2006/11/22
OS MILHÕES...
Neste país de cristãos, de pregadores evangelistas e de penitentes domingueiros,
que se dizem isentos de pecados, como a soberba, a ganância e a avareza, há muita
gente a empanturar-se de dinheiro, quando vai faltando a outros. Enquanto vamos
assistindo ao rol de "empresários" com dívidas ao Estado, à banca internacional, e
com provada fuga aos impostos, e a deslocação de activos para empresas fantasmas
sediadas em off-shores internacionais, chegam até nós ecos de carências gritantes
na ajuda aos refugiados da ACNUR... O Alto Comissariado das Nações Unidas para
os Refugiados, António Guterres, veio falar de duas iniciativas de apoio à reinserção
em Angola: a primeira para ensinar as crianças do Moxico a aprender português, e
a segunda para apoiar as famílias retornadas de agricultores. Para o primeiro caso,
16 euros, permitem que uma criança aprenda portugês; para o segundo caso, um
donativo de 94 euros, ajuda uma família de retornados a cultivar a terra...
Paquistão... Apreensão de obras de arte antiga contrabandeadas
para os Emiratos Árabes Unidos, na região do Golfo Pérsico...
O dinheiro é como a água, dá para todos, mas como os "avarentos" desviam
o curso do rio para proveito próprio, falta a água a outros... Vamos fazer contas ao
montante envolvido no processo de um dos "empresários" que agora diz não saber
onde foram parar 3,2 milhões de euros. Esta verba chegava para ajudar 200.000
crianças a aprender português, ou então podia servir de ajuda a mais de 34.000
famílias de agricultores... O que o avarento guardou com soberba, podia servir de
ajuda ao desenvolvimento de tanta gente!... A ideia do ACNUR, António Guterres,
é generosa, mas chega a ser irrealista, por exigir tão pouco dinheiro... Veio dizer-
nos que o orçamento para o ensino do português é de 34 mil euros! Inclui despesas
de recrutamento, formação e supervisão de professores, e ainda material escolar!...
Já o projecto agrícola, está avaliado em 47 mil euros, e compreende a compra de
sementes, a formação das famílias e o apoio à distribuição de produtos!... 81 mil
euros (pouco mais de 16 mil contos) podiam tornar tanta gente feliz, em África.
Este roqueiro esteve na Austrália a actuar e a dizer que é preciso fazer
alguma coisa por África... Sempre a propaganda, mas não me consta que
tenha doado nenhum do seu dinheiro... Pelo contrário, pede ao Estado
irlandês benefícios fiscais... mesmo assim, tem o dinheiro em off-shores.
Tem-se falado muito da banca nacional, a propósito do arredondamentos nos
juros, e tambem dos lucros trimestrais. Especulou-se sobre o BES, por ter sido
referenciado numa investigação em Madrid. Convém notar que o país necessita
de um sistema financeiro forte, e credível. A economia nacional não pode crescer
se a banca não estiver saudável. Como país pequeno, penso que nenhum banqueiro
nacional está interessado em negócios fora das normas bancárias internacionais.
Afinal os bancos envolvidos são espanhóis, e um francês. E são os maiores, a nível
europeu e mundial. Fala-se do BBVA, do BSCH e do PNP Paribas. Quanto à OPA
em curso, era bom que se concretizasse, para termos um banco com relevo no
sistema bancário ibérico e europeu. Estamos sujeitos a ser ultrapassados pelos
bancos espanhois, por integração ou por expansão de balcões. Os nossos bancos
não têm escala europeia. Espanha tem dois grandes bancos comerciais. O BBVA
e o BSCH, com sucursais em toda a américa latina, na Europa, EUA e Ásia. Ainda
agora o BBVA anunciou ter adquirido posições na China e em Hong-Kong...
"Aqui, neste extraordinário pedaço de deserto, é onde se joga o futuro da
segurança mundial no início do século XXI", disse Blair às tropas no Afganistão.
