2006/02/17

 
Não vejo o que pretende fazer o Governo ao legislar sobre as casas devolutas.
Fá-lo apenas para cobrar mais IMI, não para obrigar os proprietários a vender ou
a alugar. Esta medida fazia sentido há uns vinte anos atrás, quando havia escassez
de habitação no mercado, os alugueres eram caros e os senhorios não faziam obras
em prédios de rendas baixas. Neste momento a situação é muito diferente: devido
às baixas taxas de juro, grande parte das famílias portuguesas tem casa própria, e,
em muitos casos, casa de campo ou para segunda habitação. Perante este quadro,
que vantagens vê o Governo em lançar mais imposto sobre as casas "sem consumo
de água, gas e electricidade"? Para obrigar a vender, a alugar, a demolir, ou fazer
com que os proprietários façam obras de restauro e adaptação? Para isso devia o
Governo, ou as autarquias, clarificar a intenção quanto ao objectivo do decreto.
As habitações em locais históricos e classificados como Património Nacional devem
ser cuidadas, através de obras de restauro e de manutenção. Mas isso, não nunca
será conseguido por decreto, e muito menos através do aumento de impostos.

Até para ser cão é preciso sorte... Este bull-terrier janta no Sardi's
de Nova Iorque, para celebrar o galhardão "Best in Show" que lhe foi
atribuido pelo Westminster Kennell Club. Extravagâncias de ricos...


A Associação Nacional das Juntas de Freguesia reune este fim-de-semana
para avaliar as medidas que o Governo tenciona pôr em prática no que respeita
à racionalidade do número de freguesias. De entre as tres mil juntas de freguesia
que temos neste pequeno país, 313 foram constituidas nos últimos trinta anos.
Temos freguesias com pouco mais de 70 eleitores, mas temos outras com mais de
70 mil habitantes, como é o caso dos Olivais, em Lisboa. Por aqui podemos avaliar
o que está em causa. Mas não devemos querer, por isso, um novo referendo sobre
regionalização. Mais emprego público, mais assembleias regionais, mais deputados,
mais clientela política, não. Antes as associações de municípios, as CCRs, qualquer
outra forma de associativismo autárquico, regional ou intermunicipal. Mas que a
"desertificação" do interior do país requere medidas de revitalização, isso requere.
E com urgência. E pela coesão, pela unidade, pelo associativismo -- nunca pelo lado
da regionalização, da divisão, do desperdício de sinergias.

Este cartoon anti-guerra, de Michael Leunig, foi "censurado" pelo
jornal australiano, The Age, que recusou a sua publicação em 2002,
com o argumento de que não era "apropriado". Na liberal Austrália!...







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