2006/05/10

 
UM PAÍS DE MINI(mos)...
Pequenos e divididos, sem coragem nem ambição, os portugueses continuam
a querer o "prémio" antes de percorrer a maratona. Pequenos e pobres, muitos
dos portugueses exigem viver como se fossem ricos. Pequenos e divididos, mas
unidos na reivindicação do MINImalismo. A reivindicação "pelo direito a nascer
na nossa terra" (?) não passa de uma exigência leviana, orquestrada e dirigida
por grande parte dos nossos presidentes de Câmaras. Já foi dito que nem todas
as maternidades, ou unidades de parto ligadas a hospitais, reunem as condições
de segurança exigidas; já sabemos que o índice de natalidade continua a baixar;
todos nós (ou grande parte) reconhecemos a necessidade de poupar recursos.
Apesar de tudo isto, os portugueses querem ter em cada concelho, cidade ou vila
importante, uma maternidade... Uma MINI-maternidade, com um obstetra, uma
enfermeira e um cama; os portugueses reivindicam, para as suas cidades e vilas,
um MINI-hospital, com médicos e enfermeiros; os portugueses querem tambem
ter, nos seus concelhos, um MINI-tribunal com juizes, escrivães e advogados;
os portugueses querem ainda, em cada terrinha, um corpo de MINI-bombeiros;
só não reivindicam MINI-escolas porque o baixo índice de natalidade deixou
algumas vilas e aldeias sem criancinhas para irem á escola... Assim vai este país,
lutando pelo statuo quo, pelos "direitos a nascer na terrinha", onde só há velhos.

A marca de lengerie, Triumph Internacional, lançou no mercado japonês
uma colecção de roupa interior com o slogan: Stop the birth rate decline.
Devido à baixa natalidade, o Japão caminha para uma sociedade de velhos...


As forças retrógradas que recusam a mudança, a racionalização dos recursos,
a concentração de meios materiais e humanos em maternidades mais eficazes, são
as mesmas que têm gasto os dinheiros públicos à tripa forra em rotundas, parques
de estacionamento a pagar, estátuas de santos beatos, jardins sem árvores, fontes
sem água, ruas sem asfalto, etc. E o chefe desta gente, que até agora têm gasto os
dinheiros públicos a seu belo prazer, já veio dizer com um ar cândido, a propósito
das auditorias a fazer pelos ROCs, o seguinte: "Os municípios não temem nunca
temeram nenhuma inspecção" -- afirmou o "maquilhado" presidente da ANM,
Fernando Ruas. Aliás, nem era de esperar outro tipo de afirmação, de parte do
presidente da ANM. Mas que as Câmaras temem as inspecções, isso temem...

Fogo de artifício junto à Basílica de São Basílio na Praça Vermelha,
em Moscovo, para comemorar os 61 anos do fim da II Guerra Mundial.


MAR SALGADO...
Os marujos do Mar Salgado completaram tres anos de navegação blogosférica.
Parabens pelo trabalho de bordo, muito produtivo e diversificado, por vezes a
prenunciar borrasca, mas prontamente assistido e disciplinado por Neptuno,
capitão do navio. Tendo aproado à blogosfera em pleno boom desta, o blogue
tão azul quanto o Mar Salgado, mantem uma actividade editorial muito regular.





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