher". (Manuela, de Lagos, in Público de hoje, na secção O que eles sentiram).
2 IMAGENS...
Na edição de hoje, o Público apresenta duas fotografias impressionantes.
A primeira está estampada no rosto do jornal. Mostra bem a dor, o desespero
e a raiva do povo iraquiano, impotente para travar a "festiva carnificina" que
diáriamente atinge centenas de pessoas... Como se a "vida humana" daquele
povo não tivesse valor, fosse carne para canhão, ou um negócio de açougueiro.
Ontem morreram 74 civis, e ficaram feridos mais de 140... Não há lugar no
mundo mais perigoso do que o Iraque. Aquilo é o Inferno...
A segunda fotografia, aparece na secção Mundo. É uma imagem pungente,
de mutismo e desalento perante o fracasso de uma viagem... E viagem por mar.
Eram cerca de 400, vinham para o "paraíso europeu", a bordo do Marine I.
O barco parou em águas internacionais, por falha dos motores, perto do Senegal.
Depois a Marinha espanhola encarregou-se de os levar para a Mauritânia, e assim
se gorou o sonho dos imigrantes. Ficaram mais pobres, mais endividados, e sem
esperança de voltarem a "tentar o salto" para entrarem no "paraíso europeu".
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