2006/11/30

 
ANTOLOGIA...

O senhor Jardim da Madeira, desbocado como é, está a fazer escola de linguajar.
Agora até o deputado da Nação, Guilherme Silva, eleito pelos madeirenses, baixou
o nível do seu discurso, por osmose do linguajar do chefe, ou então pela ausência de
ideias na argumentação. Comparar Teixeira dos Santos "ao ministro da informação
de Saddam", é caso para duvidar da honestidade intelectual do referido deputado.
Mas o seu colega, Coito Pita, parece ser ainda menos sério ao afirmar que o primeiro
-ministro José Sócrates está a "comportar-se como Vasco Gonçalves, nos períodos
conturbados entre 1974 e 1976". Estes dois deputados da Nação revelam baixeza
de carácter, falta de sentido de Estado, ausência de argumentação e excesso de
linguajem pueril. Para eles, o Parlamento, é apenas uma extensão da AR da Madeira.

Neste Inverno... Fortes nevões têm caído em Vancouver, Canadá.

EM DAVOS...

Mário Bettencourt Resendes perdeu o controlo do DN, quando a PTMultimédia
vendeu a sua participação na Lusomundo ao grupo Controlinveste Media dos manos
Oliveira. Depois disso, Bettencourt tem andado por aí, mas vai escrevinhando uns
artigos de opinião para o DN -- tal como faz o incrível Luis Delgado, que tambem
foi apeado pelos Oliveiras. Só que o Delgado já havia enricado, há uns tempos, na
época pós-dot.com, quando vendeu o "Diário Digital" à PTM (salvo erro e omissão).
Quanto a Bettencourt, vem hoje atacar a Rússia e Putin, usando uma linguagem dos
tempos da guerra-fria, como se o mundo ainda fosse bipolar (politicamente falando).
Ataca a Rússia por falta de liberdade de imprensa, Putin por ter promulgado a lei
contra "actividades extremistas", os "amigos do Kremlin" por terem enriquecido em
pouco tempo, e, como sempre, fala de corrupção... Bettencourt já foi um jornalista
credível e respeitado. Hoje faz fretes a alguem. Se falasse nos "25 temas censurados"
pela Administração Bush, no Patriotic Act (por causa das actividades extremistas),
dos militares e civis corruptos que desviaram milhões da reconstrução do Iraque;
se Bettencourt falasse da corrupção em Portugal, do tráfico de influências, etc. eu
ficava-lhe agradecido. Ao falar dos outros, acho que esquece o que se passa cá dentro
ou então está a fazer fretes... Ficava-me por aqui, até que, na mesma edição do DN,
Economia, vem uma notícia sobre a "escolha de Mário Resendes para o Comité de
Media de Davos", "o único jornalista português a participar no Fórum"... Pronto,
estou cabalmente esclarecido. Bettencourt vai continuar a criticar Putin e a Rússia!

Diamond is for ever... Diamante "Aurora Borealis", com o peso de
26,62 karates, avaliado em 5,1 milhões de dolares. Produção chinesa.


É A GUERRA...

O próximo ano vai ser uma incógnita para o Médio-Oriente, para o Iraque,
para a Nato, para a Palestina. A pouco e pouco as "guerras de Bush" vão sendo
trespassadas para o estabelecimento da Nato. Começou com o Afganistão, depois
virá o Iraque, o Golfo Pérsico. O Atlântico Norte, para o qual foi criada a Nato, vai
ficar desguarnecido. O Mediterrâneo e o norte de África, onde a Nato podia ter
um papel importante, vão continuar ignorados. Porque Israel, armado como está,
não precisa de ajuda nem quer "forças neutrais" a resolver os conflitos. A Nato
foi uma organização feita para lutar contra o "perigo vermelho". Está fora de moda,
fora de tempo, a menos que lhe dêem outro fim. Mas se isso acontecer, qualquer
país que queira fazer parte do clube deve ter esse direito, assim como deveria
ter direito a integrar a Rússia, e África. A Rússia não pode ser tratada como um
inimigo militar, se a UE quizer fazer acordos comerciais na área da defesa e das
energias estratégicas, como o petróleo e o gas natural. A Nato não serve à UE,
a menos que seja equipada, em grande parte, com o material produzido pela
indústria de armamento existente nos países europeus...

Amigos em discordância... Os países com tropas no Iraque começam
a delinear estratégias para a saída dos contingentes disponibilizados.
Uns querem sair já, outros nos primeiro trimestre de 2007, quando
muito no próximo verão. A opinião pública e a despesa a isso obriga.





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