2005/12/13

 
Mário Soares foi insultado no domingo, na terra dos bispos. No dia seguinte,
e depois de ter desvalorizado o incidente, vem dizer que vai processar o agressor,
um antigo Combatente que, segundo dizem, tem uma saúde mental muito débil.
Falta saber as razões que levaram a esta cambalhota, se por interesses eleitorais,
ou por mera vingança. "Foi um acto tresloucado, ele leu mal o jornal [O Crime] que
era algo instigatório e fez-me algumas acusações graves. Tenho possivelmente que
o accionar em Tribunal, porque prezo a minha honorabilidade e estas coisas devem
ficar claras" -- disse o candidato em campanha. De um bom pai [fundador], do PS
ou da Nação, era de esperar o perdão, a compaixão pelos "doentes mentais". Mas
Mário Soares quere ser vítima, quer ser imolado, para ver se ganha mais votos...
Fraco guerreiro, que entrou na liça, mas não esperava ser ferido. Ora é sabido que,
"quem vai à guerra, dá e leva". A "competição" não é lugar para "velhinhos", que
apenas andam à procura de beijos e abraços... A saúde mental dos portugueses é
precária. Devido aos traumas causados pela guerra colonial, e pela miséria de vida.

Com a devida vénia ao Politicopata oeirense.

Foi dito e redito que no PS não havia bons candidatos à PR. Vejamos:
"Nos tempos que correm, de ultraliberalismo à solta, que devasta, como um
tornado, a paisagem natural e humana, a acção política é frequentemente
antiética porque se submete às ditaduras dominantes: a económica, que, através
dos lobbies, condiciona os governos; a tecnocrática, que, através da teia de buro-
cracia e do corporativismo, emperra a administração; a mediática, ligada aos
grandes grupos económicos, que explora a credulidade popular e vaidade de
certos governantes, determinando as suas decisões, criando factos políticos e
fazendo até, ela própria, eleger os titulares dos orgãos de soberania".
(Este, é o pensamento lúcido e transparente de António Arnaut, ex-ministro dos
Assuntos Sociais do II Governo Constitucional, pai do Serviço Nacional de Saúde,
fundador do Partido Socialista. Não seria um bom candidato para o PS?...)

Wen Jiabao, primeiro-ministro da China, presidindo à reunião da
ASEAN, tendo a seu lado o primeiro-ministro tailandês Abdulah Badawi.


No fim-de-semana, nos antípodas do mundo, decorreu a reunião da ASEAN.
Hoje, em Hong Kong, iniciou-se a ronda de negociações da OMC. Na primeira,
realizada na capital da Malásia, Kuala Lumpur, os dez países da Association for
Southeast Asia Nations (Burnei, Camboja, Indonésia, Malásia, Myanmar, Filipinas,
Laos, Singapura, Tailândia e Vietname) discutiu-se interesses vitais para aquela
região. Por proposta do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, foi acordada a
inclusão da China, Japão e Coreia do Sul, passando a designar-se ASEAN 10+3.
A Nova Zelândia e a Austrália, ficaram de fora. A Austrália perde terreno na sua
área geográfica, por duas razões: define-se como nação asiática, mas continua a
fazer a política dos EUA e da Inglaterra. Tem um problema de "identidade". Este
problema está patente na onda de racismo que há tres dias varre os subúrbios
de Sidney. A Austrália é olhada na Ásia como o "cão de guarda de George Bush".
Quanto à reunião de Hong Kong, onde se discutem problemas que interessam a
todo o mundo e respeitam à redução das tarifas aduaneiras, expansão das trocas
comerciais, liberalização do comércio, fim do subsídios agrícolas, muita discussão
vai haver, sem que se chegue a um entendimento, tal é o impacto das medidas
propostas... Os países pobres vão continuar a bater à porta dos ricos, e estes
vão continuar a subsidiar os seus agricultores. Em Portugal temos agricultura?...

Os australianos não querem acreditar no que está a acontecer no seu país.
Nunca haviam assistido a cenas de violência racista como aconteceu no
no domingo na praia de Cornulla e ontem em no centro de Sidney... Hoje
os desacatos chegaram a Perth e Adelaide, convocados por E-mail e MSM.

O rastilho de Paris pode está a alastrar no país dos cangurus....





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