2006/10/09
A ILHA JARDINEIRA...
Depois do discurso de José Sócrates, feito no Funchal, ainda não se ouviu o
vozeirão do Alberto Jardim... Está metido na toca, como o coelho, à espera que
passe a tempestade. Ainda deve estar atordoado com as palavras justas e certeiras
do primeiro-ministro José Sócrates: "Este Governo governa para todos... e por igual.
É altura de dizer 'basta'. O rigor e o cumprimento da lei é para todas as instituições
e não só para algumas. Ninguem está acima da lei".
A Madeira já não é uma região pobre, tem 121% do PIB per capita relativamente à
média nacional. Se o Governo Regional, nestes 30 anos de autonomia, não conseguiu
implementar um modelo económico sustentável na Ilha, é porque é incompetente.
O "senhor Jardim" apenas fez figura, graças aos subsídios da República e da UE..
Está habituado à pedinchice, com fanfarronice, agora tem que trabalhar, produzir.
O EIXO DA CIVILIZAÇÃO... (II)
George Bush está irado com o Irão, que apodou de "Axis of Evil", porque este
país, com a Guerra do Iraque, tornou-se uma potência regional no Médio Oriente.
Mas o que verdadeiramente contribuiu para irritar Bush, foi o desejo do Irão criar
uma Bolsa de petróleo, com preços cotados em euros... Já Saddam Hussein havia
vendido petróleo cotado em euros, e a Rússia, actualmente, tambem tem o euro
como moeda de referência para vendas na Europa e na Ásia... Mas o Irão pretende
ir mais longe. Quer constituir um mercado de petróleo para o Golfo Pérsico. Para
o conseguir, haverá que definir um "padrão" para o petróleo da região. Actualmente
existe o West Texas Intermediate Crude (WTI), comercializado pela New York
Mercantile Exchange (NIMEX), o Noroay Brent, comercializado na International
Petroleum Exchange (IPE), em Londres, mas propriedade dos americanos. E está
definido o padrão para o UAE Dubai crude, dos Emiratos Árabes Unidos...
Persepolis... Baixo relevo bem conservado, passados 2.500 anos...
E como é que a criação de uma Bolsa de Petróleo, cotada em euros, poderia
afectar o prestígio do dolar e da economia americana? De muitas maneiras e em
escala global. O dolar, que está sobrevalorizado em 20%, perderia a supremacia.
Os EUA têm inflacionado o valor do dolar, tendo o monopólio dos petrodolares.
Considerando o nível da dívida americana, o dolar está artificialmente alto...
A Rússia, a Venezuela e alguns países da OPEC expressaram interesse em aderir
ao mercado cotado em euros. Isto levaria o dolar a derrapar, e poria em risco a
posição da economia líder mundial... A China tem as segundas maiores reservas
em dolares (600 biliões, e o Japão 800 biliões) em Bilhetes do Tesouro dos EUA.
Em caso de invasão do Irão pelos americanos, levaria a China a desfazer-se da
dívida pública americana. Deixava de comprar e pedia o resgate dos "T-bills".
Se o não fizer, a China perderá muito dinheiro, e poderá entrar em recessão...
A China será sempre o "anjo de salvação" do Irão, na ONU e na diplomacia.
Porque em meados de Outubro de 2004, firmou com o Irão 28 contratos para
fornecimento de petróleo e gas, que podem atingir 70 a 100 biliões de dolares,
por um período de 30 anos... Em caso de guerra no Irão, a China passa a comprar
gas e petróleo à Rússia, em euros... O Irão continua a vender ao Paquistão e à
Índia, através de pipe-lines com a extensão de 2.670 kms, a pensar na China...
Praça da Liberdade, em Teerão, capital do Irão, construida em 1971, na
era do Xá Reza Pavlevi, para as comemorações dos 2.500 anos da Pérsia.
Em face deste cenário internacional, e dos interesses económicos em jogo,
não restam muitas opções para George Bush se vingar... Resta-lhe fazer ameaças
e acusações demoníacas, já que a realidade terrena é bem diferente dos sonhos
evangélicos, missionários e imperiais. O mundo está em constante mudança.
Torna-se claro por que razão o Império se tornou um inimigo figadal do Irão, de
quem já foi muito amigo, mas a quem mostra os dentes sempre que o Irão procura
ser independente, como foi o caso de Mossadeg, no ínicio da década de 1950...
