2006/02/26

 
EM TEMPO DE MÁSCARAS...

A maior parte dos "analistas e comentadores" da nossa praça escrevem a metro,
isto é, umas colunazitas de opinião, para cumprir contrato de colaborador. São raros
aqueles que, com propriedade, são profissionais da "análise política". Mas todos eles
entram por aí. O resultado é a asneira, e, por issso, julgo ser necessário desmascarar
alguns desses iluminados. Melhor: é preciso "desacrilizar" todos os que se julgam ser
iluminados e nessa condição opinam, escrevem, comentam sobre tudo e sobre nada.
Analista, verdadeiro criador de cenários, só conheço um: o versátil Marcelo, embora
esteja a enveredar pela prédica de sacristia. Dos outros, muito pouco se aproveita.
O assarapantado Barreto, o espectral Vasco, o abrupto Pacheco, o incrível Delgado,
o mefistofélico VGM, o equatoriano Miguel ST, e mais uns poucos que não vale a
pena mencionar, não trazem mais-valia, não esclarecem, não sugerem, não pensam,
apenas criticam, negativamente, niilisticamente, sem desodorizante nem sabão...

Mas este fim-de-semana dei com um artigo de Francisco Sarsfield Cabral que,
sendo crítico, é tambem esclarecedor e avança com soluções... coisa tão rara, quase
impossivel de encontrar nos analistas "iluminados" da nossa praça. Sarsfield Cabral,
economista e jornalista de longa data, deve ser apontado como exemplo do que se
espera de um crítico, de um analista e comentador. A peça em análise foi publicada
no DN de ontem, sob o título "Os pobres em sociedades ricas". Um trabalho honesto
útil e esclarecedor. Já o mesmo não acontece com o "retrato da semana" feito pelo
assarapantado Barreto, no Público de hoje, onde vem palrar sobre o encerramento
de escolas. Diz que a ME, Maria de Lurdes Rodrigues, "tem um ar calmo e por vezes
doce", mas Barreto, mais adiante, diz que, "para obter efeitos fáceis", a ministra faz
"tudo à bruta" [!!!]. Barreto "concorda" com as medidas, só que, depois, acaba numa
ladaínha de "mas"... "mas"... "mas"... Barreto julga-se senhor de toda a verdade.

O incrível Luis Delgado, comentador pró-USA, ouvidor dos evangelistas e fã dos
métodos usados no Far-West, escrevia há dias,--agora só tem direito a rabiscar no
DN uma vez por semana, e na coluna de Opinião -- sobre os cartoons e o marshall
do 25 Horas, o pio Tadeu, um autêntico enredo para um western à John Ford...
O imaginário do incrível Delgado está todo virado para as pradarias do Oeste. Ele
descreve a invasão do pasquim, como sendo feita pelo marshall, que ia armado de
Winchester calibre 7,5 e entrou no santuário do tablóide com a seguinte ameaça:
-"Tirem as unhas dos teclados!..." [dos PCs]. Delgado descreve a cena dramática,
com o bispo Tadeu de mãos no ar, os ajudantes com as mãos nas pistolas, os maus
da fita em grande tensão, e algumas ameaças que poderiam acabar em violenta
pancadaria, não fora a calma e o sangue frio do marshall... (Deve referir-se à PJ.
A mim não me espanta o imaginário do Delgado. O que me surpreende, é que o
DN --propriedade da Olivedesportos-- aceite esta leviandade, continue a manter
LD como colaborador permanente, como se este fosse um agente secreto...).





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