2006/12/26
PÓS-NATAL...
Este tem sido um ano difícil para a maioria dos portugueses. Mas quem andou,
nos últimos dias pelos centros comerciais, terá ficado com a sensação de que tudo
vai bem neste país. As pessoas amontoavam-se, em filas ou desordenadamente,
para comprar as "prendas de Natal". Dinheiro, parecia ser coisa que não faltava a
ninguem, mas a realidade é bem diferente. No dia 22 a imprensa informava que
os portugueses, gastavam 6 milhões de euros em compras, a cada hora do dia...
Para um país em crise, onde todos se queixam das medidas tomadas pelo Governo,
parece um paradoxo. Mas não é, porque o "consumismo" já se tornou moda para
grande parte dos portugueses. Quando chega o Natal, gastam o que têm e o que
esperam ter nos próximos meses... Em vez de dinheiro, utilizam o cartão de crédito.
Empurram o presente para o futuro, gastam aquilo que ainda não ganharam. Não
resistem ao apelo do "mercado", à moda que passa, e ao "espírito de Natal"...
Harmattan, vento quente e seco que sopra no Sahara entre
Dezembro e Março, causa devastação e nuvens de areia fina.
Claro que os lojistas, os chinocas e as grandes superfícies, agradecem. Eles
apelam ao consumo, com sucesso. E, na quadra natalícia, contam facturar grande
volume de negócios, para compensar os meses de menor actividade. O Governo
tambem agradece, porque o equilíbrio orçamental do ano corrente, depende muito
do consumo privado; quanto mais consumirmos, mais impostos recebe o Estado...
Graças ao crédito, toda a gente fica satisfeita: os consumidores compram agora e
pagam depois; os comerciantes conseguem vender as mercadorias; os bancos têm
mais lucros, através dos juros cobrados; e o Estado consegue receber mais impostos,
graças aos gastos dos consumidores... Para estes, o pior, está para vir, no futuro...
Com o aumento das taxas de juro, todo o crédito é agravado. Se hoje a vida de muitos
portugueses já é dificil, com o futuro hipotecado, ainda vai ser mais dificil. O uso do
cartão de crédito, é uma caução para "gastarmos" agora, aquilo que ainda não é...
Agadez... Mulher tuaregue passa frente a edifício feito de lama.
Nestes dias, fala-se muito do "espírito natalício", um sentimento fraternal,
que nos invade e nos torna mais sensíveis à bondade inerente à pessoa humana,
e que nós, ao longo do ano, relegamos para o baú do nosso inconsciente. Seria bom
que o "espírito natalício" se manifestasse todos os dias, em todos os nossos actos,
sempre em consciência... Se disso não estivermos conscientes, não damos por nada.
Até chegar o próximo Natal. A origem dos nossos erros, é não usarmos a consciência.
Fazemos tudo mecânicamente, somos autênticos robôs... Ao menor deslize, falhamos.
Duas explosões em Bagdade, causaram hoje 25 mortos e deixaram
feridos cerca de 60 civis... Coisa banal, acontece todos os dias, e já
não comove ninguem. É o Inferno, para o povo iraquiano. Nem os
"media" se comovem. De manhã, a Al-Jazeera, a Folha de S. Paulo
e a CNN on-line davam conta, mas com o evoluir da notícia de uma
explosão de pipe-lines petrolíferos na Nigèria, que refere 300/500
mortos, a carnificina de Bagdade foi "deletada" das páginas on-line...
O Natal é uma festa cristã, mas tambem o é para os muçulmanos.
Este tem sido um ano difícil para a maioria dos portugueses. Mas quem andou,
nos últimos dias pelos centros comerciais, terá ficado com a sensação de que tudo
vai bem neste país. As pessoas amontoavam-se, em filas ou desordenadamente,
para comprar as "prendas de Natal". Dinheiro, parecia ser coisa que não faltava a
ninguem, mas a realidade é bem diferente. No dia 22 a imprensa informava que
os portugueses, gastavam 6 milhões de euros em compras, a cada hora do dia...
Para um país em crise, onde todos se queixam das medidas tomadas pelo Governo,
parece um paradoxo. Mas não é, porque o "consumismo" já se tornou moda para
grande parte dos portugueses. Quando chega o Natal, gastam o que têm e o que
esperam ter nos próximos meses... Em vez de dinheiro, utilizam o cartão de crédito.
Empurram o presente para o futuro, gastam aquilo que ainda não ganharam. Não
resistem ao apelo do "mercado", à moda que passa, e ao "espírito de Natal"...
Harmattan, vento quente e seco que sopra no Sahara entre
Dezembro e Março, causa devastação e nuvens de areia fina.
Claro que os lojistas, os chinocas e as grandes superfícies, agradecem. Eles
apelam ao consumo, com sucesso. E, na quadra natalícia, contam facturar grande
volume de negócios, para compensar os meses de menor actividade. O Governo
tambem agradece, porque o equilíbrio orçamental do ano corrente, depende muito
do consumo privado; quanto mais consumirmos, mais impostos recebe o Estado...
Graças ao crédito, toda a gente fica satisfeita: os consumidores compram agora e
pagam depois; os comerciantes conseguem vender as mercadorias; os bancos têm
mais lucros, através dos juros cobrados; e o Estado consegue receber mais impostos,
graças aos gastos dos consumidores... Para estes, o pior, está para vir, no futuro...
Com o aumento das taxas de juro, todo o crédito é agravado. Se hoje a vida de muitos
portugueses já é dificil, com o futuro hipotecado, ainda vai ser mais dificil. O uso do
cartão de crédito, é uma caução para "gastarmos" agora, aquilo que ainda não é...
Agadez... Mulher tuaregue passa frente a edifício feito de lama.
Nestes dias, fala-se muito do "espírito natalício", um sentimento fraternal,
que nos invade e nos torna mais sensíveis à bondade inerente à pessoa humana,
e que nós, ao longo do ano, relegamos para o baú do nosso inconsciente. Seria bom
que o "espírito natalício" se manifestasse todos os dias, em todos os nossos actos,
sempre em consciência... Se disso não estivermos conscientes, não damos por nada.
Até chegar o próximo Natal. A origem dos nossos erros, é não usarmos a consciência.
Fazemos tudo mecânicamente, somos autênticos robôs... Ao menor deslize, falhamos.
Duas explosões em Bagdade, causaram hoje 25 mortos e deixaram
feridos cerca de 60 civis... Coisa banal, acontece todos os dias, e já
não comove ninguem. É o Inferno, para o povo iraquiano. Nem os
"media" se comovem. De manhã, a Al-Jazeera, a Folha de S. Paulo
e a CNN on-line davam conta, mas com o evoluir da notícia de uma
explosão de pipe-lines petrolíferos na Nigèria, que refere 300/500
mortos, a carnificina de Bagdade foi "deletada" das páginas on-line...
O Natal é uma festa cristã, mas tambem o é para os muçulmanos.
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