2006/06/26

 
O JULGAMENTO DE NUREMBERGA...

...Era o título de um célebre filme sobre o julgamento do nazismo, que decorreu
em Nuremberga, cidade monumental e olímpica de "O Triunfo da Vontade", outro
filme, este sobre os Jogos Olímpicos de 1936, realizado por Leni Riefenstahl. Mas
o DN escolheu como título de primeira página "A Batalha de Nuremberga", para
assinalar a vitória da selecção portuguesa sobre os dutchs holandeses... Ambos os
títulos são enganadores, pois não se tratou de uma batalha militar, mas tambem
não foi um julgamento, na medida em que não houve réus nem acusadores. Nestes
eventos desportivos, quando eles decorriam num lugar histórico, e o resultado era
suado, a imprensa sempre procurou valorizar, em caracteres normandos, os títulos
de primeira página, mesclando a giesta do passado com as aspirações do presente
.

Tribunal de Nuremberga onde foram julgados os dignatários nazis.

Sobre o jogo, nada vou dizer. Para isso estão os tagarelas do costume, os que
têm antena, microfone e páginas de celulose para encher de ecos e letras. Não devo
nem quero perturbar a "produção" nacional da tagarelice, para não inflacionar os
custos da obra nem "desvirtuar" a qualidade da mercadoria. No entanto devo dizer
que fiquei impressionado com a combatividade da nossa selecção, gostei de ver a
"laranja mecânica" de beiço caído, e fiquei a saber que, uma equipa de futebol com
nove jogadores, é tão eficiente quanto o é com onze; e, como tudo é igual, e a lei da
vida aplica-se a todos, acho que o nosso Parlamento, em vez de ter 220 deputados,
pode muito bem funcionar com apenas 120... E será mais efciente e produtivo...

Troço da via férrea Pequim-Tibete a inaugurar em 1 Julho 2006.

TIMOR...
...Teve hoje um enorme destaque na imprensa australiana. Só The Australian
dedica-lhe oito extensos artigos, uns de opinião outros de reportagem. Mas
continuam a destacar o facto de Timor ser um país de maioria católica e estar a ser
governado por um PM muçulmano, comunista, que viveu 25 anos em Moçambique.
No entanto o primeiro-ministro John Howard mostra-se cauteloso com a demissão
de Mari Alkatiri: "if it means an end to instability in that country", haverá agora
que procurar a formação de um novo governo. The Australian considera mesmo
uma ironia o facto de Ana Pessoa ser apontada para o lugar de PM, pois trata-se
da ex-mulher de Ramos Horta. Este no entanto já disse que, da sua parte, não vê
nenhuma razão para que a sua ex-mulher não possa desempenhar o lugar de PM
com sabedoria e competência. Vamos ver. Os australianos continuam a não gostar
de ver em Timor um governo com génese na Fretilin, que acusam de ser marxista.

Manisfestantes anti-Alkatiri junto ao Palácio das Cinzas em Dili.





<< Página inicial

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscrever Mensagens [Atom]