2006/01/26

 
A Igreja católica sempre reprimiu o sexo, para dominar os crentes, pois é sabido
que o sexo é uma força da Natureza, que tudo move e leva à rebeldia os amantes
que por ele se deixam arrebatar. Por ele se fizeram guerras, assassínios, traições
e os piores crimes contra a vida. De sexo, muito poucos sabiam que se tratava de
uma força da natureza, intrínseca a cada ser vivo, registada no código genético de
cada indivíduo. É a actividade sexual, forçada pelas hormonas que lhe dá origem,
que move todo o ser vivo, conduzindo-o à procriação. Ninguem foge a esta força.
Mas os "representantes dos deuses" cá na Terra, para reverterem a rebeldia dos
amantes na submissão dos crentes, inventaram o "pecado" que diziam estar ligado
aos orgãos sexuais. Sabemos ao que isto conduziu, na Idade Média e ainda agora.
Muitos dos males da nossa sociedade, e de cada indivíduo, reside na "castração"
da força sexual, acarretando, por via disso, à deficiente formação de carácter, a
taras sexuais, e até a potenciais assassinos. Tudo por renegarem a sua natureza.

Vem este ligeiro introito, a propósito de duas notícias de hoje, publicadas no DN.
A senhora Crawford (este nome soa-me mal, a Rancho de George Bush), novel
evangelista do sexo em folhetins, vai publicar os seus conselhos aos domingos,
para os leitores do DN... Parece que a senhora Crawford já tinha um programa
tele-evangelista, uma espécie de Machado Vaz -- deitado-sentado num sofá --
onde tinha grande audiência, e agora vem conquistar terreno na imprensa. Mais
uma oportunista a viver à custo do sexo, daquilo que foi negado a muitos homens
e mulheres, durante a formação da respectiva personalidade. Muito antes destes
evangelistas sexuais, já havia o senhor Heffner, criador da revista Playboy; depois
chegaram os "industriais" da pornografia cinematográfica, as lojas de aluguer de
filmes hard-core, etc. Todos a viver à custa do "pecado" inventado pela Igreja...
Tanto esta instituição como os referidos "comerciantes/industriais do sexo", zelam
pela interdição deste, e defendem a ideia do "pecado"... porque, no dia em que nos
libertarmos do "pecado", deixa de haver "mercado" para os que vivem do sexo.

A segunda notícia relacionada com o sexo, tem a ver com a primeira encíclica
(carta-circular) de Beneditus XVI, intitulada Deus caritas est (Deus é amor).
Um sufista diria o contrário: que "O Amor é Deus", porque amor, é êxtase...
Claro que o "amor" da encíclica de Beneditus XVI, é tambem este e muito mais.
A Igreja sempre confundiu "o amor e o sexo", se bem que fale muitas vezes de
compaixão, amor fraterno, amor espiritual... São coisas diferentes: o amor, é um
estado de êxtase, de compaixão; o sexo, é um ímpeto causado pelas hormonas.
Não se deve negar nem fugir ao sexo; ele é a força e a origem da vida. Ninguem
deve ser "castrado" dessa força, dessa energia. Falar de amor entre homem e
mulher, é falar de dependência. Não é amor, é atracção, são as hormonas em
ebulição... Muitos casais vivem juntos apenas por serem dependentes... um não
é capaz de viver sem o outro, por sentido de posse, carencia de afectos, submissão
ao outro, incapacidade de arriscar. A dependência económica ainda é mais forte.
É preciso acabar com o "mercado" do sexo. A educação sexual deve começar na
escola, para que os jovens de amanhã não tenham que aprender a "curar" certas
disfunções sexuais, através de tele-evangelistas ou "especialistas em sexo"...

Os mercenários da Guarda Suiça ao serviço do Vaticano estão a
comemorar os 500 anos da sua fundação com renovado aprumo.





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