2006/06/18

 
O andamento do "W.C.2006" está ao rubro, mas o José Manuel Fernandes não
vai por aí, prefere "olhar" para o Texas, terra do seu ídolo político: George Bush.
JMF veio hoje no Público, em editorial, "percorrer o caminho até ao fim". Confesso
que, ao ler este título, tive dificuldade em dar com o "caminho" escolhido por este
discípulo dos neo-cons americanos, tanto mais que, a entrada, se refere ao livro de
Edvard Radzinsky, Alexander II: The Last Great Tsar. Não conheço o livro nem
o seu autor, mas o Zé Manel diz que o autor é "estrela na televisão russa" e a sua
"obra histórica" é de grande valia e rigôr cientifico... E lembra que, Alexandre II,
"foi um czar com a dimensão de Lincoln, pois deve-se-lhe a libertação dos servos
e o aligeiramento da censura". Só que, na Rússia dos czares, quando se abre uma
frecha no poder, ninguem mais o consegue controlar... Isto é o que diz o Zé Manel.

Mas afinal, em tempo de "W.C.2006", aonde onde é que o JMF quer chegar?
Simplesmente, a Bagdade, onde esteve há dias o seu devotado e iluminado senhor
da guerra contra as "armas de destruição maciça". O Zé Manel é assim, para levar
a água ao seu moinho, faz um roteiro, "percorre o caminho até ao fim", não em
linha recta, mas aos zig-zagues, até poder focar os holofotes nas guerras de Bush.
"Quando desceu de surpresa em Bagdade, Bush não fez o que muitos americanos,
porventura a maioria, desejavam: não anunciou que o exército americano iria
retirar mais depressa. Sem dar datas, assegurou que ficaria até ser necessário",
evidencia JMF, concluindo assim que, ao contrário de Alexandre II, George Bush
não faz "inversão de políticas semelhante à que foi fatal a Alexandre II"... Mas
que grande percurso dialético teve de fazer o apóstolo José Manuel Fernandes,
a "percorrer o caminho até ao fim" do seu editorial, para poder tecer lôas a George
Bush!... Mal sabia ele que, horas depois de escrever o seu editorial, o sucessor de
Zarqawi, -- apesar do cordão de tropas à volta de Bagadade -- teve capacidade
para provocar o terror em sete explosões, uma delas suicida, na capital do Iraque.
Quanto mais os apóstolos da guerra se expôem, mais raivosos ficam os jihadistas.

À procura do bandido... Cena de guerra em Musa Qala, Afeganistão.

O Vasco, na sua croniqueta de fim de página, no Público de hoje, vem estoirar
com "Silêncio Mortal", como se fosse ele um jihadista do disparate. O Vasco, que
segundo o Público pode hoje ser visto e ouvido, no programa "Diga lá Excelência",
às 22,00 horas na Dois, (entrevistado por Dina Soares e José Manuel Fernandes!)
sobre mais um livro arqueológico no qual o Vasco fala de Paiva Couceiro, não
parece ter grandes simpatias por parte da nossa inteligenzia literária. Como ele
despreza "os indígenas", os "pseudo-intelectuais", os "ignorantes" e os "néscios",
não admira que o Vasco publique livros e que ninguem dê notícia deles. Nunca
me lembro de ler uma crítica, uma recensão, um comentário sobre os livros do
Vasco. Perante os vitupérios, os insultos e o desprezo com que ele trata os outros
não admira que todos lhe virem as costas... O Vasco trata o PR, Professor Cavaco
Silva, desdenhosamente por Dr. Cavaco, ou simplesmente por Cavaco...
A história mostra que, quando os filhos do povo chegam ao poder, a "aristocracia"
e os senhores de "boas famílias" ficam em estado de náusea. Quem nunca precisou
de trabalhar para viver, não aceita os que trabalharam para vencer na vida...
Em resumo: o Vasco vem denunciar, mais uma vez, a "decadência da Pátria"...
Já "Os Vencidos da Vida" se recusavam a limpar o rabo ao papel -- por vencidos...

Meio de transporte no Sudão... Não liberta CO2, apenas estrumeira.





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