2006/04/17

 
No momento em que o barril de petróleo atingiu os 71,40 dolares em Londres,
e quando se ouvem os analistas a avançar com preços entre os 80 e os 100 dolares
para o brent até ao final do ano, não podemos esquecer que toda esta loucura está
a ser alimentada por um louco... Antes da invasão do Iraque, tinhamos petróleo a
pouco mais de 30 dolares o barril, tres anos depois estamos nesta alhada, a pagar
as despesas médicas de Bin Laden, e o orgulho ferido de diversos países árabes...

Só um louco pode alinhar em cowboyadas, brincar com o fogo, penalizar e
destruir o crescimento económico dos países ocidentais, sobretudo daqueles que
não têm petróleo no seu subsolo ou em mar, e, por isso, são os mais penalizados
nesta diversão com os "jogos de guerra" de George Bush... Mas a América deste
louco, ganha com isso; ganha a indústria de armamento, as empresas que servem
o Pentágono (os seus exércitos), e as petrolíferas americanas... que por acaso estão
a sacar petróleo em diversos países, e nunca tiveram tanta margem de lucros como
agora. A Exxonmobil (Esso) voltou a ser a maior do mundo e dos States, superando
a GM, a Microsoft ou a Wall-Mart... Está a arrotar, de tantos lucros em tempo de
petróleo tão caro. George Bush foi eleito em parte por vontade das petrolíferas...

Os movimentos anti-guerra mais radicais, comparam Bush a Hitler... E não
estão longe da verdade, porque eles têm coisas em comum: querem conquistar o
mundo, impondo-lhe a sua vontade; têm seguidores, conselheiros e amigos que
os seguem, cegamente; acham que a guerra é a melhor maneira de resolver os
conflitos; fazem asneiras, mas continuam a incorrer nos seus erros até à morte
final; desprezam quem lhes diga "não" e manipulam os factos para atingir os seus
objectivos... De facto o que está acontecendo no Iraque, é uma guerra de loucos,
dirigida e apoiada por dois loucos. O povo iraquiano começa a entender que deve
unir-se para se libertar do "inimigo invasor"... Isto, depois de tres anos de guerra.
Mas o "louco", que não respeita os americanos, e muito menos os países amigos
que inicialmente o apoiaram, continua alucinado, já pensa noutra guerra... noutro
atoleiro. Ameaça o Irão com bombardeamentos aéreos, e a partir de submarinos.
Claro que, com este procedimento diplomático, os analistas estão certos, quando
afirmam que o petróleo vai subir aos 100 dolares, até ao final do ano...

Que fez George Bush para fortalecer os laços diplomáticos com o Irão, quando
o moderado Katami estava no poder em Teerão, quando a oposição pedia aos
States ajuda para se fortalecer contra o regime dos ayatolas?... Nada. Porque
já pensava em invadir o Iraque, para acabar com o complexo edipiano que o
atormentava, só porque seu pai, em 1991, não mandou arrasar Bagdade...
George Bush coloca o mundo numa situação muito perigosa. Não resolve nenhum
problema capazmente, nos States nem fora deles, enriquece os seus amigos, como
Dick Chiney, ligados à indústria petrolífera, cria instabilidade e incerteza nos
mercados financeiros internacionais, "chupa" o magro crescimento do PIB dos
países europeus, e, na guerra, já se sabe o que acontece: enquanto há uns que
empobrecem, outros arranjam fortunas colossais. Assim acontece com as políticas
trauliteiras de Bush: engorda os traders do crude/brent, enriquece os bancos
de investimentos, engorda os árabes com petrodolares, enche os cofres das
petrolíferas americanas... e os europeus que paguem a factura do petróleo caro.





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