2006/03/21

 
Curiosa sentença, esta de Mariano Rajoy, presidente do PP espanhol, proferida
durante a visita ao seu parceiro português, o PSD de Marques Mendes: "Zapatero
já não quer derrotar mas negociar com a ETA". Lá, como cá, a direita trauliteira
insiste em resolver os problemas internos-- entre irmãos e espanhois-- à pancada.
Não será mais justo e legítimo perguntar à ETA, porque insiste na luta armada,
num contexto político cada vez mais unionista e autonomista, como é o da UE?...
Neste país pequeno e provinciano, os nossos media dispensaram a Mariano Rajoy
um acolhimento similar ao de um primeiro-ministro ou Presidente de República!

A nudez da verdade, captada pela objectiva de Spencer Tunick,
desta feita em Caracas, que é uma cidade livre como qualquer outra.


Repare-se no ressabiamento de que padecem alguns dos nossos ex-diplomatas
ou ministros dos Negócios Estrangeiros: "Jorge Sampaio não opôs a que os F-16
portugueses participassem em acções aéreas sobre a Sérvia". Quem assim fala, é
o ex-MNE Martins da Cruz, do ministério de Durão Barroso, que acusa Sampaio
de ter "atitudes assimétricas" em relação às intervenções portuguesas no Kosovo
em 1999, e no Iraque em 2003. "Do ponto de vista do Direito Internacional a
situação é exactamente a mesma, pois não havia nenhuma resolução do C.S. da
ONU" -- diz o ex-ministro. É preciso descaramento, para falar assim.
Portugal, que é membro da Nato há mais de 50 anos, participou militarmente
contra a "limpeza étnica" levada a cabo pela Sérvia, por imperativos europeus,
humanitários, e tambem no cumprimento do seu dever como membro da Nato.
No caso do Iraque, tratava-se apenas de prestar um favor a George Bush, já que
nenhuma das razões aduzidas para a invasão do Iraque era verdadeira, como se
tem vindo a revelar ao longo dos últimos tres anos...

Tudo leva a crer que a mediatizada incursão em Samarra, com 1.500
militares helitransportados, pelos magros resultados que teve, não passou
de um exercício no terreno para as tropas iraquianas, a fim de testar a sua
capacidade militar e entregar-lhe a "guerra" a partir de Janeiro/2007...
.

Medeiros Ferreira, apoiante de Mário Soares às presidenciais, continua a
sonhar com "fantasmas" em Belém. No DN de hoje, MF vem desenvolver uma
teoria cabalística de contornos surrealistas. "A eleição directa do líder do PSD
pretende agora reforçar-se no exterior do espaço institucional de Belém, [para]
concorrer com o PR na estratégia em relação ao Governo" -- diz-nos MF. Mas
tem mais: "A dupla eleição directa do primeiro-ministro, primeiro no interior
do seu partido, e, depois, em legislativas personalizadas, assim como a cesarista
eleição do chefe da oposição para governar a tal, enlaça o PR num triângulo de
líderes unipessoais. Eis como se chega a uma república de chefes. Uns mais
autoritários do que outros". -- Para quê esta encenação, e tanta insinuação?
São os medos, os fantasmas, os clichés do passado que levam a este delírio...

O presidente russo, Vladimir Putin, com o seu homólogo chinês, Hu Jintao,
encontraram-se hoje em Pequim para assinar acordos comerciais e duplicar
o comércio bilateral até 2010. A viagem teve um grande significado. A Rússia
assume-se cada vez mais como uma potência energética. Os acordos de hoje
contemplam a construção de dois oleodutos para fornecer gaz à China. Partem
da Sibéria, um para Pequim e outro para Shangai. Os pipelines vai transportar
entre 30 a 40 biliões de m3/ano. O acordo é entre a Gazprom e a petrolífera
Rosneft mais a CNPC-China National Petroleum Corp. A Rússia é o maior
abastecedor de gaz à Europa, e o segundo país com as maiores reservas
petrolíferas, depois da Arábia Saudita. Os ventos sopram de feição ao Kremlin.





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