2006/08/06

 
SEMENTES DE VIOLÊNCIA...

As trapalhadas de George Bush no Médio Oriente conduziram o mundo para um
beco sem saída. O "guerreiro" que fugiu à guerra (do Vietname) levou o seu país a
fazer guerras para "exportar democracias", como quem exporta carros e tractores.
Descuidou o Afganistão dos taliban para atacar as "armas de destruição maciça" no
Iraque. Resultado: Os talibans estão de novo no terreno e, no atoleiro do Iraque,
adivinha-se uma reprise do "Good Bye, Saigão" com as tropas americanas a fugir
de Bagdade, e deixar o Iraque no cáos e entregue aos "inimigos"--os mullahs xiitas.
Quanto ao "ovo da serpente", já ninguem se lembra do "Road Map", uma marca
patenteada por George Bush, que nada produziu por falta de empenho do inventor.
Como se isto fosse pouco, Bush limpou as botas ao Direito Internacional, e cuspiu
a pastilha nas normas de cortesia diplomática, apodando alguns estados de "Eixo
do Mal", e outros de "inimigos" -- sempre que discordavam das propostas de Bush.

Resultado: os EUA (e o mundo) vivem agora num cenário mais perigoso, Bush
não consegue impingir a sua "democracia", e cada vez tem menos aliados dispostos
a fazer o papel de Blair e John Howard. Blair e Bush deram o aval a Ehud Olmert
para que o Tsahal desse uma coça no Hezbollah (que bem a merecia), mas Israel
já não consegue fazer guerras em 1, 2, 3 ou 6 dias... Em vez de perseguir o Hezbollah
e mostrar resultados, como a tomada de armamento e número de mortos milicianos,
só tem para nos mostrar a destruição de Beirute, todo o Sul do Líbano, com a chacina
de civis, o bombardeamento de pontes, estradas, aeroportos, escolas, prédios de
15 andares, centros comerciais, moradias, antenas de televisão, etc. e civis mortos.
Já lá vão 26 dias... A ira internacional aumenta. Bush e Chirac têm um menú para
apresentar à mesa. E o Tsahal não consegue fazer aquilo que dele se esperava, que
era castigar o Hezbollah, desarmá-lo, ou pelo menos destruir o seu arsenal dmisseis.
Está tudo à espera e o "invencível Tsahal" -- que é o exército mais sofisticado do
mundo -- não dá por terminada a sua missão no Libano! É uma vergonha para os
que fizeram a guerra dos "Seis dias"!. E dão aso a que o xeque Nasrollah suba na
cotação internacional, sobretudo no mundo muçulmano, por enfrentar o Tsahal,
por resistir, e continuar a mandar mísseis de curto e médio alcance para as cidades
do norte de Israel, mais próximas do Libano. É mais uma trapalhada para Bush...

Como disse o primeiro-ministro australiano, John Howard, ao jornal alemão
Bild am Sonntag, a raíz dos problemas do Médio Oriente está na efectiva fundação
do Estado palestiniano. Enquanto a comunidade internacional não resolver de vez
este problema, com um compromisso entre Israel e a Palestina de respeitarem as
fronteiras e a soberania dos dois países, o Médio Oriente vai continuar em guerra.
É a primeira vez que oiço um amigo de Bush falar tão assertivamente. Seria bom
que eles "se encontrassem para falar" de coisas concretas e importantes...

O Jumento foi de férias para o Algarve, mas o "vespeiro" não o larga. Tudo
por causa do post onde dava uns coices ao Tsahal... Vai daí, os "falcões" fizeram
vôo rasante e aterraram n'os comentários do Jerico... Azucrinaram o Jumento.
Já nem em férias um asinino pode roncar...
Aos "falcões" convem lembrar que: (i) Espanha foi martirizada pelo terrorismo
da ETA durante 30 anos. Apesar de saber que a ETA se escondia em França,
junto à fronteira, nunca bombardeou as vilas e aldeias francesas para castigar
os etarras; (ii) Inglaterra suportou, estóicamente, durante 30 anos, o terrorismo
do IRA. Apesar de saber que os principais dirigentes se escondiam na Irlanda
e que o armamento lhes chegava através de Dublin, nunca a Inglaterra atacou
a Irlanda, nem nunca borbardeou Dublin para castigar os responsáveis do IRA.
... "Se a Galiza atacasse o Minho com mísseis -- argumentam os "falcões"-- não
digam que Portugal não se defendia"... Esta argumentação nada adianta para a
compreensão do que acontece no Médio Oriente, onde Israel continua a tratar
os palestinianos como se estivessem num campo de concentração... Desde 1948
até hoje. A Palestina não tem aeroportos, aviação, exército, fronteiras, terra, a
Palestina não existe, pura e simplesmente -- porque convém a Israel.





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