2006/05/14

 
Ao ler os jornais de hoje, verifico que José Manuel Fernandes (JMF), o apóstolo
de Bush, leu a carta que Ahmadinejad enviou ao presidente americano, e na qual
JMF "vê" miragens que nenhum outro especialista em política internacional, até
agora, conseguiu enxergar... Por isso, JMF como bom scout ao serviço da doutrina
busheana, vem dizer aos "distraídos" que a carta de Ahmadinejad é "um desafio
directo às democracias ocidentais", "uma ameaça a Israel". Mais: "a carta defende
um mundo diferente daquele por que o Ocidente optou". No entanto o apóstolo de
Bush aconselha muita calma a todos, porque os EUA, a Europa, e Israel não se
devem precipitar, pois "todos estão fracos"... O Zé Manel recorda que George Bush
tem apenas 32% de americanos a apoiá-lo. (Bom conselheiro, o JMF! De todos os
"cruzados" que defenderam a invasão do Iraque, o JMF continua a ser o mais fiel
à doutrina de Bush). O Vasco já há muito que abandonou a "guerra preventiva".
Está mais pragmático. Hoje vem defender, no Público, inteligentemente, a Lógica
do Império, com uma análise ao discurso do "estado da Nação" proferido por
Vladimir Putin. Apesar do alarmismo que este discurso causou nos países da Nato,
o Vasco achou que Putin se limitou a "lembrar que a Rússia existe". Concordo com
as premissas apresentadas pelo historiador Vasco Pulido Valente.

Os muçulmanos têm o seu G-8... Reuniram na ilha de Bali, Indonésia.

Outro comentador de fim-de-semana, que se apresenta mais racional, embora
se limite a enumerar o "que aconteceu durante a semana", é o sociólogo António
Barreto. A sua crónica de hoje, no Público, trata dos 3-P... (Não, não tem a ver com
a empresa da Sonae, criada para o spin-off da Indústria, a 3-P (Panels, Pulp and
Paper). Os 3-P de Barreto são para Populismo, Petróleo e Publicidade. Barreto
aponta o populismo, a demagogia, as promessas fáceis, feitas pelos partidos político
enquanto não chegam ao poder. Sobre Petróleo, Barreto não poupa o ministro Pinho,
por este dizer "não" à refinaria de Patrick Monteiro, e acusa os nossos empresários
por viverem sempre à sombra do Estado, à espera de subsídios estatais... Barreto
esquece que a Petrogal é a "nossa petrolífera", a qual já produz produtos refinados
suficientes para o nosso mercado. Ter mais uma grande refinaria não ajuda muito
ao país, já o petróleo é importado, e porque a refinação gera milhares de toneladas
de CO2, pelas quais haveria que pagar pelo Acordo de Quioto... Digamos que seria
mais um "negócio sujo", poluíamos mais e vendiamos o produto limpo a outros...
Quanto à Publicidade, um dos 3-P de Barreto, trata-se na verdade de uma forma
perversa de "captar" a atenção do consumidor, usando o "objecto" mulher para
vender mais... Para vender, os publicitários usam de todos os meios, vale tudo.
Barreto insurge-se contra os anúncios que utilizam a mulher como "isco" para
captar o consumidor... "A mulher é tratada como um animal de estimação".

Agora que se fala tanto da "Marca Portugal", não podemos esquecer
esta, criada em 1917, quando a Europa agonizava na I Grande Guerra.





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