2005/12/12

 
Um dia de amena cavaqueira, na companhia de amigos, com o mar em soberbo
azul, o sol em abrangente zenital, mais para o quente do que para o frio, assim foi
passado este dia maravilhoso. Apesar dos contratempos de alguns, tudo correu pelo
melhor. O Bernardo Quintela chegou tarde, o David mais tardou, e trazia notícias
terríveis: "o João Tunes desanca no Abrangente por causa dos emigrantes", disse
ele com ar surpreso. "Agora não é tempo para campanha eleitoral", respondi-lhe.
Só o Manuel Gomes é que continuava na sua calma serena, à espera de ouvir o sinal
de partida. "Vamos dar uma volta, até chegar a hora para o almoço chinoca". E lá
fomos nós, para a Marginal, sem rumo nem pressas, deixando para trás o Alto da
Barra, o Ciberlant e o Gomes Freire de Andrade... Cascais, Cidadela, Guia, Quinta
da Marinha, Guincho... Uma paisagem soberba, neste fim de Outono, com a serra
salpicada de moradias, e a praia vazia de gentes... vimos apenas umas dezenas de
surfistas dentro de água, como bando de gaivotas, à espera que chegasse uma onda
capaz de os conduzir na prancha. Nada mais ali estava do que o mar, o silêncio e
nós... Rumamos para a Malveira, Alcabideche, Estoril, A5, S. Domingos de Rana,
Quinta do Barão, Palmeiras... Restaurante chinês, recomendado pelo Manuel. Foi
a primeira vez. Gostei, mas não muito. Não aprecio molhos, fritos, gorduras...
Valeu a sopa de andorinha, como entrada, e o gelado frio au flambeau, a finalizar.
Gostei muito do pessoal, gente simpática, sorridente, ágil, atenciosa, profissional.
Eu que sou um adepto da cultura, tradição e modernidade da China, fiquei feliz.

"Apoio [Cavaco Silva] por razões de convicção e de intervenção cívica.
Entendo que, no momento que Portugal está a atravessar, é o que tem o melhor
perfil dos candidatos em presença e ter um papel positivo para o país. Devo dizer
que é uma opção de racionalidade pura, pois do ponto de vista dos meus senti-
mentos tenho muita dificuldade em não apoiar [Mário] Soares ou até [Manuel]
Alegre, os quais muito estimo. O meu racicínio é muito frio e deriva de perceber
que o país atravessa uma situação dificil e podia ser muito positivo contar com um
Presidente bem consciente dos seus problemas e com uma grande aderência à
realidade, que percebesse as implicações da globalização e com capacidade para
influir, mais até sobre a sociedade do que sobre os outros orgãos de soberania.
Um Presidente que pudesse ajudar a criar um ambiente receptivo às mudanças
que vamos ter de enfrentar". (Subscrevo a totalidade destas palavras, que são
parte da entrevista concedida por Proença de Carvalho ao Público/RR. Dizem
aquilo que eu sinto e não consegui dizer até agora. Para desgosto de alguns, mas
em democracia, cada um tem o direito de fazer opções. Esta é a minha opção.
Sei o que quero, sei para onde vou, e não peço a ninguem para escolher por mim
).

Na Baviera a tradição manda que, semanas antes do Natal, se vista a pele
do Diabo e se corra com os maus espíritos para bem longe... Estivessemos nós
cientes da cura, e não deixariamos tambem de exorcisar os males deste país...





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