2006/04/19
Vemos, ouvimos e lemos discursos sobre os problemas da nossa economia que
nada adiantam, não esclarecem, não têm lógica nem coerência. Helena Garrido no
editorial de hoje do DN, vem falar de "produtividade", uma palavra tão cara à nossa
élite empresarial. Como sempre acontece nestes casos, até porque não é fácil indicar
a origem de todas as variáveis numa coluna de jornal, Helena Garrido quase nada
diz sobre "produtividade", e escorrega para outros temas, resumindo a sua análise
nestes termos: "Fazer com que cada português produza mais por hora, única via de
garantir o enriquecimento, está nas mãos de todos e de ninguém" -- conclui a HG,
em jeito de sentença salomónica. Já sabemos que o nosso problema não é apenas a
falta de produtividade, esta é uma componente importante, mas não basta produzir,
è preciso vender... sobretudo exportar. A economia não se desenvolve só com o
aumento da produção, do aumento dos stoks... E o que acontece, quando a produção
se acumula nos armazens, devido à maximalização da produtividade? Se não houver
escoamento, as fábricas têm que despedir, reduzir os recursos humanos, elevando
o número de desempregados... O fundamental na produção é ter escoamento dos
produtos acabados, é preciso vender para ter dinheiro, para pagar os salários...
Primeiro, a economia... Hu Jintao, presidente da República Popular da China
em visita de 3 dias aos EUA, começou ontem pela costa leste, em Seattle, tendo
sido recebido na séde da Microsoft, em Redmont, por Bill Gates. Á noite foi
convidado para um jantar em casa de Bill e Melina Gates, na companhia de
várias individualidades, entre elas Henry Kissingir, que abriu as portas da
China aos EUA, no início de 1970... Hoje terá estado na séde na Boeing, onde
firmará acordos para compra de 80 aviões Boeing no valor de 4.600 milhões
de dolares... Quando amanhã George Bush receber Hu Jintao, na Casa Branca,
já não terá razões para reclamar muito mais... Business first, politics after all...
(Esta fotografia é dedicada aos pacóvios que criticaram José Sócrates por ter
recebido Bill Gates, quando esteve em Lisboa no âmbito do Plano Técnológico.)
Helena Garrido esquece a "produtividade", e segue por outros caminhos, como
a concorrência, a flexibilidade das leis laborais, a gestão das empresas, a formação,
o controlo de custos, e a qualificação... Muito bem, a qualificação. Mas importa dizer
sobre este tema, que a carência não é exclusiva dos gestores, quadros intermédios
e do pessoal na linha de produção. O atraso na competitividade do país, deve-se em
larga escala, tambem, à falta de qualificação dos empresários. É preciso dizer isto,
porque uma boa parte dos empresários, se até agora tiveram sucesso, foi em parte
devido a um factor de produção: a mão-de-obra barata. Assim tem acontecido no
sector textil, na indústria de curtumes e do calçado, na construção civil, na pesca,
e nalguns sectores da metalo-mecânica. São muitos os factores que influem na
produtividade, e, no caso português, quase todos eles têm a ver com a inadequada
formação e qualificação do pessoal, seja ele o dirigente, o patrão, ou delegado deste.
VI Feira Internacional do Automóvel de Urumqi, região autónoma
de Uygur, China, com a participação de cerca de 500 empresas ligadas
ao fabrico e montagem de carros, e industria de componentes. Beleza!...
O medo da "mudança" atingiu agora os fotógrafos portugueses, é a conclusão
a que chego, perante um inquérito feito pelo DN, junto do comércio de fotografia.
Os profissionais da "fotografia tipo-passe" temem que o anunciado "passaporte
biométrico" seja uma espécie de insecticida mortal, que vai dizimar o comércio
dos instantâneos "olhó passarinho!". Curiosa atitude esta, que pretende evitar
a chegada das novas tecnologias. Pergunto: alguma vez os profissionais da "foto
tipo-passe", se insurgiram contra a chegada ao mercado das Polaroid, as Minoltas
com objectiva de longo alcance, as cameras de filmar, ou as máquinas digitais?...
