2006/06/16

 
A MARCHA DE LOUÇÃ...

Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, em entrevista de página e meia ao
DN, deu a seguinte resposta como remédio para a questão do desemprego:
"Temos de responder com criação de emprego. Contrario a ideia de que temos
demasiados funcionários públicos, [...] são necessários mais funcionários: temos
turmas de 28 alunos, faltam lares de terceira idade e pré-escolar para as famílias
pobres, não temos protecção florestal, faltam mil profissionais de saúde..."
Ficámos a saber que o BE, em Setembro, vai realizar uma "Marcha pelo Emprego"
que percorrerá 400 kms e constará de "comícios de rua, seminários, festas..."
Para os bloquistas o desemprego resolve-se aumentando o número de funcionários,
subindo a despesa do Estado. Tudo isto com uma marcha a pé, e festa, muita festa.
Se isto não é apenas folclore, populismo e demagogia, eu não consigo ver mais...

Estudantes chilenos da Universidade de Valparaíso, protestam contra
as reformas do sistema público de educação tomadas pelo Governo...


Devia haver, por parte dos líderes políticos, mais honestidade no discurso que
fazem para "caçar" votos, para venderem as suas ideias (idiotas), e para iludirem
o cidadão eleitor. Depois dos "temas fracturantes", Louçã quer marcar terreno no
eleitorado do centro esquerda, e, para isso, envereda agora pelo "quintal do PCP".
Como economista, Louçã devia saber que não é o Estado que cria emprego, que
fabrica automóveis, que faz rolhas de cortiça ou contraplacados de madeira. Mas
ele tem uma solução para "acabar com o desemprego", que é tornar este país,
um país de "funcionários públicos". Louçã, que parece não ter evoluido, ainda
pensa em recuperar as "fileiras produtivas da cortiça, dos têxteis e do calçado".
Louça nem parece deste tempo. Não conhece outras alternativas, não sabe que
a manufactura de mão-de-obra intensiva é inviável devido ao custo dos salários.

Tambores do Koko Taikon de Seatle actuam durante a entrega de 3 Boeings à
All Nippon Airlines, na fábrica de Everett sediada no estado de Washington, EUA.


Parte da solução para criar emprego, reside na capacidade de os portugueses
deixarem de trabalhar para os outros, passando a trabalhar para si, com outros.
Quero dizer, que falta aos portugueses espírito empreendedor, gosto pelo risco do
negócio, ambição para ser inovador, dirigente, patrão e senhor do seu futuro. Na
verdade a nossa escola não ensina os alunos a serem audazes, empreendedores,
a criarem o "espírito de empresário". O nosso ensino, dirige-se mais à capacidade
de memorização, à obtenção do diploma, se possivel com boa classificação. Depois,
o aluno procura trabalho, a ser dependente dos outros, sem correr riscos. Para a
maior parte dos portugueses, o fundamental é ter um emprego, com horários
flexíveis, e chegar ao fim do mês com o dinheirinho na conta bancária. Depois as
férias, os feriados, as pontes, as folgas... Ninguem quer arriscar, criar empresas,
ser vencedor, marcar a diferença. Mas invejam a vida dos empresários de sucesso.
No entanto, se houvesse mais empresários de sucesso, haveria muitos mais postos
de trabalho, haveria mais procura, os salários seriam melhores, não haveria tanta
gente desempregada, sem rumo na vida... E o país estaria melhor, todos nós.
Não acredito no folclore das "Marchas pelo Emprego". É apenas lamúria.

Produtos biológicos de El Salvador, patenteados pela Blue Morpho,
destinados à exportação: o produto é o casulo da borboleta. Inovador.


DE TIMOR...
Chegam notícias de que os rebeldes deposeram as armas e entregaram-nas
às tropas do comandante australiano Mick Slater. Mas, coisa estranha, o número
de armas entregue está longe do milhar que desapareceu dos quarteis. Apenas
entregaram 12 M-16 (armas com mira telescópica) e 4 armas ligeiras (de mão).
Então, aonde param as restantes 980?...
A Austrália está em fricção com a Indonésia. Era de esperar. As tropas "aussis"
entraram em Timor em 1999 para pôr fim aos desmandos das milícias de Jakarta
em Timor. Agora, mais uma vez, foi a Austrália quem acudiu a Timor. É demais.
A Indonésia (vá lá saber-se porquê?), soltou há dias o responsável da Jammiah
Islamiah, o sheik Bashir, responsável pelos atentados de Bali, onde morreram
180 australianos. Foi condenado a sete anos de prisão, mas foi solto, agora...
John Howard, PM da Austrália, comentou o assunto, mostrando-se triste por a
Indonésia libertar Bashir. Vai daí, o PM indonésio, Yudoyhono, respondeu que
"a Indonésia não recebe ordens de ninguem". Este episódio pode vir a ter reflexos
em Timor, que precisa da amizade da Austrália, mas tambem da Indonésia...

As reservas "Forex" (foreign exchanges) da China já ultrapassaram os
900 biliões de dolares americanos... A nota de Mao, a financiar os States!...





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