2006/04/03

 
O incrível Luis Delgado, no seu comentário semanal no DN, vem hoje elogiar
o primeiro-ministro José Sócrates -- a quem chama "o Papa da Informação" --
e insinuar que a oposição é pacóvia e ignorante. "José Sócrates é senhor de grande
obstinação e determinação, e o mais completo spin doctor nacional, homem de
efeitos mediáticos e dominador de todas as técnicas de comunicação", proclama o
tarólogo de direita. "[Sócrates] quando usou o teleponto num comício em Portugal,
as opinioes não foram no sentido da inovação, mas da crítica por usar um sistema
de apoio que já se utiliza há décadas em dezenas de países", prossegue Delgado,
que assim chama de provinciano e atrasado a Marques Mendes, que na altura
criticou o líder do PS. "Sócrates corre como uma lebre... É um mestre de grande
técnica de comunicação, a mesma que começou n escola americana, passou à Grã-
Bretanha e é agora do domínio de vários países", recorda Delgado."Está mal feito?
É só propaganda? Se a oposição continuar assim, nestes termos simplórios, comete
o maior erro da sua vida e vai ficar afastada do poder durante anos e anos", prevê
Delgado. "Sócrates está a correr os tres mil metros, e os seus adversários ainda
nem sequer vestiram a camisola, nem sabem qual é a pista. [...] Esta diferença
explica tudo, e vai ser mortal para a oposição", profetizou o incrível Delgado, que
tanto parece aguardar um convite da direita, como um lugar de conselheiro de
imagem no staff que acompanha o primeiro-ministro José Sócrates...

Tendências da lingerie na 14ª Semana Internacional da Moda de Pequim.
Repare-se como a bandeira de Angola ficou bem posicionada...Colecção HOSA.


De vez em quando temos novas pistas sobre o endividamento dos portugueses.
Desta feita é o DN-Economia que vem informar sobre as conclusões da sondagem
feita pela Marktest para a TSF/DN. Não adianta muito em relação às sondagens
anteriores. Os portugueses continuam com dívidas por aquisição de casa, compra
de carro e pouco mais. É curioso notar que mais de 66% dos inquiridos indicaram
que não têm dívidas à banca, mas 70% afirmam que as dívidas que têm foram para
compra de casa.Quanto à poupança, que parece ser uma palavra esquecida, 54%
dos inquiridos não poupa, e 65% destes deixaram de ter dinheiro para poupar...
Hoje em dia o consumidor é assediado para "gastar agora e pagar depois". Haverá
quem perca a cabeça, e vai de férias, mesmo desempregado, aumentando a dívida.
Seria curioso saber até que ponto os portugueses se endividam através dos cartões
de crédito, e termos indicações do número e da identidade desses meis de
pagamento... O endividamento do consumidor é hoje um problema que preocupa
todos os países, desde os EUA, ao Brasil, Espanha ou Portugal.

Acto de assinatura do acordo de venda de urânio australiano à China,
que nos próximos 20 anos vai construir 40 a 50 centrais nucleares... A
Austrália produz 40% do urânio mundial, em tres minas exploradas
pelos gigantes BHP Billiton (Aus), Rio Tinto (UK) e General Atomics (USA).
De frente, os PMs da China e da Austrália, Wen Jiabao e John Howard,
e os MNEs Li Zhaoxing e Alexander Downer, a assinar. Hoje mesmo.


Em Inglaterra, onde há dias foram divulgados os resultados de uma sondagem
sobre "a crise dos cidadãos com idade entre 18 e os 40 anos", e que foi divulgada
pelo Guardian, mostrava bem como é pérfido o "consumismo" acalentado pelos
governos de países cuja economia é sustentada pelo "consumo interno"... O apelo
ao consumo é desenfreado. A sondagem do Guardian referia que 42% dos adultos
entrevistados não tinha qualquer rendimento, e que 70% não tinha nenhumas
poupanças. "Revela uma geração incapaz de enfrentar as despesas e a alta dos
preços da habitação", concluia o Guardian. São muitas as variáveis, muitas as
causas que levam ao consumismo, e à incapacidade de "enfrentar as despesas".
É o desemprego, mas tambem o seu contrário, o emprego precário; é o aumento
brutal das casas de habitação, é o apelo à compra de carros, barcos, computador,
jogos de consola, etc. -- tudo a crédito, por meio de cartão. Ninguem poupa, mas
o Estado tambem não o faz -- porque precisa, cada vez mais, do consumo das
famílias, para cobrar mais IVA, mais impostos. Por exemplo: para que serve um
ou mais canais de televisão toda a noite a queimar energia? Porque não reduzir
o consumo de energia a partir das 2 horas da manhã, nas cidades e em locais onde
não faz sentido iluminar a noite dos morcegos? Pequenas, mas grandes questões.

Já se fala nos passeios românticos de Straw (Palha) com Rice (Arroz).





<< Página inicial

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscrever Mensagens [Atom]