Depois do discurso de José Sócrates, feito no Funchal, ainda não se ouviu o
vozeirão do Alberto Jardim... Está metido na toca, como o coelho, à espera que
passe a tempestade. Ainda deve estar atordoado com as palavras justas e certeiras
do primeiro-ministro José Sócrates: "Este Governo governa para todos... e por igual.
É altura de dizer 'basta'. O rigor e o cumprimento da lei é para todas as instituições
e não só para algumas. Ninguem está acima da lei".
A Madeira já não é uma região pobre, tem 121% do PIB per capita relativamente à
média nacional. Se o Governo Regional, nestes 30 anos de autonomia, não conseguiu
implementar um modelo económico sustentável na Ilha, é porque é incompetente.
O "senhor Jardim" apenas fez figura, graças aos subsídios da República e da UE..
Está habituado à pedinchice, com fanfarronice, agora tem que trabalhar, produzir.
O EIXO DA CIVILIZAÇÃO... (II)
George Bush está irado com o Irão, que apodou de "Axis of Evil", porque este
país, com a Guerra do Iraque, tornou-se uma potência regional no Médio Oriente.
Mas o que verdadeiramente contribuiu para irritar Bush, foi o desejo do Irão criar
uma Bolsa de petróleo, com preços cotados em euros... Já Saddam Hussein havia
vendido petróleo cotado em euros, e a Rússia, actualmente, tambem tem o euro
como moeda de referência para vendas na Europa e na Ásia... Mas o Irão pretende
ir mais longe. Quer constituir um mercado de petróleo para o Golfo Pérsico. Para
o conseguir, haverá que definir um "padrão" para o petróleo da região. Actualmente
existe o West Texas Intermediate Crude (WTI), comercializado pela New York
Mercantile Exchange (NIMEX), o Noroay Brent, comercializado na International
Petroleum Exchange (IPE), em Londres, mas propriedade dos americanos. E está
definido o padrão para o UAE Dubai crude, dos Emiratos Árabes Unidos...
Persepolis... Baixo relevo bem conservado, passados 2.500 anos...
E como é que a criação de uma Bolsa de Petróleo, cotada em euros, poderia
afectar o prestígio do dolar e da economia americana? De muitas maneiras e em
escala global. O dolar, que está sobrevalorizado em 20%, perderia a supremacia.
Os EUA têm inflacionado o valor do dolar, tendo o monopólio dos petrodolares.
Considerando o nível da dívida americana, o dolar está artificialmente alto...
A Rússia, a Venezuela e alguns países da OPEC expressaram interesse em aderir
ao mercado cotado em euros. Isto levaria o dolar a derrapar, e poria em risco a
posição da economia líder mundial... A China tem as segundas maiores reservas
em dolares (600 biliões, e o Japão 800 biliões) em Bilhetes do Tesouro dos EUA.
Em caso de invasão do Irão pelos americanos, levaria a China a desfazer-se da
dívida pública americana. Deixava de comprar e pedia o resgate dos "T-bills".
Se o não fizer, a China perderá muito dinheiro, e poderá entrar em recessão...
A China será sempre o "anjo de salvação" do Irão, na ONU e na diplomacia.
Porque em meados de Outubro de 2004, firmou com o Irão 28 contratos para
fornecimento de petróleo e gas, que podem atingir 70 a 100 biliões de dolares,
por um período de 30 anos... Em caso de guerra no Irão, a China passa a comprar
gas e petróleo à Rússia, em euros... O Irão continua a vender ao Paquistão e à
Índia, através de pipe-lines com a extensão de 2.670 kms, a pensar na China...
Praça da Liberdade, em Teerão, capital do Irão, construida em 1971, na
era do Xá Reza Pavlevi, para as comemorações dos 2.500 anos da Pérsia.
Em face deste cenário internacional, e dos interesses económicos em jogo,
não restam muitas opções para George Bush se vingar... Resta-lhe fazer ameaças
e acusações demoníacas, já que a realidade terrena é bem diferente dos sonhos
evangélicos, missionários e imperiais. O mundo está em constante mudança.
Torna-se claro por que razão o Império se tornou um inimigo figadal do Irão, de
quem já foi muito amigo, mas a quem mostra os dentes sempre que o Irão procura
ser independente, como foi o caso de Mossadeg, no ínicio da década de 1950...
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