2006/08/01

 
O NOVO JORNALISMO...

"Governo ultima uma lei de desporto anti-Jardim"--titula hoje o DN na segunda
página. Trata-se de um título disparatado, tendencioso, irresponsável que mostra
a qualidade do jornalismo que hoje se faz em Portugal. Nenhum governo faz leis
"contra" este ou aquele sujeito. As leis são para todos os cidadãos. Não são arma de
arremesso contra ninguem. É lamentável a falta de rigôr demonstrada por alguns
jornalistas... Com gente desta, acaba-se o mito do IV Poder. Não merecem crédito.
A lei em questão, depois de entrar em vigôr, pretende que o Estado, as autarquias
e os governos regionais deixem de "apoiar directamente os clubes profissionais".
Numa altura em que todos reclamam mais hospitais, mais centros de saúde e mais
escolas, é bom não esquecer que as autarquias, nas suas "jogadas" com os clubes,
gastam rios de dinheiro (ver o caso de Ferreira Torres em Marco de Canavezes,
o "elefante branco algarvio" -- que custa 3 milhões de euros/ano à CM de Faro--
e os favores concedidos para a construção dos estádios do FCP, SLB e do Sporting).
Acabe-se com o esbanjamento dos dinheiros públicos em "jogadas clubistas", e a
favor de meia dúzia de senhoritos que vivem na ribalta à custa dos clubes de futebol.

Andar sobre as águas do Lago Luodi, em Hunan, província central da
China. Esta moda está a criar furor. As pessoas metem-se numa "bubble",
uma bola em plástico especial, que lhes permite andar sobre a água...


Neste tempo de tolices, as ideias disparatadas abundam. Veja-se o que se passa
a propósito da publicação feita pelo respectivo departamento do Ministério das
Finanças, de uma listagem dos contribuintes faltosos a IRS e IRC. Havia cerca de
2000 faltosos, mas ontem, último dia de pagamento, entrou nos cofres do Estado
2,2 milhões de euros, pelo que a lista dos "cravas" ficou reduzida a cerca de 300.
Pois agora vêm uns "advogados" do Diabo exigir que o Estado publique, tambem,
as dívidas às empresas fornecedoras... Isto é paradoxal, pois o Estado nunca deixou
de pagar as suas dívidas; já os contribuintes faltosos, fogem à responsabilidade como
a água escorre pelas mãos, sempre na esperança de uma prescrição... E eram muitos
os que não pagavam. Uma coisa não tem a ver com a outra. São "faltas" diferentes;
uma (os faltosos) procura não pagar, a outra (o Estado) paga quando pode, paga
tarde e a más horas, mas paga... Não misturem as coisas. Exijam ao Estado sim,
o pagamento de juros por mora, se é aqui que pretendem chegar. Mas não queiram
desvalorizar o crime de fuga aos impostos...

Neste período da silly season, deixem-me contar a tonteria feita pelo jornalista
militante do Bloco, noticiada pelo blasfemo João Miranda. Pois o arrastado reporter
deslocou-se a Damasco, capital da Síria, para relatar os acontecimentos que estão
a acontecer no Sul do Líbano, e para avaliar o sentimento dos árabes perante a
destruição feita em Beirute pelo Tsahal (ou IDF-Israel Defense Forces) . O Daniel
terá perguntado ao dono do hotel em que está hospedado: - Então e os sírios, não
vão manifestar-se contra os ataques israelitas a Canã? Na verdade, como refere
o JM, o reporter devia ter feito esta pergunta sim, mas ao presidente Hassad, ao
partido único, à delegação do Hamas ou ao correspondente do Hezbollah... Sim,
porque na Síria as manifestações não são convocadas pelos cidadãos. Nem pensar!

Wael Ladki, fotógrafo libanês, carrega uma idosa encontrada nos
destroços de sua casa em Bint Jbeil, junto à fronteira com Israel...





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