2006/06/11

 
IN SLOW MOTION...

Durante as competições do "W.C. 2006", o Abragente vai postar em reduzida
quantidade e de forma muito moderada para não perturbar a festa daqueles que
gostam de futebol. De resto, o ruído é tanto e tão disforme, que não vale a pena eu
vir aqui fazer mais alarido. Para isso, estão os aficionados, as televisões e os jornais.
O Público de hoje, dedicou as primeiras 13 páginas da sua edição ao futebol. Mas se
contarmos a primeira página, mais a segunda --com publicidade de página inteira--
então contamos 15 páginas de futebol... Para um jornal de referência, é um desatino.
Podiam fazer um caderno, como fez o DN, para os que gostam de bola. Mas isto só
vem mostrar que a promiscuidade do futebol chegou a todos lados, incluindo orgãos
de informação, cujos "redactores" e "jornalistas" têm a cabeça cheia de bolas... Eles
sentem o peso da bola nas suas cabeças, mas não são capazes de se libertar dela...

Fashion Rio Show... No Pão de Açucar, com o Corcovado lá ao fundo.

Este "arrastão", provocado pelas bolas do "W.C. 2006", não deixa muito espaço
para o resto da informação. Até as comemorações do "10 de Junho" foram tratadas
em pouco mais de 1/2 página... Seria de esperar mais, mas nem os opinion-makers
têm espaço, tempo ou ideias para comentar os discursos do PR Cavaco Silva. Isso
requer atenção, exige exercício mental, obriga a descodificar a mensagem, e para
tal os nossos "esclarecidos comentadores e analistas" não têm cabeça, porque, no
lugar dela, têm apenas a bola... E, mais uma vez, percebemos até que ponto a bola
conseguiu perverter o pensamento das nossas élites. Neste caso, os comentadores
não deviam deixar-se "arrastar" para a vulgaridade do futebol, misturando "alhos
com bugalhos", como faz o evangélico Professor Marcelo no canal domingueiro da
RPT1, onde ele "dispara" palavreado sobre tudo e quase nada. Ele delira, perde as
estribeiras a comentar futebol. Não admira que as suas análises sejam simplistas...

As equipas de futebol deviam ter 50% de quota feminina...

Apesar de tudo, eu aguardo com curiosidade o jogo da nossa Selecção. Tenho
pena que o desafio seja entre irmãos... Enfim, não se trata de um jogo de amigos,
mas de um jogo entre iguais, entre dois adversários. Que seja um jogo justo, e que
ganhe o melhor. Qualquer das partes tem mais oportunidades para ganhar...
Devo dizer uma coisa: eu não me sinto atraído pelo futebol, é uma verdade, mas
acho que, se houvesse respeito pelas "quotas do género", se nas equipas jogassem,
tambem, as mulheres, eu veria o futebol de outro ângulo, e creio que passaria a
frequentar as "catedrais do futebol" -- para assistir à performance das equipas.
Assim, com a discriminação que existe, não deixa margem para os espectadores
do "pluralismo" poderem vibrar com as jogadas de uma equipa constituida, no
todo ou em parte, pelo que de melhor vai passando apenas nas passereles...

Para amigos e conhecidos... Ho Hau Wah, chefe do executivo da Região
Especial de Macau, cantou durante duas horas num bar de Lijiang, na
província de Yunan, na China... Excitadíssimo, e muito aplaudido...





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