2006/06/15

 
AS FORÇAS DE BLOQUEIO...
Ontem, neste país, tivemos sinais contraditórios na luta contra o desemprego.
A Administração da General Motors, o ministro da Economia, os trabalhadores e
os seus sindicatos, estiveram em reuniões para travar o encerramento da fábrica
de automóveis da Azambuja, a fim de manter a produção em Portugal e evitar o
despedimento de cerca de 1.200 trabalhadores... Li algures, que até o PM, José
Sócrates, se empenhou no sentido de se procurar uma solução para este assunto.

Jaguar de 1966 em exposição de venda carros antigos, em Teerão.

No mesmo dia, os professores, liderados pelo senhor Sucena da Fenprof,
faltaram ao trabalho para fazer uma manifestação contra a ministra da Educação.
O sindicalista Sucena, que já não deve saber o que é dar aulas, -- depois de vinte
anos a "trabalhar" no sindicato -- representa a "força de bloqueio" que não serve
aos professores, e emperra as reformas necessárias à "mudança" do sistema de
ensino português. O senhor Sucena tem outros objectivos, que são o cumprimento
das teses do seu partido político. Com isto, Sucena engana os professores e bloqueia
a mudança. Alem disso, fomenta a indisciplina nas escolas, e a balbúrdia em época
de exames -- prejudicando os alunos. Mas este bloqueio, nunca poderia ser levado
a cabo, se o patrão desta gente não fosse o Estado. O país está em crise, o aumento
do desemprego é assustador, as fábricas fecham, os salários não são pagos a tempo.
Mas os professores, que ganham acima da média nacional, não querem saber do
que está a acontecer no país. Eles continuam a pensar que têm emprego para toda
a vida, que o Estado não os pode despedir ou penalizar... Mas os trabalhadores da
GM na Azambuja não são empregados do Estado, e temem pelos postos de trabalho.

Estudantes da Universidade de Valparaíso, Chile, protestam nuas
contra as alterações no sector público da educação. A mudança assusta...


CABEÇA DE BOLA...
"O país está aos saltos, doente de futebol: subitamente, Portugal no lugar
da cabeça pôs uma bola. Porque uma coisa é gostar de futebol e ter gosto que a sua
equipa ganhe, outra é deixar que o país seja de tal modo dominado pelo futebol que
tudo o que é importante não exista. Não está em causa a alegria ou o sentimento
identitário em relação ao futebol; o que está em causa é que percamos todo o sentido
das medidas". (Pacheco Pereira in Quadratura do Círculo, transcrito no DN).

Iluminação de Shangai, vista do Bund, a zona antiga da cidade.
Ontem, para recepção aos membros e observadores da SCO.





<< Página inicial

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscrever Mensagens [Atom]