2005/12/14

 
A visita de Manuel Alegre ao Instituto Superior de Estudos Militares (ISEM),
incluida na sua agenda temática, pode render-lhe alguns votos, mas não ajuda o
Governo. Se for eleito, disse MA, "como comandante supremo das Forças Armadas
procurarei dar um contributo para que os problemas na origem dessas tensões
sejam ultrapassados". Os problemas que MA refere sabemos quais são; são iguais
aos da Função Pública, dos magistrados, e dos polícias, que não querem perder os
seus previlégios. Até parece que MA está contra as medidas tomadas pelo Governo
de José Sócrates. Teria sido mais avisado se MA tivesse comparecido no funeral do
agente Sérgio Martins, prestando homenagem a todos os que lutam pela segurança
dos portugueses e chamando a atenção do Governo para a carência de meios com
que a PSP combate o crime organizado... De resto, o comandante chefe das FA não
deve apoiar os militares e deixar de fora os agentes das polícias. MA nem devia
mencionar o cargo de "comandante-chefe", quando nem sequer cumpriu a missão
de combatente; preferiu fugir à guerra, enquanto os seus camaradas obedeciam à
cadeia de comando, combatendo em África, e no regresso pegaram em armas para
derrubar o fascismo... Ser comandante-chefe, estranho desejo para um desertor.

Hong Kong... Observando figuras da "fome" colocadas frente ao local
onde está a decorrer a conferência da Organização Mundial do Comércio.


A ala "popular" e demagócia do CDS-PP, liderada por Paulo Portas, que remeteu
o retrato do fundador do Centro Democrático e Social para a séde do PS, quando
se soube que Freitas do Amaral ia ser MNE do Governo socialista, deve estar muito
triste com o que ontem se passou no Parlamento. Certamente esperavam que o
MNE fizesse acusações graves e irresponsáveis aos EUA, a respeito dos "aviões da
CIA", mas assim não aconteceu. Freitas do Amaral disse o que sabia, afirmou que
as investigações estão em curso, manteve uma atitude de homem de Estado, não
foi radical. Os "populares" gostavam é que Freitas do Amaral proferisse vitupérios
contra a CIA, os EUA, a Nato... Uma coisa é o comício de rua, outra é a função de
MNE. Para gáudio dos "populares" resta o protesto radicalizante de Ana Gomes,
que exige esclarecimentos, por não ter "confiança no indivíduo que na altura era
ministro da Defesa [Paulo Portas] e na utilização que deu à Base das Lages"...
Mas com isto, os "populares" podem sair chamuscados, não apenas por facilitarem
a passagem dos "aviões da CIA", como ainda pela compra dos "torpedos" para
submarinos que, na ausência destes, vão manter-se em stock, até futura guerra.

Em Hong Kong, os protestos contra a conferência da OMC estão por
todo o lado. Aqui vemos os "bonecos" de Blair, Bush, Chirac e Koizumi.





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