2006/11/12

 
NADA É ETERNO...

A propósito do XV Congresso do PS, realizado em Santarem, li e ouvi muitos
disparates sobre: "o que é ser de esquerda?", "será o PS de esquerda?", "temos
um governo de esquerda?", "será José Sócrates de esquerda", etc. Tudo isto, ao
fim e ao cabo, em nada contribui para o programa de reformas do Estado, nem a
modernização da mentalidade dos portugueses. A maior parte dos comentadores
fala como se o país estivesse parado, cristalizado nos "anos da brasa", em 1974 e
1975... Não se apercebem que o mundo está a mudar, a uma velocidade muito
rápida. Continuam a aceitar que os partidos comunistas da ex-URSS se tenham
adaptado às exigências, "às condições concretas" do mundo actual... Mas exigem
que o Partido Socialista continue a governar como se o mundo tivesse parado nas
décadas de 1960/1970. Criticam o PCP, por este partido continuar a defender
políticas do passado, um passado que já não existe (já não temos milhares de
operários metalúrgicos ou mineiros, nem camponeses assalariados, pequenos
comerciantes -- a vanguarda dos comunistas), mas argumentam que o PS deve
manter-se estático, parado no tempo, fiel às políticas do passado... Para estes,
o PS não deve renovar-se, modernizar-se, promover o crescimento económico,
lutar contra o despesismo, o desperdício de bens, e reduzir o quadro de pessoal.
Como se o Estado tivesse uma mina de oiro ou uns poços de petróleo, donde viria
riqueza sem fim... Opiniões avulsas e gratuitas, quando não de inveja e impotência.
Tal como a referência à votação que confirmou José Sócrates como líder do PS,
ao alcançar 98,6% dos votos... Uma eleição à norte-coreana, dizem os ressabiados.
Este comentário é injusto, e desvaloriza a ditadura de King Jong-Il...

O ressabiado Vasco (PV), esse abencerragem das croniquetas no Público,
vem hoje falar da "nova modernização", percebendo-se que o "indígena" (tal
como ele gosta de tratar os portugueses), embirra com os modernismos... Quando
os políticos falam em "modernizar", o Vasco tapa as orelhas para não ouvir José
Sócrates a discursar sobre a necessidade de modernizar o país. O Vasco, além de
estar desiludido, impotente e descrente, deixa adivinhar um pensamento retrógado,
anquilosado... Modernizar, modernizar é a palavra de ordem porque o que ontem
era, já hoje não o é... A modernidade, é mudança. E esta acontece todos os dias.
Nunca é demais falar em modernização, up-dating, up-grading... O Vasco, na
sua impotência, não compreende isto... Digam-lhe que a Microsoft continua a
"modernizar" o Windows XP -- mas já lançou no mercado o Windows Vista...
Quem precisa de um up-grade, de ser modernizado, ou substituido é o Vasco,
mas é justamente por isso, que o indigena não quer ouvir falar em modernização.

Bielorússia... Cozinhando abóboras para alimentar porcos e vacas.
Não vemos sinais de "modernização" neste país satélite da Rússia...





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