2006/03/22

 
Os "agricultores" confederados na CAP vieram para a rua com os seus tractores
para exigirem ao Governo o pagamento de subsídios compensatórios. Nos tempos
que correm, a agricultura portuguesa é raquítica, e produz muito pouco. Os nossos
"agricultores" da CAP habituaram-se a viver dos subsídios da PAC... Quase todos
andam de Land Rover, Jeep Cherokee ou Wrangler. Lá aparece algum de tractor,
mas velho e ferrugento, por falta de actividade. Os confederados da CAP não são
agricultores, são os "mamões" do Governo. Os pequenos agricultores, que não
reclamam nem correm atrás de subsídios, esses continuam a trabalhar a terra. E
são a maioria na agricultura, uns 80 a 90%. Não têm paciência nem tempo para
tratarem da papelada que dá acesso aos subsídios. Mas os agrários da CAP sabem
como se faz, e têm advogados para os ensinar a "mamar". Quanto à "agricultura",
já não é meio de vida (nem de subsistência) para eles; preferem viver de subsídios
da PAC... A terra está de poisio... Agora os "agricultores" da CAP preferem criar
porcos, engordar frangos ou avestruzes. A fruta e os legumes vêm de Espanha...

O irrequieto, palavroso e emproado Paulo Portas, falou ontem à Nação sobre
"Arte", no canal da SIC, já a noite ia alta. Pra quem o quis ouvir, já que eu prefiro
guardar a imagem do "condestável" a rezar pela irmã Lúcia, ou ajoelhado a rezar
na homenagem póstuma a Maggiolo Gouveia...e compará-las depois com imagens
do tempo do "Paulinho das Feiras". Portas na SIC, para falar de "Arte", tende a
preocupar-se com a sua pose, o angulo da objectiva, o seu penteado lacado, e o
modo como conta pelos dedos. Tudo feito de acordo com o "guião", não vá o líder
populista resvalar para o anedótico, rir estriónicamente ou mascar chiclete...
A SIC, que desceu ao terceiro lugar no inferno das audiências, dá acolhimento a
tudo quanto é vedeta reformada, humoristas fora de prazo, papagaios-catatuas,
narcisistas em declínio. Para subir nos shares, vale tudo. Com este retorno ao
passado de Marienbaad, a SIC não tardará a dar poleiro ao outro que anda por aí.

Ontem referi-me às declarações feitas pelo ex-MNE, Martins da Cruz, em que
acusava Jorge Sampaio de "atitudes assimétricas" por aceitar tropas portuguesas
no Kosovo e rejeitar a ida destas para o Iraque. Nesse post defendi que Portugal
tinha estado do lado certo, pois sendo membro da Nato há mais de 50 anos, não
podia recusar o convite da Nato, para lutar contra a "limpeza étnica" que estava
a ser levada a cabo pela Sérvia contra os kosovares. O Prof. Luis Lavoura chamou
a minha atenção para o termo usado, "limpeza étnica", por achar que nunca foi
provada a existência de tal cometimento. Ao consultar diversos sítios na Internet
como a Amnistia Internacional, Comissão para os Direitos Humanos nos Balcãs,
Tribunal para os Crimes de Guerra da ex-Jugoslávia, os Acordos de Dayton, etc.
vi que nenhum deles afirma, peremptóriamente, ter havido "limpeza étnica".
Na altura falava-se limpeza étnica, repressão, violência sistemática e genocídio.
De facto só este último foi confirmado e considerado crime de guerra pelo Trib.
de Haia (os massacres de Srebrenica). A diversidadede povos que viviam juntos
nos Balcãs, acabou por destruir-se, após a proclamação de independência de
alguns estados. Foi quando teve início o ódio entre sérvios, croatas, albanezes,
kosovares, bósnios. As guerras com desintegração da Jugoslávia, causaram
dezenas de milhar de mortos e foram expulsas centenas de milhar de pessoas,
que abandonaram as suas terras, as suas casas, enchendo as estradas do país
com multidões em fuga, procurando refúgio noutros estados. O Kosovo continua
sem estatuto de nação independente, sob o protectorado da Nato e da ONU.

Ainda há países neste mundo, onde os comunistas continuam a ser a bandeira
da liberdade. É o caso do Laos, na Ásia, que tem a capital, Ventiane, engalanada
com os estandartes do PC local... Por ricochete da guerra do Vietname?!...





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