2006/12/12

 
PARAR...

A poucos dias do final de ano, quando o Inverno está a chegar, e num mes em
que a agenda está carregada de encontros, almoços e jantares festivos, não resta
tempo para "olhar à nossa volta", para observar o caudal da informação. Ela chega
através da imprensa, das televisõe e das rádios -- na hora -- mas tambem via PC,
notebook, iPod, PDA e telemóvel. A informação chega a casa, ao combóio, ao metro,
é captada no ar, debaixo de água, no automóvel. Chega-nos de Paris, de Moscovo, de
Pequim, de Sidney, de Ancorage, de Toronto, de Brasília, Valparaíso, Pretória, Sana,
Cairo ou Telavive. Em permanência, dia e noite, a qualquer dia e qualquer hora...

Continuam os Jogos Asiáticos, no Qatar, com a China a ganhar ouro...

Por cá, já cheira a Natal. Entramos em descompressão... Preparamo-nos para
fazer o balanço do ano, para avaliar a quantidade e a qualidade dos objectivos que
tinhamos programado. Todavia a corrente do rio segue o seu curso, assim como a
vida das pessoas deste país. O livro da Carolina já esgotou, e poderá tornar-se num
best-seller que fará inveja a Santana Lopes e outros auto-biografados... A Operação
Trovão continua a incomodar os faltosos, e o Apito Dourado pode vir a ter segunda
edição, com maior profundidade e sem bufos a quebrar o segredo das investigações.
O submundo do futebol precisa de uma desinfestação, a exemplo da Itália e Espanha.
Outro tanto para as obras públicas, em negócios de empreiteiros e edis. No Funchal,
o "senhor Jardim" está a perder protagonismo circense, graças ao livro da Carolina.
Mas em 2007, os dirigentes sindicais da PSP ameaçam com o "passeio de autocarro"
pelas ruas de Lisboa, provocando o caos e o desalinho no trânsito de Lisboa, levando
a que, mais uma vez, o "senhor Jardim" deixe de ser o mais entrevistado das tevês.

Árvore de Natal em Varsóvia, frente ao Palácio da Cultura (soviética)...

Lá por fora, continua agravar-se a "guerra civil" no Iraque, onde hoje se registou
mais uma carnificina sectária. Em Bagdade, duas bombas em carros armadilhados,
mataram 57 civis e feriram mais de 150... Mais do que democracia, os iraquianos
precisam é de paz e concórdia, mas nem o país invasor nem os exportadores da
"democracia" conseguem resolver o problema. Entretanto, hoje, um alto funcionário
da Justiça iraquiana, disse que Saddam será executado num local secreto, logo que
o Tribunal Supremo iraquiano rejeite o apelo feito pelos advogados de Saddam. Mais
enxôfre para a fogueira... O report de Baker recomenda um entendimento com
Teerão e Damasco, a fim de por cobro ao "festim dos atentados", mas nem George
Bush nem Tony Blair querem engolir o sapo... Portanto a carnificina vai continuar,
indefinidamente, durante o ano de 2007 (não há "direitos humanos" para o Iraque).
Em 2007 vão saltar, borda fora, alguns aliados de Bush. A Polónia, que votou ao lado
de Bush, e mandou um grande contingente de soldados, está farta. Até porque Bush
não "agradeceu" aos polacos: não obriga a Rússia a comprar carne polaca, e muito
menos a vender gas a Varsóvia, ao preço do ex-COMECON... A Polónia faz como a
Geórgia: odeia a Rússia, entrou na UE e na Nato, mas queria que Putin continuasse
o "namoro", a comprar os excedentes da sua produção de carne, e a ter fornecimento
de gas a preços especiais, como no tempo do Pacto de Varsóvia... É cinismo, não é?

Em Bagdade a vida de cada um é feita no fio da navalha, diáriamente.

Depois da brincadeira dinamarquesa com as caricaturas de Maomé, chegou
agora a vez de Teerão realizar uma "conferência" sobre o Holocausto, para gáudio
dos "negacionistas" e para irritar Israel. É assim, em questões de fé, quem não se
dá ao respeito, é desrespeitado... Israel até nem foi dado nem achado na história da
publicação dos cartoons. Mas tambem não se demarcou. (Meninos, tenham juizo!).
Para acicatar os ânimos, a conferência de Teerão sobre o Holocausto, tem a presença
dos "negacionistas" Robert Faurisson e Georges Thiel (condenados pela justiça de
França), e do americano David Duque, membro do Ku Klux Klan, e ainda de Frederik
Toeben, australiano, que leva uma maqueta do campo de Treblinka para mostrar
que era impossivel ter havido naquele campo, instalações de fornos crematórios.

O "mentiroso" ditador já desapareceu... Com ou sem a benção papal...

N.B.- Ontem não postei, devido à jantarada em S. Pedro do Estoril, onde reunimos
seis grandes amigos para desgustar a "posta mirandesa", uma carne muito saborosa.
O vinho foi uma surpresa: Monte Perdigão, da lavra -- imagine-se!-- do ceo da PT,
Henrique Granadeiro. É um "Vinho Regional do Alentejo", mas muito bem cuidado.
Uma surpresa. Tem seis castas de uva, entre elas a Cabernet Sauvignon, a Merlot,
Syrah, eTrincadeira. Uma graduação de 13 graus por volume. Colheita de 2004.
Nunca julguei que o Granadeiro tivesse tão bom vinho. Ele que deixe a PT, e vá
tratar das uvas... É o meu conselho.





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