2006/11/17

 
PERCEPÇÕES...

Andava o "menino-guerreiro" na campanha de promoção da obra literária
Percepções e Ilusões que, pelo alarido dos nossos media é obra de alto gabarito,
quando a televisão balsemânica veio ofuscar as audiências da RTPública ao anunciar
uma entrevista com o PR, Professor Cavaco Silva, à mesma hora em que Judite de
Sousa entrevistava o narcizista Santana Lopes. Isto não se faz. É mais uma prova de
que o "menino-guerreiro" é considerado a "má-moeda" da política portuguesa. Mas
os nossos cândidos jornalistas ainda não perceberam isso, e continuam a provocar o
artista. Gostam de banalidades, da voz arrastada, da nulidade das suas ideias...

A maioria dos comentários à entrevista do PR, fica-se pelo ressabiamento, pela
falta de "novidades", pela cumplicidade existente entre o P-M e o PR. Eu penso que
a entrevista foi fútil, pobre e fraca de questões. Porque a jornalista Maria João
Avillêz não esteve à altura do entrevistado. Ninguem critica os entrevistadores,
como se eles fossem ininputáveis, sábios, senhores da verdade. Há muito que deixei
de "ouvir" a senhora jornalista Avilêz. Porque me cansa a sua voz de lixa, quase
sumida, como se tivesse levado um murro no estômago... A senhora Avillêz não tem
jeito para televisão. Em vez de interrogar e ouvir, gesticula com as mãos, joga com
as cartas que tem na mesa, com a esferográfica em riste... A única coisa serena, é o
seu empolado penteado, lacado para não fazer ondas. O formato e o estilo de M.J.
Avillêz é medíocre, serve apenas para figuras tipo "menino-guerreiro". Não serve
para entrevistar uma figura institucional, um PR com larga experiência académica,
com vasto conhecimento da política europeia e da governação deste país...

John Howard, primeiro-ministro da Austrália, fazendo "jogging" matinal
em Hanoi, Vietname, onde se encontra para a reunião da APEC. Se fosse o
nosso primeiro-ministro, José Sócrates, a canalha miúda diria que ele estava
a exibir-se... Próprio das mentalidades provincianas, e de quem não gosta de
ver-se descomposto, sem a "farda", nem as pantufas. Colarinhos engomados!


Tratar o senhor Presidente, por "o senhor", ou "você, é sintoma de superioridade,
de uma arrogância pacóvia. Nos EUA, em França ou em Itália, o cidadão eleito para
representar a Nação, é tratado por "senhor Presidente" , e não apenas por "você"
ou "o senhor"... Na entrevista, o PR apresentou-se simples, calmo, sem adereços.
Em contrapartida, a senhora Avilêz parecia falar de cátedra, gaguejava, citava
isto aquilo ao formular uma pergunta, "hã... hã... lembro-me hã... o senhor disse,
mas... hã... (mexe nas cartas (blocos de notas), gesticula, "hã... pois bem... hã..."
A jornalista MJ Avillêz precisa de ser reciclada, mas em televisão, nem brilha nem
deixa brilhar. "Hã... eu gostava, hã... pois, hã..." -- Seja concisa, trate da sua voz!
A entrevista ao Presidente Cavaco Silva, em vez de esclarecer os portugueses
com as questões importantes que lhe deviam ser colocadas, transformou-se em
tres-quartos de hora de show exibicionista e roufenho de quem o entrevistou, a
pensar nas audiências e no ego de artista principal, que se mira ao espelho...

George Bush e John Howard em Hanoi, num intervalo da assembleia
da APEC, para afinarem o calendário de saída das tropas do Iraque...

"Brothers in Armas", até vestem igual, fato e gravata da mesma côr...


Em Roma, sê romano... Bush, acompanhado do primeiro-ministro
australiano, John Howard, cumprimenta o presidente do Vietname.
"O Viet é um exemplo para nós não abandonarmos o Iraque", disse Bush....





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