Os motores que alimentam a nave do "Eixo do Mal"...
nada adiantam, não esclarecem, não têm lógica nem coerência. Helena Garrido no
editorial de hoje do DN, vem falar de "produtividade", uma palavra tão cara à nossa
élite empresarial. Como sempre acontece nestes casos, até porque não é fácil indicar
a origem de todas as variáveis numa coluna de jornal, Helena Garrido quase nada
diz sobre "produtividade", e escorrega para outros temas, resumindo a sua análise
nestes termos: "Fazer com que cada português produza mais por hora, única via de
garantir o enriquecimento, está nas mãos de todos e de ninguém" -- conclui a HG,
em jeito de sentença salomónica. Já sabemos que o nosso problema não é apenas a
falta de produtividade, esta é uma componente importante, mas não basta produzir,
è preciso vender... sobretudo exportar. A economia não se desenvolve só com o
aumento da produção, do aumento dos stoks... E o que acontece, quando a produção
se acumula nos armazens, devido à maximalização da produtividade? Se não houver
escoamento, as fábricas têm que despedir, reduzir os recursos humanos, elevando
o número de desempregados... O fundamental na produção é ter escoamento dos
produtos acabados, é preciso vender para ter dinheiro, para pagar os salários...
Primeiro, a economia... Hu Jintao, presidente da República Popular da China
em visita de 3 dias aos EUA, começou ontem pela costa leste, em Seattle, tendo
sido recebido na séde da Microsoft, em Redmont, por Bill Gates. Á noite foi
convidado para um jantar em casa de Bill e Melina Gates, na companhia de
várias individualidades, entre elas Henry Kissingir, que abriu as portas da
China aos EUA, no início de 1970... Hoje terá estado na séde na Boeing, onde
firmará acordos para compra de 80 aviões Boeing no valor de 4.600 milhões
de dolares... Quando amanhã George Bush receber Hu Jintao, na Casa Branca,
já não terá razões para reclamar muito mais... Business first, politics after all...
(Esta fotografia é dedicada aos pacóvios que criticaram José Sócrates por ter
recebido Bill Gates, quando esteve em Lisboa no âmbito do Plano Técnológico.)
Helena Garrido esquece a "produtividade", e segue por outros caminhos, como
a concorrência, a flexibilidade das leis laborais, a gestão das empresas, a formação,
o controlo de custos, e a qualificação... Muito bem, a qualificação. Mas importa dizer
sobre este tema, que a carência não é exclusiva dos gestores, quadros intermédios
e do pessoal na linha de produção. O atraso na competitividade do país, deve-se em
larga escala, tambem, à falta de qualificação dos empresários. É preciso dizer isto,
porque uma boa parte dos empresários, se até agora tiveram sucesso, foi em parte
devido a um factor de produção: a mão-de-obra barata. Assim tem acontecido no
sector textil, na indústria de curtumes e do calçado, na construção civil, na pesca,
e nalguns sectores da metalo-mecânica. São muitos os factores que influem na
produtividade, e, no caso português, quase todos eles têm a ver com a inadequada
formação e qualificação do pessoal, seja ele o dirigente, o patrão, ou delegado deste.
VI Feira Internacional do Automóvel de Urumqi, região autónoma
de Uygur, China, com a participação de cerca de 500 empresas ligadas
ao fabrico e montagem de carros, e industria de componentes. Beleza!...
O medo da "mudança" atingiu agora os fotógrafos portugueses, é a conclusão
a que chego, perante um inquérito feito pelo DN, junto do comércio de fotografia.
Os profissionais da "fotografia tipo-passe" temem que o anunciado "passaporte
biométrico" seja uma espécie de insecticida mortal, que vai dizimar o comércio
dos instantâneos "olhó passarinho!". Curiosa atitude esta, que pretende evitar
a chegada das novas tecnologias. Pergunto: alguma vez os profissionais da "foto
tipo-passe", se insurgiram contra a chegada ao mercado das Polaroid, as Minoltas
com objectiva de longo alcance, as cameras de filmar, ou as máquinas digitais?...
Os motores que alimentam a nave do "Eixo do Mal"...
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