2006/11/20
MEIAS VERDADES...
O professor neoliberal, João César das Neves, vem hoje no DN falar sobre
"A ditadura dos Inspectores" [da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica
(ASAE), acrescento eu]. A prelecção foi assinalada pelos blasfemos, que apenas se
deram eco da parte referente a "decretos e portarias". Ao contrário destes, eu li o
artigo todo, e penso que o professor César das Neves é parcial, desconhece o assunto
e peca por atacar os inspectores e a estrutura da ASAE, esquecendo-se de que está
a falar de legislação europeia, através da qual o nosso país se coloca ao lado daqueles
países europeus mais evoluidos, que tanto encanto dão aos neoliberais.
"O nosso tempo é desconfiado... [...] Existem regulamentos, decretos, portarias para
todos os tempos e assuntos... [...] Tudo feito, obviamente, em nome de princípios
elevados: a saúde pública, qualidade alimentar, educação responsável, combate ao
crime... [...] Quando chega um inspector a uma escola não lhe interessa se as aulas
são bem ensinadas... (a função dos inspectores é verificar se a higiene e a segurança
alimentar são cumpridas, mas JCN confunde, para chegar ao seu ponto de vista...
"Ele [inspector], tem de medir as janelas, contar as sanitas (conferir se há papel
higiénico, acrescento eu)"... O que está em causa é a inspecção aos restaurantes,
mas César das Neves prefere fazer melodrama infantil). "Numa visita de inspecção
a um restaurante ou loja alimentar [há que verificar] registos, prazos nominais dos
alimentos, exaustores de fumos, galheteiros, colheres de pau". (mais uma vez César
das Neves banaliza a função dos inspectores da ASAE. Gostava de vê-lo a almoçar
em pequenos restaurantes, num tasco ou numa rulote de bifanas, onde as baratas
convivem com as moscas, e a higiene dos produtos é ignorada... Muitos restaurantes
são geridos por gente sem formação profissional, que nunca passou por uma Escola
de Hotelaria e Restauração... Claro que César das Neves almoça no Avis, no Pabe
ou na Cantina da Católica, locais onde não deve haver problemas de higiene e
segurança alimentar... "Devido à obsessão moderna da saúde, educação, ambiente
e outras abstracões, os inspectores são ao mesmo tempo, detectives, acusadores,
juizes e executores"... Dizer isto, é falar de cor, é não conhecer o assunto.
O professor César das Neves não sabe do que fala, não conhece a orgânica
de uma equipa de inspectores da ASAE... César das Neves escreve no sentido de
banalizar as directivas da União Europeia, a fim de dar prevalência às suas ideias
neoliberais... Perde, assim, toda a credibilidade. Chega a ser populista, demagogo,
misturando alhos com bugalhos. "Hoje é concedido a funcionários o poder supremo
de tirar filhos a seus pais" -- remata o evangelista César das Neves, sem respeito
pela inteligência dos leitores. Mistura inspectores com juizes, conservação de
alimentos com sanitas ou janelas, despreza o serviço público prestado pela ASAE
em prol da saúde pública, da educação profissional dos empresários da restauração.
César das Neves não olha a meios para atingir os seus fins: o discurso neoliberal.
Como diria o professor Marcelo, numa escala de 1 a 20, era para dar nota 4 a João
César das Neves, mas pensei melhor e vou dar-lhe apenas nota 2 --fica reprovado.
E, para castigo, fica com a pior posta -- a cabeça da garoupa...
O professor neoliberal, João César das Neves, vem hoje no DN falar sobre
"A ditadura dos Inspectores" [da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica
(ASAE), acrescento eu]. A prelecção foi assinalada pelos blasfemos, que apenas se
deram eco da parte referente a "decretos e portarias". Ao contrário destes, eu li o
artigo todo, e penso que o professor César das Neves é parcial, desconhece o assunto
e peca por atacar os inspectores e a estrutura da ASAE, esquecendo-se de que está
a falar de legislação europeia, através da qual o nosso país se coloca ao lado daqueles
países europeus mais evoluidos, que tanto encanto dão aos neoliberais.
"O nosso tempo é desconfiado... [...] Existem regulamentos, decretos, portarias para
todos os tempos e assuntos... [...] Tudo feito, obviamente, em nome de princípios
elevados: a saúde pública, qualidade alimentar, educação responsável, combate ao
crime... [...] Quando chega um inspector a uma escola não lhe interessa se as aulas
são bem ensinadas... (a função dos inspectores é verificar se a higiene e a segurança
alimentar são cumpridas, mas JCN confunde, para chegar ao seu ponto de vista...
"Ele [inspector], tem de medir as janelas, contar as sanitas (conferir se há papel
higiénico, acrescento eu)"... O que está em causa é a inspecção aos restaurantes,
mas César das Neves prefere fazer melodrama infantil). "Numa visita de inspecção
a um restaurante ou loja alimentar [há que verificar] registos, prazos nominais dos
alimentos, exaustores de fumos, galheteiros, colheres de pau". (mais uma vez César
das Neves banaliza a função dos inspectores da ASAE. Gostava de vê-lo a almoçar
em pequenos restaurantes, num tasco ou numa rulote de bifanas, onde as baratas
convivem com as moscas, e a higiene dos produtos é ignorada... Muitos restaurantes
são geridos por gente sem formação profissional, que nunca passou por uma Escola
de Hotelaria e Restauração... Claro que César das Neves almoça no Avis, no Pabe
ou na Cantina da Católica, locais onde não deve haver problemas de higiene e
segurança alimentar... "Devido à obsessão moderna da saúde, educação, ambiente
e outras abstracões, os inspectores são ao mesmo tempo, detectives, acusadores,
juizes e executores"... Dizer isto, é falar de cor, é não conhecer o assunto.
O professor César das Neves não sabe do que fala, não conhece a orgânica
de uma equipa de inspectores da ASAE... César das Neves escreve no sentido de
banalizar as directivas da União Europeia, a fim de dar prevalência às suas ideias
neoliberais... Perde, assim, toda a credibilidade. Chega a ser populista, demagogo,
misturando alhos com bugalhos. "Hoje é concedido a funcionários o poder supremo
de tirar filhos a seus pais" -- remata o evangelista César das Neves, sem respeito
pela inteligência dos leitores. Mistura inspectores com juizes, conservação de
alimentos com sanitas ou janelas, despreza o serviço público prestado pela ASAE
em prol da saúde pública, da educação profissional dos empresários da restauração.
César das Neves não olha a meios para atingir os seus fins: o discurso neoliberal.
Como diria o professor Marcelo, numa escala de 1 a 20, era para dar nota 4 a João
César das Neves, mas pensei melhor e vou dar-lhe apenas nota 2 --fica reprovado.
E, para castigo, fica com a pior posta -- a cabeça da garoupa...
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