2006/04/09

 
O DN completou hoje o serviço noticioso da viagem do primeiro-ministro a
Angola, com razoável espaço e suficiente informação técnica. Já o Público, dirigido
por José Manuel Fernandes, apresentou-se quedo e mudo... Parece um jornal da
família Soares. Que estranha forma de fazer jornalismo, que, neste caso do Público,
e em relção a Angola, é sempre feito pelo lado da intriga, da acusação, do azedume.
Que haverá, por trás deste boicote, desta sabotagem da realidade angolana?!...

O Vasco, que se alimenta de "cadáveres", mas tem, pelo que diz, horror aos
esqueletos, vem hoje no Público "passar a mão sobre o pêlo" do sr. ministro da
Saúde, sorrateiramente, mansamente:"O ministro da Saúde, Correia de Campos,
tem sido até agora um bom ministro: inteligente, informado, reformador. Mas com
certeza que lhe passou pela cabeça uma coisa má" -- alerta o Vasco. "De repente,
o sr. ministro resolveu tirar do chapeu uma nova lei contra o tabaco... Segundo
mansamente declarou, não pretende extinguir o tabagismo. Só pretende proteger
as pobres vítimas do fumo passivo, e em especial os 'trabalhadores'. [...] O senhor
ministro prepara-se para ilustrar os maços de cigarros com a foto de cadáveres.
[Esta] campanha contra o tabaco vem do culto da saúde e da juventude.
[...] Adorar o corpo acabou por se tornar a única religião oficial. Uma religião que
Sócrates celebra, correndo meio nu pela baía de Luanda.[...]O Estado democrático
sustenta a virtude e persegue a heresia. Sócrates substitui a missa pelo jogging".
A partir daqui, é melhor deitar a heresia do Vasco para o caixote do lixo.O homem
está marado. Passou-se!... Sem fumos, o Vasco entra em delírio, e insulta qualquer
um, mesmo o primeiro-ministro. O Vasco esquece que, quem apela à juventude,
ao culto da beleza e ao "prazer", é, e foi, a Philips Morris, com a marca de tabaco
Lucky Strike, Camel e Marlboro... O Vasco ofende, quando diz que Sócrates faz
jogging "meio nu", e para tentar desvalorizar o "corpo são em mente sã", que está
ligado ao desporto. O Vasco, para "morder" na canela do ministro da Saúde-- que
lhe vai limitar os locais de fumo -- diz que o mundo de hoje pratica a heresia... Diz
que Sócrates anda "meio nu", mas ele, Vasco, não tem coragem de mostrar a sua
enorme e obesa barriga, numa breve corridinha, pois morreria de aperto mitral...

"Má. Mas eficaz" -- diz o assarapantado António Barreto sobre a Constituição
Portuguesa. "Muitos dizem ser a mesma de 1976, e outros, finalmente, garantem
que já não é a mesma" -- confessa o ex-ministro da Agricultura, que em tempos
criou legislação agrícola -- a "Lei da Reforma Agrária", mais conhecida por "Lei
Barreto".... Foi um flop, durou pouco, já ninguem se lembra dela. Mas sobre a nossa
Constituição, Barreto não diz apenas que é "má", mas tambem que "é um texto
medíocre, presunçoso e megalómano". É caso para perguntar: onde estava Barreto
em 1975/1976? Se não estava no Parlamento, estava no Largo do Rato. Talvez por
já andar assarapantado, só agora é que vem dizer que: "Poderia ter-se limitado o
texto... Estabelecer os limites... Definir as regras... Desenhar os contornos... Criar
limites... Defender a liberdade..." Muito gosta Barreto de, à posteriori, apresentar
um corolário de emendas!... A nossa Constituição é o documento de uma época,
a matriz da Revolução do 25 de Abril... Se lhe faltar esse perfume, é porque foi
rasgada e feita uma outra que nada tem a ver com a origem da nossa democracia.
Mas Barreto é pródigo, dá uma no cravo outra na ferradura: "As más soluções têm
virtualidades. O caso não é único." --Afinal, qual é a opinião de António Barreto?

A observar o tecido... Semana da Moda Mexicana, Ciudad de Mexico.





<< Página inicial

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscrever Mensagens [Atom]