Neste país de cristãos, de pregadores evangelistas e de penitentes domingueiros,
que se dizem isentos de pecados, como a soberba, a ganância e a avareza, há muita
gente a empanturar-se de dinheiro, quando vai faltando a outros. Enquanto vamos
assistindo ao rol de "empresários" com dívidas ao Estado, à banca internacional, e
com provada fuga aos impostos, e a deslocação de activos para empresas fantasmas
sediadas em off-shores internacionais, chegam até nós ecos de carências gritantes
na ajuda aos refugiados da ACNUR... O Alto Comissariado das Nações Unidas para
os Refugiados, António Guterres, veio falar de duas iniciativas de apoio à reinserção
em Angola: a primeira para ensinar as crianças do Moxico a aprender português, e
a segunda para apoiar as famílias retornadas de agricultores. Para o primeiro caso,
16 euros, permitem que uma criança aprenda portugês; para o segundo caso, um
donativo de 94 euros, ajuda uma família de retornados a cultivar a terra...
Paquistão... Apreensão de obras de arte antiga contrabandeadas
para os Emiratos Árabes Unidos, na região do Golfo Pérsico...
O dinheiro é como a água, dá para todos, mas como os "avarentos" desviam
o curso do rio para proveito próprio, falta a água a outros... Vamos fazer contas ao
montante envolvido no processo de um dos "empresários" que agora diz não saber
onde foram parar 3,2 milhões de euros. Esta verba chegava para ajudar 200.000
crianças a aprender português, ou então podia servir de ajuda a mais de 34.000
famílias de agricultores... O que o avarento guardou com soberba, podia servir de
ajuda ao desenvolvimento de tanta gente!... A ideia do ACNUR, António Guterres,
é generosa, mas chega a ser irrealista, por exigir tão pouco dinheiro... Veio dizer-
nos que o orçamento para o ensino do português é de 34 mil euros! Inclui despesas
de recrutamento, formação e supervisão de professores, e ainda material escolar!...
Já o projecto agrícola, está avaliado em 47 mil euros, e compreende a compra de
sementes, a formação das famílias e o apoio à distribuição de produtos!... 81 mil
euros (pouco mais de 16 mil contos) podiam tornar tanta gente feliz, em África.
Este roqueiro esteve na Austrália a actuar e a dizer que é preciso fazer
alguma coisa por África... Sempre a propaganda, mas não me consta que
tenha doado nenhum do seu dinheiro... Pelo contrário, pede ao Estado
irlandês benefícios fiscais... mesmo assim, tem o dinheiro em off-shores.
Tem-se falado muito da banca nacional, a propósito do arredondamentos nos
juros, e tambem dos lucros trimestrais. Especulou-se sobre o BES, por ter sido
referenciado numa investigação em Madrid. Convém notar que o país necessita
de um sistema financeiro forte, e credível. A economia nacional não pode crescer
se a banca não estiver saudável. Como país pequeno, penso que nenhum banqueiro
nacional está interessado em negócios fora das normas bancárias internacionais.
Afinal os bancos envolvidos são espanhóis, e um francês. E são os maiores, a nível
europeu e mundial. Fala-se do BBVA, do BSCH e do PNP Paribas. Quanto à OPA
em curso, era bom que se concretizasse, para termos um banco com relevo no
sistema bancário ibérico e europeu. Estamos sujeitos a ser ultrapassados pelos
bancos espanhois, por integração ou por expansão de balcões. Os nossos bancos
não têm escala europeia. Espanha tem dois grandes bancos comerciais. O BBVA
e o BSCH, com sucursais em toda a américa latina, na Europa, EUA e Ásia. Ainda
agora o BBVA anunciou ter adquirido posições na China e em Hong-Kong...
"Aqui, neste extraordinário pedaço de deserto, é onde se joga o futuro da
segurança mundial no início do século XXI", disse Blair às tropas no Afganistão.
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