2006/01/16

 
AGRADECIMENTOS...

A amizade na blogosfera não é palavra vã. Testemunhei isso, mais uma vez,
ao debruçar-me aqui, na sexta-feira, sobre o tema a vida e a morte, a propósito
do passamento de minha mãe. Nunca pensei que, ao fazer uma pequena adenda,
a informar porque razão não postava naquele dia, viesse depois receber tantas
provas de amizade vindas dos blogonautas que me acompanham e visitam. Uns
fizeram-no por e-mail, outros por registo postado nas páginas dos seus blogues.
Já não é a primeira vez que recebo o feed-back desta amizade, uma espécie de
bálsamo virtual vindo do éter, que me leva a pensar no quão útil e importante é
o papel desempenhado pela blogosfera. Ela é útil para o conhecimento, para a
discussão, para a troca de ideias, para mobilizar vontades, para servir de elo
de ligação entre pessoas de diferentes países, com diferentes culturas e povos.

Agradeço a fraternal amizade de todos, bem como as suas palavras de ânimo.
Desde o simples "Força, Evaristo", do Humberto Coelho, até ao mais sentido e
sincero abraço do Besugo: "...quando for a minha vez de devolver quem me deu
tudo, Evaristo venha aqui dar-me um abraço tão apertado e tão inútil como este
que aqui lhe deixo. Aceite o meu abraço como eu lhe dou e devolva-mo, nos
mesmos moldes, se for o caso, quando achar que sou eu a precisar", escreve este
meu amigo, sob o título "Coisas mesmo importantes". (Devolvo-lhe um forte e
caloroso abraço, amigo Besugo. E conte comigo, sempre).
O amigo João Tunes escreve para dirigir um "agradecimento pela sua partilha
que me permite estar com ele sem incomodar o recolhimento do seu luto". (São
palavras fortes, escritas de forma elegante e de suave tradição nortenha. Tenho,
por este amigo, uma relação de quase irmão -- graças à blogosfera).
Outro amigo de longa data, é o Luis Tito, que encaminhou o seu post 032/2006
para o Abrangente. Não era preciso mais. Eu sei que o LNT anda atarefadíssimo.
Um amigo mais recente, o Octávio Lima, dirigiu-me um e-mail. O seu blogue
é distinto, menos intimista, muito diferente do meu. Compreendo que o Ondas
deve manter a sua linha editorial. Os problemas da ecologia e ambiente merecem.
Quero ainda referir as mensagens dos amigos António David, Bernardo Quintela
e Manuel Gomes, todos pertencentes à tertúlia do Alto da Barra.

A terminar, permito-me recordar aqui algumas das palavras proferidas
por Miguel Sousa Tavares no funeral de sua mãe, a poetisa Sophia de Mello
Breyner Andresen: "... Acredito que nada do que é importante se perde
verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos
instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os
amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada,
apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre".
(Coincidência ou não, "A ilusão do ser humano", foi o tema debatido pela tribo
acampada aqui, à qual fui convidado a aderir um dia antes do meu post sobre
a vida e a morte. A discussão continua, o acampamento tribal merece uma visita).

A amizade entre as pessoas, é uma ponte para ligar as nossas vidas.





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