2006/02/10

 
A "cruzada" contra os muçulmanos prossegue. Ontem, a manifestação de apoio
ao Jylland-Posten, convocada para a embaixada da Dinamarca, reuniu uma magra
centena de "cruzados", se contarmos com os jornalistas presentes. Lá estavam os
defensores da "palavra livre", à procura de protagonismo e tempo de antena nas
televisões e rádios. Notava-se o esforço para se porem em bicos de pé, e surgirem
nos ecrâs. À margem deste episódio, aparecem na imprensa os "cruzados" da nova
geração a debitar doutrina nas colunas de opinião: o Pedro Lomba e o João Miguel
Tavares, fazem o papel de "cruzados", sem disso terem consciência. Não aceitam
limites à liberdade de expressão, respeite ela à linguagem ou desbragamento oral.
Para eles, liberdade de expressão é, certamente, poderem utilizar a linguagem
do "nosso major": "bardamerda, filho da puta, cabrão, cara de cú, vai-te foder"...
Esta, é a linguagem do futebol, usada pelas claques alucinadas do dito, que fazem
"escola" e inspiram os criativos de telenovela, os cómicos-javardos, os contadores
de histórias, e alastra à política caseira... Uma liberdade sem limites para ofender.

Para os novos "cruzados", não há limites, ou seja: desconhecem as normas, o
bom senso, a ética, a educação, e o respeito pelos outros. Foram "moldados" nas
claques de futebol, onde é fácil chamar "filho da puta" ao árbitro, "cabrão" ao juiz
de linha, "paneleiro" ao treinador, "ladrão" a outro, e "vai-te foder" ao adversário.
Daí que, os novos "cruzados", não queiram limites à "liberdade de expressão".
Esquecem-se de que fazem côro com a direita racista e xenófoba europeia, figadal
inimiga dos povos árabes e muçulmanos. Os novos "cruzados", quando não têm
"causas", procuram esvaziar os seus ódios através da blasfémia palavrosa e vã.
Cuidem da vossa saude mental... Para vosso bem, e não contaminarem os outros.

No rasto dos "cruzados", seguem os "mercenários" do negócio fácil e rendoso,
que promovem obscenidades cinéfilas, a expoente da 7ª Arte; compram telas de
pintura borrada, e chamam-lhe obra de vanguarda; badalam um filme com cheiro
a bosta de cow-boys, dizendo que é um jackpot de bilheteira; a sodomia de gays e
lésbicas, é feita em spots publicitários de televisão, etc... Tudo isto a favor e graças
à "liberdade de expressão, sem limites"... Os "mercenários" do negócio mafioso,
agradecem... e prosperam, à margem da lei e a reclamar liberdade de expressão.
A mim, tudo isto me cheira mal, tresanda...
Prefiro ir ao Kruger Park onde a bosta de elefante cheira sempre a erva...





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